Nas infinitas possibilidades presentes nos 78 Arcanos do Tarô, contamos com uma análise específica, dentre tantas outras: as figuras femininas do Tarô. Nos 22 Arcanos Maiores temos as simbologias masculinas, femininas, andróginas e da natureza, que se complementam: homem / mulher buscando a totalidade em harmonia com a natureza.
Neste estudo vamos nos ater às figuras femininas, trazendo à tona alguns aspectos presentes na vida da mulher e muitas vezes esquecidos ou mesmo mal interpretados.
Segundo Gurdjiev, nunca somos a mesma pessoa. Temos diversos personagens dentro de nós, e este é um dos motivos pelos quais muitas vezes não nos compreendemos e as pessoas não nos compreendem. Mas, é uma realidade importante de se ter em mente: nós, mulheres, carregamos muitos atributos, diversas características e qualidades, tão deturpadas e muitas vezes duramente criticadas. Por isso mesmo, através dos símbolos do tarô é possível resgatar essas características, posturas e comportamentos, para enriquecer nosso conhecimento e solidificar nosso Universo e importância.
A mulher, em seu princípio feminino, conta com sua representação no Arcano II - a Papisa: os universos femininos, fecundos, emotivos, intuitivos e receptivos; que muitas vezes facilita a tão conhecida “submissão” e dependência, mas que na verdade é, em essência, apenas a natureza feminina em sua forma bruta (portanto, não definitiva ou única) - a receptividade, a elucubração, a sabedoria, a continuidade.
A partir da Papisa, podemos refletir sobre a diferença que há entre sermos receptivas ou submissas. O fato de sermos analíticas e intuitivas não nos torna o “sexo frágil” ou mesmo imaturas. Isso pode ser comprovado pelo Arcano III (A Imperatriz) - a próxima mulher representada no Tarô - onde vemos em seus símbolos: a abertura, a descontração, a comunicação e a preservação: a mulher inicial cresce e se desenvolve tornando-se a personificação da fertilidade, da continuidade através de seus filhos, amadurecendo e criando, com sua amorosidade, novas perspectivas e ideais.
Mais uma amostra de que a dependência é apenas um estágio, se for o caso. Essa mesma mulher madura, muitas vezes vista como a mãe (que ensina, fala e cria) desenvolve-se num contexto ainda mais forte: na Justiça - Arcano VIII; personificando a guerreira: friezas, racionalidade - aqui, bombardeiam mais um clichê: “a mulher é apenas emoção”.
Estas facetas, representadas pela Justiça, mostram que, com ponderação e cautela é possível ser racional, para definir as situações com imparcialidade e equilíbrio. Na maioria das vezes, esta faceta é a que gera mais polêmicas, pois estas mulheres costumam ser vistas como “mal amadas” - e na verdade, provam que não há sentido nesta premissa uma vez que para definirem e avaliarem a situação elas necessitam da ausência de emoção ou envolvimento. Dela, naturalmente, a próxima figura vem representada pela Força: uma mulher dominando um leão - mostrando a serenidade e poder presente, usando a inteligência e sagacidade para, serenamente, realizar o que o Mago (o primeiro Arcano Masculino) se propôs.
A partir de sua realização, encontramos a última mulher representada: A Estrela (Arcano XVII) imagem da pureza, ingenuidade e esperança - que mostra a habilidade em se despir das máscaras sociais para buscar sua satisfação pessoal.
Teoricamente, aqui se encerrariam as figuras femininas se não tivéssemos ainda, a Lua (Arcano XVIII) - simbologia eminentemente feminina, que rege as marés e os ciclos menstruais, reaviva os instintos e a magia - trazendo o lado oculto feminino, o seu poder mágico e sua natureza sagrada.
Antigamente, a Carta do Mundo vinha representada por uma hermafrodita, atualmente, na maioria dos tarôs, trata-se de uma mulher, representada pelo Arcano da Sincronia com a vida, a evolução e a conclusão. Seria coincidência ela ter se tornado uma mulher?
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