"Não é fácil encontrar a felicidade em nós mesmos e é
impossível encontrá-la em outro lugar."Agnes Repplier

A pessoa que tem contentamento vive a vida na totalidade, aqui (neste espaço) e agora (neste tempo), porque a vida não está esperando em algum lugar, país, dimensão, em outro planeta; a vida não está no passado nem no futuro, a vida está acontecendo agora.
A única maneira de entender a vida é viver.

Em palestras me perguntam: "Qual o sentido da vida?"

A vida em si não tem nenhum sentido. É importante que cada um de nós dê um sentido à própria vida. Repito: proponha um objetivo para a sua vida, um objetivo que não seja encontrado em nenhum outro lugar que não em sua própria essência, através da reflexão, de meditações e principalmente através do sentir, inspirando-se, talvez, em mestres iluminados, em pessoas éticas, justas, felizes, contentes, que deram um sentido positivo a suas vidas, as quais você admira. É importante, porém, buscar um sentido da vida dentro de si mesmo, respeitando quem você é.

A vida, neste exato momento em que você está lendo este livro, está ai pulsando em seu coração, é como um toque de tambor que diz: - Estou vivo! "tum" ( o som da batida do tambor), - Estou vivo! "tum". - Estou vivo! "tum"...

Há aqueles que, mesmo parecendo vivos, não estão. Não estão pulsando, não estão inteiros, não na dimensão total, porque não dão um sentido para a vida, vivem como robôs, executando atos repetitivos e sem vida.

O pensador Lewis Yablonsky chamou essas pessoas robôs de "Robopatas". São pessoas que vivem como máquinas, tudo é automático, mecânico, repetitivo, obcecado, dogmático, conformista e sem vida.

Olhando para o Robopata, nós não notamos nenhum tipo de energia, de pulsação e de flexibilidade. O Robopata sempre acha que tem razão em tudo.Quem o vê tem a impressão de que ele está dormindo num sono profundo e, se entrarmos em seus pensamentos, veremos que são somente memórias do passado ou ilusões do futuro.

Reich chama o Robopata de Zé-Ninguém, o escravo social, um ser antialegria e antivida. Ele nunca ri, não tem compaixão ou sentimento.

O homem que soltou de um avião a bomba atômica no Japão disse que após o ato dormiu tranqüilamente porque pensou: "Cumpri o meu dever".

O Robopata, como não tem a menor auto-estima ou harmonia interior, não só faz mal a si mesmo como também destrói toda a natureza que o cerca. São os inimigos da natureza e do planeta.

São pessoas que não conhecem nada de si mesmas.

Conta-se a história de um místico mendicante que bateu à porta de um homem muito rico. Ele queria alguma comida, alguma roupa. O homem rico ouviu as batidas e disse:
- Afaste-se! Você é um desconhecido. Ninguém o conhece aqui nesta casa.

Então o místico respondeu:
-Eu me conheço, eu me conheço muito bem.

Esse é um dos sentidos que você pode dar a sua vida, o de se conhecer, olhar para sua essência, se sentir. Existem pessoas conhecidas por todo o mundo, mas elas não conhecem a si mesmas. Existem também os que buscam a felicidade só no mundo exterior e isso é a chave para uma vida de dor.

Certa vez, nos Himalaias, ouvi de um Lama tibetano de nome Rimpoche:
"A pessoa realmente feliz encontra isso dentro de si mesma e não fica buscando sentidos de vida somente do lado de fora.

O ganancioso de ter tudo do lado de fora, desejos incontroláveis, pode se valer do antídoto do contentamento, que faz com que não faça diferença se todos os desejos forem realizados ou não, pois ele já é feliz".

Reflexão

Que sentido você dá a sua vida?
O que é mais importante para você:
•Ter cada vez mais ou ser cada vez mais? Escreva a verdade, seja tolerante com você.
•Os relacionamentos ou as ambições?
•O estresse da luta contínua ou o relaxamento do momento presente?
Rabi Itschak vivia na cidade de Cracóvia e era muito pobre. Aconteceu que, por três noites seguidas, sonhou com um enorme tesouro escondido sob uma ponte na distante cidade de Praga.

Pela insistência do sonho, resolveu ir a Praga em busca do tesouro. Ao chegar ao local, descobriu que a dita ponte era patrulhada dia e noite por soldados do rei. Ficou circundando o local até que o capitão da guarda veio até ele para saber o que queria. Rabi Itschak então contou sobre seu sonho.

-Você quer me dizer que acredita em sonhos como este? - riu dele o capitão. - Se eu acreditasse em sonhos, então também teria que ir à distante cidade de Cracóvia e encontrar um rabino, um tal de Itschak, porque sonhei que um grande tesouro estava enterrado debaixo de sua cama.

Rabi Itschak agradeceu ao capitão, voltou para casa e encontrou o tesouro sob sua cama.

Koan:
Aqui e agora, o que é real em você?
Quais são as falsidades da sua vida?

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