Na primeira parte, percorremos o caminho da evolução intelectual da sociedade humana desde a antiguidade contemporânea à Revolução Industrial e Acadêmica.

Sem dúvida que a institucionalização de Universidades e em seguida de toda uma estrutura educacional desde a infância, foi benéfica para reduzir a ignorância e o analfabetismo de uma massa humana crescente cujas necessidades econômicas e sociais cresciam na mesma proporção geométrica. Mas isso só aconteceu há meros duzentos anos, e o apogeu foi só no começo. Depois vieram as guerras e aí perturbações políticas.

Hoje temos no mundo uma população de mais de 7 bilhões de seres humanos. Mas pergunto: estão felizes com o avanço dos últimos 300 anos? Continuam menos analfabetos? Mais cultos? Com mais chances de êxito? Mais felizes? Proporcionalmente, não.

Senão porque a grande maioria que está entregue ao sabor da escravidão moderna da sobrevivência econômica, social e política, continua em busca de suas raízes? De sua identidade natural?

A revolução industrial impôs o mercantilismo e o consumismo, cujas exigências escravizaram o homem aos bancos, aos empregos, alteraram todos os seus valores e deturparam sua natureza.

As universidades se multiplicaram, nem tanto em quantidade, mas mais por ação do contínuo aumento de informações em cada setor da vida humana, antes compreendido e vivenciado integralmente. Agora, separa-se o homem de sua consciência, de suas emoções, de sua espiritualidade, e o transformamos cada vez mais em um autômato que luta meramente para sobreviver. Isso sem falar que fora das regiões onde existe o desenvolvimento (relativo), as condições de vida de uma grande maioria continuam submetida à menos valia.

As mesmas instituições que se multiplicaram e fragmentaram devido à crescente especialização das profissões e suas subcorrentes, hoje continuam tão menos acessíveis à maioria quanto o eram antes as universidades primitivas e uniformes, depois as escolas particulares. Hoje, falta somente existir uma universidade da especialização, em que se ensine cada vez mais sobre cada vez menos até que seus alunos aprendam tudo sobre nada. E isso sem falar de outros aspectos que reduzem a qualidade desse ensino fragmentado.

Hoje são tantas as “profissões” e “sub-profissões” que qualquer um se perde no labirinto das escolhas que precisa fazer ou a que é guindado por uma sociedade manipuladora. Não admira que o ser humano perdeu a noção de sua identidade. Vocação não é mais motivação. O potencial econômico é que é, e isso depende da capacidade econômica do aluno. Ou então por mimética; “Meu pai foi um médico bem sucedido, então eu vou ser médico porque assim serei bem sucedido.”

Quando a realidade bate na porta, a desilusão é traumática. Aí entram as profissões “humanísticas”. Só com o prefixo “psi” hoje existem meia dúzia e se contradizem entre si.

Mas cada profissão ou “classe”, logo tem o guarda-chuva de alguma associação ou “ordem” corporativa, que estabelece os dogmas que regulamentam e defendem a profissão da invasão de quaisquer conceitos hereges.

Consideram-se hereges quaisquer estudos ou pesquisas da história das origens daquela “profissão”. Pouco importa se os Egípcios faziam trepanação com sucesso há 5 mil anos atrás. Não interessa. Interessa a capacidade (ou incapacidade) do médico moderno de fazer o mesmo atualmente, protegido por sua corporação, transformado em verdadeiro dono da vida e da morte alheia.

E isso sem considerar ainda as influências impostas pela indústria químico-farmacêutica e da moderna tecnologia. A primeira, agora substitui com tranquilidade a experiência individual por panaceias cujos efeitos colaterais curam uma, mas geram diversas outras doenças. Ou seja, a medicina cada vez mais, de curativa, transformou-se em uma indústria da doença. Vejam-se as epidemias que estão ressurgindo. Veja-se a rejeição popular às vacinas que de preventivas em sua origem, transformaram-se em alto negócio para suas indústrias que não hesitam em aditar-lhes componentes tóxicos e degenerativos.

E o que dizer da tecnologia? Cada vez mais substitui o homem, inclusive o médico.

Os astrônomos que cada vez demonstram saber menos sobre o Cosmos rejeitam suas raízes e aforismos obtidos na Astrologia ainda que acolchoados em mitos e analogias, mas que demonstravam saber mais sobre o universo e sobre a natureza humana, como reflexo da divindade criadora. Mas Astrologia é anátema para eles (muitos, no entanto a praticam ocultamente).

Na realidade, todas essas profissões modernas constituem a ciência oculta moderna. Todas elas escondem suas origens e atribuem poder absoluto às suas afirmações dogmatizadas pelas corporações que as protegem até pelo menos a próxima descoberta de quão pouco realmente sabiam a respeito do que propalavam. E é claro, possuem seus próprios rituais de iniciação.

A história da humanidade contemporânea está toda deturpada, manipulada por uma agenda pseudo-religiosa para esconder a realidade e distanciar o homem de sua natureza, de si mesmo.

O conhecimento mais próximo da realidade em qualquer segmento da vida humana moderna é acessível a muito poucos, “eleitos” como especiais e dignos de serem submetidos a iniciações modernas de fidelidade, secretismo e submissão a um bem/vontade maior do colegiado.

