Bem, olha nós aqui outra vez! E desta vez para falar do maior “tabu” da humanidade – a morte.
Como o assunto é complexo, eu vou inicialmente recorrer ao indiano Paramahansa Yogananda que afirma; “Todos nós vamos morrer um dia, portanto é inútil ter medo da morte. Você não se sente infeliz com a perspectiva de perder a consciência do corpo no sono; aceita o sono como um desejável estado de liberdade. Assim é a morte: um estado de repouso, uma aposentadoria desta vida. Não há o que temer. Quando a morte chega, ria dela. A morte é apenas uma experiência a que você está destinado para aprender uma grande lição: você não pode morrer”.
Claro, eu concordo com ele, mas muito mais coisas devem ser ditas a fim de ilustrar melhor este fato mais do que normal.
Não existe no maravilhoso mecanismo humano o mais leve indício da predisposição para o desgaste e para os males que sofremos após um certo número de anos.
Se analisarmos cientificamente nosso organismo, ou seja, à luz da ciência moderna, veremos que estudos recentes provam que o ser humano foi criado para viver muito mais do que os 60 ou 80 anos atuais. Aliás, na Bíblia, em Gêneses, capítulo 6, versículo 3, Deus diz claramente que o ser humano foi criado para viver em média 120 anos.
Voltando à ciência, estudos afirmam, ainda, que o “homem” aos 70 anos devia estar no apogeu da sua força física, mental e intelectual, o que é facilmente comprovado por muitos seres humanos existentes nessa idade, que desempenham funções e ocupam cargos de altíssima responsabilidade e que, por vezes, requerem grande vigor físico.
A “pedra filosofal”, o segredo da juventude eterna que a humanidade tem andado à procura durante séculos, está mais perto do que se imagina: reside na própria natureza humana.
A Natureza deu-nos esse poder maravilhoso de renovação eterna. Não há uma única célula, no nosso organismo, que possa envelhecer. O corpo humano renova-se constantemente pela renovação constante das células. A pele, por exemplo, é substituída a cada 30 dias; o cérebro, o mais perfeito e intrincado instrumento até então criado, é completamente refeito a cada cinco anos.
Há em todas as células do corpo um poder de saúde latente que manteria íntegro o seu bem-estar, se não fossem os pensamentos viciosos, principalmente pensamentos de medo, ódio, ciúme, inveja, maledicências, etc.
O ódio, por exemplo, (também chamado por alguns de ressentimento, raiva, rancor e ira), cria no ser humano uma série de impulsos, todos convergentes a um desejo e a uma ânsia de luta, de violência. Automaticamente, o sangue é desviado dos órgãos essenciais e levado aos músculos exteriores. Estes se tornam inchados e tensos. Dilatam-se as pupilas, eriçam-se os cabelos, entumecem-se as veias do pescoço e as carótidas dilatam-se. Os pés contraem-se, prontos para o salto sobre o inimigo. O cérebro fica repleto de sangue, de forma que não sente, não pensa, não concebe senão esta emoção terrível: destruir, destruir!
Quantas vidas são ceifadas nesse estado; quantas pessoas não se arrependem de atos cometidos sob um acesso de cólera, um ato impensado, um impulso incontrolável! A maioria das vezes é tarde, o mal já foi praticado. Alguém foi ferido, morto... , o que se “salvou”, porém, também “morreu um pouco”, pois o desgaste físico e mental do “homem” irado é sobremaneira irreparável, levando-o, com absoluta certeza, muito mais rápido ao túmulo.
Os cientistas modernos lançaram as luzes da verdade sobre o mundo, e essa verdade está libertando, rapidamente, todos os seres humanos do terrível medo de morrer. Hoje, os nossos jovens estão muito mais esclarecidos e poucos têm medo do “fogo e enxofre”, terrivelmente propagado na Idade Média. Com o auxílio da biologia, física, química e outras ciências afins, ficamos sabendo que o mundo é composto de duas coisas: ENERGIA E MATÉRIA.
Já é por demais sabido que estes dois elementos (as únicas realidades conhecidas do ser humano) podem ser transformados, porém, nunca destruídos.
