A importância do lugar de origem para o mapa e para a vida



Está aguardando sanção uma proposta que altera a Lei de Registros Públicos (6.015/73) para permitir que a certidão de nascimento indique como naturalidade do filho o município de residência da mãe na data do nascimento, se localizado no País.


Atualmente, a lei prevê apenas o registro de onde ocorreu o parto como naturalidade da criança. Sem dúvida, essa medida trará grandes prejuízos para quem tiver omitida e rejeitada a cidade de sua origem.


O momento do parto é de essencial importância na vida de qualquer pessoa. Tanto é que, astrologicamente, o ascendente, que determina partes importantes da nossa vida e personalidade – como tipo físico e forma como somos vistos e muito do nosso comportamento – é determinado de acordo com as condições do parto e do momento de nosso nascimento.


Conhecendo a fundo as teorias das constelações familiares, também sabemos que o lugar de origem tem um peso e importância para sempre não apenas na nossa vida mas de nossos descendentes.


Quando esse lugar não é reconhecido, cria-se um emaranhamento, uma força que nos segura e pode atrapalhar o desenvolvimento em vários sentidos. Sem falar que se na certidão não consta o lugar correto de nascimento, acabou a credibilidade deste documento como referência para se fazer um mapa astrológico e se os pais optaram registrar outra cidade, é muito provável que não contém o lugar real do parto e com isso muitos mapas astrológicos serão feitos com erros que, dependendo da distância entre as cidades, podem gerar um mapa com grandes variações, chegando a mudar, inclusive, o ascendente.


Além de erros e desencontros no mapa natal, isso irá gerar erros enormes nas previsões, que dependem do horário e local exatos do nascimento. Ou seja, a certidão  deixa de ser confiável e muitos mapas astrológicos e suas consequentes previsões terão erros graves, o que pode afetar a credibilidade da Astrologia. Além disso, o não saber sobre seu parto e origem, não reconhecer nem ser grato ao local de nascimento, também pode gerar uma inquietação sem motivo e uma sensação interna de não pertencimento, como se alguma coisa estivesse fora de lugar. Isso pode gerar desequilíbrios sistêmicos e desencontros e inseguranças na vida dessas pessoas.


Já sabendo onde nasceu, muita gente sente isso pelo simples fato de ter abandonado seu lugar de origem, por ter precisado fugir ou mesmo que por opção ter ido pra outro lugar. Não saber sobre sua origem é ainda mais impactante do ponto de vista sistêmico, já que aquilo que se oculta acaba por se manifestar de forma mais intensa e inconsciente, na forma de sensações internas ou acontecimentos objetivos em nossa vida.


Penso que vale a pena algum movimento que faça com que essa lei não seja sancionada e que todos tenham direito a saber o lugar onde nasceram. Isso é extremamente importante. Assim como saber a verdade sobre sua origem, no caso, por exemplo, de crianças que são adotadas. Quando existe um segredo sobre nossa história, muitas vezes não entendemos porque acabamos sempre fazendo determinadas escolhas que nos prejudicam, ou não entendemos os rumos que a vida toma.


Ficamos com um vazio interior e sem compreender o que a vida vive insistindo em nos mostrar, para que saibamos o que de fato aconteceu e quem somos de verdade, porque a nossa história, seja qual for, é a nossa história, e só estamos aqui e agora porque vivemos essa história e somos fruto dela e por isso passa o local de origem, ou seja, o lugar onde nascemos, onde o parto aconteceu.


Por respeito e reconhecimento, por gratidão e honra a isso, o lugar do parto deve, sim, constar da certidão nascimento, inclusive em benefício dos mapas astrológicos que serão feitos no futuro, que só poderão ser feitos de forma correta com uma certidão de nascimento que contenha os dados reais.


Só para lembrar, para que um mapa astrológico seja feito corretamente é preciso saber dia, mês, ano, horário e local exatos do nascimento.


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