O ser humano comum, e mesmo o educado, se vê escravizado por exigências irracionais das condições de sobrevivência impostas pelos poderes nem sempre claros que governam a sociedade humana. Não lhe é permitido sequer pensar na força que tem como parte de uma massa crítica que pode mover o mundo. A filosofia prevalecente é dividir para dominar e controlar. Não é de se admirar que ele vive atemorizado, traumatizado e totalmente alheio de suas raízes, forças e origens.

O que resta a ele? O mesmo que havia para atender às necessidades do homem primitivo, que para saber se ia chover, precisava olhar para o céu e esperar que o céu de brigadeiro não virasse.

As igrejas preocupam-se em acirrar-lhe o domínio, impondo-lhe dízimos em troca de esperanças que não se realizam e usando o nome do criador como bode expiatório, além de gerar nele a culpa do desmerecimento por não obter o mínimo sucesso por mais efêmero que seu desejo.

Para entender porque está perdido, se for a um desses “psis”, vai logo ser contaminado com medicamentos de tarja preta se não acabar no manicômio ou no hospital, e ainda vai precisar pagar caro para ver sua vida se esvair incompreensivelmente. Se for a uma igreja de qualquer denominação, ou terá de se transformar em um beato ou um fanático, mas não poderá deixar de contribuir com o dízimo, senão será excomungado. E respostas? Bem, para depois da morte inglória, “talvez’ vá para um paraíso insosso.

Se falar de karma ou de reencarnação, já será execrado de cara.  Se falar de memórias akássicas ou de outras vidas, será taxado de louco e herege.
Seus amores frustrados ou desastrosos ou seus insucessos profissionais não encontrarão respostas em nenhuma dessas profissões acadêmicas que mal entendem de seus próprios porque vivem em nuvens de proteção corporativa de verdades absolutas menos verdadeiras que a dos quiromantes, dos leitores de cartas, honestos ou desonestos.

O que não se compreende é que, os tais profissionais modernos possam sobreviver sabendo que suas histórias são construídas em cima de paradigmas falsos e hipócritas; e que, os que as constroem não tem hoje o valor de honra de reconhecerem sua própria hipocrisia.

Porque a educação desde a mais tenra infância se transforma em doutrinação dogmática ao invés de condução à capacitação, autocompreensão, realização e afirmação? Porque tanta corrupção corporativa, política e econômica? Porque se divide a sociedade em elite, classe média, e médio-alta e baixa, e finalmente a ralé? Quem é a ralé? Que esperança ela pode ter de alçar a um nível acima a não ser por demagogia de seus governos?

Porque não lhe deixam o recurso consolador às ciências ocultas contidas em suas superstições, costumes e memória? Porque até as ciências ocultas “mais elevadas” lhe são negadas e tornadas inacessíveis por vários meios? Porque iludir o homem comum com ilusões para esconder-lhe que vive em um mundo de ilusões?

Se as tais ciências ocultas são tão heréticas e nocivas porque sobreviveram até hoje; porque os doutos, acadêmicos e PhDs criam as suas novas, dizendo-as além e acima da compreensão dos não iniciados?

O médico “moderno”, mesmo quando sabe e compreende a doença do seu paciente, mal olha para ele e preenche um receituário ou encomenda uma série de exames, mas nada diz ao paciente. Não dá sequer a satisfação de confortá-lo se é coisa insignificante ou consolá-lo se for grave. Preocupa-se mais se a consulta foi paga por convênio ou em espécie no caixa da recepção, e a receita no mais das vezes será feita com base no manual de medicação de sintomas de algum laboratório industrial para quem os sintomas são genéricos e desconsideram o indivíduo. Quer para o laboratório, quer para a indústria, quer inclusive para o próprio médico, as dores e sofrimentos do paciente não fazem diferença.

E se o paciente ousa perguntar alguma coisa sobre o tratamento prescrito pelo “doutor”, este, se responder, dirá algumas palavras científicas e para explicar a medicação recitará a fórmula química determinada pela indústria no manual impessoal. Isso se não acrescentar o vaticínio de que “você não vai entender porque é preciso estudar para compreender”. É ou não é uma ciência oculta?

O ou a nutricionista prescreverá uma dieta, mas não irá explicar que a cenoura tem caroteno, a laranja vitamina C, o ovo contém cálcio. Simplesmente dirá, ponha isso mais aquilo e uma pitada daquilo no liquidificador, bata e tome três vezes ao dia. Se lembrar de perguntar se o paciente gosta de alguma coisa ou tem alergia, será muito, mas é mais fácil que diga que goste ou não, tem que tomar.

O psicanalista dirá que seus pesadelos são o seu problema, mas não irá procurar a causa. Prescreverá logo uma medicação de tarja preta, controlada, forte, que vai deixá-lo grogue, e fazê-lo dormir pesadamente, acordando com uma ressaca de quem tivesse tomado um porre. Por quê? Porque o sonho ou pesadelo terá ocorrido mesmo assim apenas não percebido sob os efeitos da droga. Mas isso ele não lhe diz.

Na consulta seguinte irá perguntar? Teve o sonho? Não senti nada a não ser essa ressaca ao acordar. Isso foi o efeito. Tome mais hoje novamente e durma bem outra vez.

Mas qual a causa disso, doutor? Bom. Isso é uma história longa que só quem fez a universidade sabe compreender. Não se preocupe. Deixe comigo.
Isso não é uma ciência oculta?


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