A NASA alerta que um asteroide, o 2003-SD220, “tão grande” irá passar pela Terra antes do Natal que deve provocar no mínimo alguns sérios terremotos...
Algum leitor ficou impressionado? A notícia provocou impacto? E depois de ler a segunda parte da nota, de que o tal asteroide gigante irá passar à distância “cosmicamente próxima” de 6.7 milhões de milhas (ou seja, quase 15 milhões de quilômetros), aí mesmo nem a informação de que existe o temor de que ele pode se desviar em nossa direção e causar o caos nos impressiona mais.
O que é que hoje causa impacto como notícia? Planeta X? Notícia antiga. Está por aí mas não aparece. Extraterrestres entre nós? Há, há, há... pois é, são arrogantes. Só conversam com políticos, papas, militares de alto-escalão, e tudo é mantido em segredo. Não impressiona mais.
Corrupção no governo federal? Estadual? Municipal? A turma cai na risada. Hoje nem a Suíça não escapa.
Planejar para um novo 2016? Um mundo novo, cheio de coisas boas? Com que roupa se mal conseguimos pagar as dívidas do ano que se vai e não vai sobrar nada para o ano seguinte. A inflação está novamente galopante mas não paga placê. O desemprego está grassando, prometendo atingir desde o mais alto ao mais baixinho da hierarquia.
E nada disso impacta quem quer que seja porque é um repetéco sai ano, entra ano. Quem consegue sobreviver às sete ondinhas da beira de praia sem ter perdido o empreguinho já canta louvores de aleluia e bendiz a todos os santos do céu e dos terreiros.
O tratado ultrassecreto Trans-pacífico urdido por Obama em segredo para consolidar o controle do comércio mundial visando a consolidação da Nova Ordem Mundial também não impressiona mais. Mais bombas na Síria? Mais quantos vão derrubar no oriente médio? Ou mais quantos vão decapitar e postar no YouTube?
E por falar em decapitar, a degola por impeachment da Dilma ou do Eduardo Cunha? Ninguém mais acredita e todo mundo se prepara para uma nova gigantesca pizza dos ratos.
Escolher o cardápio para a ceia de natal? Bem. Porque presentes vão ser “Made in China” de lojas de R$ 1,99. Aí a dona de casa vai ao mercado; à feira; ao produtor. Moço, esse frango não é alimentado a antibiótico não né? Essa banana tem glifosfato da Monsanto? E este pão, amigo padeiro, tem glúten?
Mas ninguém mais fica impressionado. Hoje não há mais opções. E em certos países (felizmente ainda não no Brasil), ao tentar fazer compras, é preciso olhar para cima para ver se não cai nenhuma bomba ou não surge um drone atirando em tudo pela frente... ou para o lado para ver se não há nenhum suicida envolto em um monte de bananas de dinamites. Aliás, engraçado que bananas de dinamite são perigosas para a saúde, gente.
Pensar que antes do império Obamico, 32 outras civilizações já desapareceram por causa de suas próprias idiotices... Mesmo assim, os americanos mantêm bases militares em 180 países do mundo! Alguém está preocupado com isso?
Não precisamos mais consultar o Gibbons para saber como e porque o império romano acabou. Basta voltar para o século 18. A França era a grande superpotência. A revolução francesa mudou o paradigma político. E hoje? É mais um títere do império de Dart Vader.
A história, mesmo a contada pelo controlador, está prenhe de exemplos desses ruidosos fracassos. Desde a antiga Mesopotâmia à União Soviética, a história cansa de nos mostrar que as “sociedades” atingem farturas ilusórias que impõe metas insustentáveis, entram em colapso. A sociedade atual, baseada no descartável e no substituível, está no mesmo caminho.
Recente trabalho dado a público pela NASA, outra vez ela... informa para quem quiser ler: “Nos últimos cinco mil anos, mesmo as civilizações mais adiantadas entraram em colapso, e foram seguidas por séculos de declínio de população e cultural e atraso econômico”.
Ninguém se impressiona mais com o número de vítimas da violência; dos acidentes de trânsito; aliás, quando foi noticiado o paradigma básico da NOM, as pedras gravadas da Geórgia, ninguém sequer piscou.
Hoje temos sete ou mais bilhões de habitantes no planeta. As pedras da Geórgia mandam reduzir a população do planeta para 500 milhões. Pois é. Alguém ficou impressionado? Ou será que os 500 milhões que vão “sobrar”, serão escolhidos por sorteio? Bom, se for pela Loteria da CEF do Brasil, estamos ferrados. Só a banca ganha.
Mas nem assim ninguém está impressionado.
O que podemos escrever hoje que tenha algum impacto?
Uns anos atrás, andei dando entrevistas numa dessas rádios via internet de Chicago. Os vídeos continuam disponíveis no YouTube. Mas o interessante não eram as entrevistas. Era o nome do programa. Eu estranhei a primeira vez e depois compreendi quão perfeito o nome era. O programa se chamava “Cercado por Idiotas”.
Nós hoje ouvimos, lemos, discutimos, até escrevemos teses; somos capazes de defender isto ou aquilo com fanatismo. Mas nada muda porque não fazemos mais que isso.
É igual o entrevistado de rua por alguma TV sensacionalista: o senhor já foi assaltado? Eu não, mas o meu vizinho já foi várias vezes. “E cosi la nave va”.
A única coisa que me consola é que apesar disso tudo, das “Monsantos”, dos Obamas, das Dilmas, dos idiotas, a população ao invés de se reduzir, aumenta. A humanidade continua avançando em busca de um patamar mais elevado. E o mundo não está chegando ao fim.
Pense na situação atual; na estrutura política das nações. Esses grandes e poucos líderes que controlam os Bancos Centrais, que controlam as armas letais de destruição; mas que no fundo, são incapazes até de montar um site na internet. Precisam de algum humilde “técnico” para fazer isso.
Não me lembro quem disse isso, faz tempo: “votar só muda as moscas; a titica continua a mesma”. Mas a verdade é que todas as nações hoje pegam dinheiro emprestado para pagar juros sobre dinheiro que já foi de outro empréstimo. Cada vez mais vão ficando endividados. É evidente que isso é uma bolha que vai explodir.
Quando esse carrossel não suportar mais o peso, aí sim, vai haver uma explosão. Então será necessário limpar a lousa e ressetar o programa. E não vai adiantar chorar leite derramado.
Quem sobrar viverá....
Será você leitor? Será você editor? Serei eu? Será por impacto.
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