A vida é energia, disso cremos, ninguém mais tem dúvida. Ora, se nem a energia nem a matéria podem ser destruídas, é claro que a vida não pode ser destruída. Como outras formas de energia, podem passar por vários processos de transição ou transformação, mas não pode ser destruída. E a morte é mera transição.
Se a morte não for mera transformação ou transição, então nada mais vem depois dela senão um sono longo, eterno, tranqüilo, e o sono, não deve ser temido, conforme nos afirma Yogananda. Sendo assim, por que ter medo de morrer?
Nada é tão irreal como a morte. É um grande erro o homem se ocupar da sorte do seu corpo separado do espírito, pois da mesma maneira que não se preocupa pela sorte dos seus cabelos cortados pelo barbeiro ou cabeleireiro, essa preocupação no pós-morte só lhe traz tristeza, amargura e ansiedade, tão prejudiciais à vida, que deve ser vivida plenamente, sem medos, sem temores infundados e sempre em benefício da humanidade.
Eu peço licença a você, amiga e amigo leitor, para transcrever um pequeno e magistral artigo de G. de Purucker sobre a morte, que condiz com o que acabamos de dizer. Ele afirma: “A morte é tão natural, tão simples em si mesma, como o crescimento de uma linda flor. É o portal por onde o peregrino entra numa estância mais elevada”.
“Na morte, a sucessão dos acontecimentos é exatamente a mesma que se segue quando à noite nos deitamos na cama e caímos adormecidos naquele maravilhoso estado de consciência que chamamos sono. E quando nós acordamos repousados, bem dispostos, reanimados, revigorados e novamente prontos para a labuta e os problemas da vida diária, achamos que somos as mesmas pessoas que éramos antes de adormecermos. No sono temos uma interrupção da consciência; na morte também há uma interrupção da consciência. No sono temos sonhos, ou uma maior ou menor inconsciência; e na morte temos sonhos aprazíveis, maravilhosos, espirituais, ou completa inconsciência. Assim como despertamos do sono, assim voltamos de novo à Terra na próxima reencarnação, para nos ocuparmos com as tarefas da nossa vida kármica num novo corpo humano”.
Pensar em morrer, até alguns anos, era coisa exclusiva de idosos. Hoje, porém, devido à ansiedade e aos pensamentos materialistas, os jovens também já se preocupam muitas vezes com a morte, em vez de aproveitarem a vida ao máximo. Isso se deve freqüentemente, à falta de propósito ou à inabilidade de encontrar uma profissão adequada e que lhe traga satisfação.
Norman Vincent Peale, escritor norte americano nos dá a fórmula para que façamos bons os nossos dias e NUNCA pensemos na morte. Vamos a elas:
1. Pense num dia bom. Para fazer um dia bom, primeiro veja-o como bom em sua consciência. Não permita que qualquer reserva mental diga que não o será. Os acontecimentos são amplamente governados pelo pensamento criativo, portanto um conceito positivo do dia tenderá fortemente a condicioná-lo conforme a imagem feita.
2. Agradeça um bom dia. Agradeça antecipadamente pelo bom dia que terá pela frente. Agradeça e afirme que o dia será bom. Isso o ajuda a ser.
3. Planeje um bom dia. Saiba, específica e definitivamente, o que se propõe a fazer naquele dia. Planeje seu trabalho e trabalhe em seu plano.
4. Ponha o que é bom no dia. Ponha maus pensamentos, más atitudes, más ações num dia, e ele tomará características más. Ponha bons pensamentos, boas atitudes e boas ações num dia, e essas coisas farão com que o dia seja bom.
5. Reze por um bom dia. Comece cada dia com uma rigorosa afirmação do Salmo 118:24: “Este é um dia feito pelo Senhor e nós nos regozijaremos e estaremos alegres com ele.” Comece o dia com uma prece e termine da mesma maneira. Então, o dia destina-se a ser bom, mesmo que traga duras experiências.
6. Encha o dia com entusiasmo. Dê ao dia tudo quanto tem e ele lhe dará tudo o que tem, e que será bastante. O entusiasmo fará uma grande diferença em qualquer dia e em qualquer trabalho.
Texto de Professor Carlos Rosa (falecido em 12 de fevereiro de 2019)
publicado originalmente na edição de abril de 2006 do Jornal O Legado
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