Desde nosso nascimento iniciamos uma experiência baseada em nossa “humanidade” (porque somos humanos). Ou seja, nossos pais, familiares e amigos procuram em nós traços e manifestações de tudo que é humano em nós. Todos procuram em nosso olhar ou em nossas precoces manifestações algo de singelo, puro, inocente, amoroso, terno, divino. De fato, o que nos torna humanos vêm de uma essência natural à nossa condição. Nosso lado instintivo somente é ativado quando o estimulamos (por medo, por defesa, na preservação da espécie, etc.), mas não é algo que possa impedir o desenvolvimento de nossa natureza humana, nem a evolução do ser que somos em essência. Desde o nascimento estamos conectados com nossa essência divina e na busca de uma experiência viva com ela.

Somos parte da criação divina e embora sejamos humanos nascemos divinos com uma alma sedenta de oportunidades para avançar, evoluir e contribuir para o aprimoramento desta rica veste humana, neste planeta humano.

Isto quer dizer que a comunhão interna com a vida divina nos impulsiona a buscar o sentido de nossa existência e também de nossa própria humanidade. Uma coisa está atrelada à outra: somos humanos porque somos divinos, somos divinos porque somos humanos.

E assim, no decorrer da existência e desde a infância nossas batalhas internas giram em torno de nossos aprendizados. O que aprendemos e que, portanto, passa a fazer parte de nós mesmos, nos favorece, facilita, auxilia-nos. Mas também, auxilia os outros e por este motivo nossos aprendizados se ampliam, ganhando proporções ainda mais importantes dentro da nossa família e de outros grupos aos quais pertencemos. E assim somos reconhecidos como humanos, porque aprendemos e realizamos muitas coisas humanas com consciência, com coração.

O tempo todo somos convidados a trazermos ao mundo a experiência do que aprendemos e que está dentro de nós mesmos.

Temos um mundo secreto dentro de nós e que muito poucos conseguem tocar. Um mundo secreto com todas as suas riquezas próprias. Somente cada um de nós sabe onde elas estão e por isto guardamos com respeito toda esta riqueza.

Somos universos sagrados com muitas riquezas internas, na verdade. Nossos corpos, nossos corações, nossas mentes nos falam no silêncio.
Dentro de nós há um outro mundo muito diferente deste que reconhecemos aqui fora.

Neste universo sagrado, neste mundo divino dentro de nós há outros sentidos que nos revelam muitas coisas que transcendem ao que é puramente material. A vida pulsa muito além das batidas do coração. Temos uma alma que nos abarca e nos conecta com a pulsação do universo da criação e que nos traz paisagens internas para mais facilmente nos situarmos e seguirmos aprendendo, além das palavras e dos pensamentos. São forças e energias que simplesmente sentimos como parte de nós mesmos. Tais como o feminino e o masculino, dentro de nós há outras forças, há outras energias que nos sustentam, que nos constroem, formando nossas bases internas, nossas colunas internas...

Somos os verdadeiros templos divinos, vivos. Completamente vivos e em evolução. A nossa comunicação com o divino é real e está dentro de nós. Somos almas encarnadas em corpos ricos de vida e de força. O conjunto de tudo que somos: corpos físico, astral e mental, a nossa alma e o nosso espírito constituem o verdadeiro templo vivo, onde reside a essência divina do PAI, a essência divina do FILHO e a essência divina da MÃE, a força trina Crística, ou de forma uma resumida, a trindade divina.

Essa Tríade está dentro de todos nós e se conecta à Tríade Planetária, Solar e Cósmica, onde a criação divina também se manifesta e continua evoluindo, uma vez que a vida divina evolui em todo o universo e não apenas dentro de nós ou somente em nosso planeta.

Em razão de tudo isto a vida de cada um de nós não é um mero acaso. Fazemos parte da criação divina. Somos almas em ação no mundo procurando transmitir um pouco da nossa experiência divina, uma vez que uma existência pode ser muito pouco ou muito curta.

Nossa consciência humana está conectada dentro de nós com uma realidade que vai além do humano. É esta fração de nossa consciência que reconhece os princípios divinos do amor, da compaixão, da união, da fraternidade, da liberdade, da igualdade, da paz e da harmonia.

Divino e humano coexistem dentro de nós, nos ensinando sobre o que podemos fazer, sobre o que precisamos aprender. Ou, em outras palavras, sobre como podemos traduzir nossa parcela de criação divina e contribuir com a evolução de todos os nossos irmãos e irmãs desta linda humanidade.

Há grandeza na vida que pulsa dentro de nós. Há valor nesta vida que estamos vivendo e há um sentido real e verdadeiro para a presen-te existência. Há lugar no mundo para todas as grandes forças da vida. Há lugar para o Amor, para a Justiça, para a Sabedoria, para a Igualdade, Fraternidade, etc. E todos nós estamos aqui para sermos pilares ou mensageiros delas, apenas fazendo a nossa parte, aquela que podemos fazer sem luta ou guerra.

Nossa ação precisa ser de Paz! E haverá muita Paz se dermos lugar internamente para a Paz. E haverá muito mais Amor se dermos lugar ao Amor dentro de nós.

Podemos contar com muitos irmãos e companheiros no Caminho da Luz em toda a humanidade. Podemos sempre contar com bilhões de Seres de Luz, sejam eles Mestres, Anjos, Arcanjos ou muitos outros seres Fontes de Amor e Sabedoria deste e de outros sistemas planetários ou de outras constelações. Assim como nós, todos eles também fazem parte da Criação Divina e estão conectados a nós, na mesma Unidade Divina.

Estão todos conosco, mas não podem fazer a nossa parte. E o que significa fazer a nossa parte?

Significa fazermos tudo o que for possível por nós mesmos, pela nossa evolução real, pelo desenvolvimento interno de nossas verdadeiras potencialidades divinas. Significa dar a vez para esta vida que está dentro de nós.

É perfeitamente possível reconhecermos nosso universo sagrado, penetrarmos mais nas profundidades desta vida que pulsa dentro de nós.

É a nossa vida, é o nosso universo divino. Ele é nosso, sempre foi nosso e continuará sendo nosso. Somente nós temos as chaves e sabe-mos onde guardamos nossos tesouros, nossas riquezas divinas.

É lá dentro dele e no contato diário com ele que desenvolvemos nossa experiência interna tão importante para viver nossa linda jornada.

A experiência fundamental se desenvolve na conexão com a alma que, pouco a pouco, confirma o que sempre sentimos verdadeiramente, ou o que sempre intuímos desde crianças. A verdade que sempre esteve dentro de nós preenche todas as lacunas e nos ensina a aprender sobre este templo vivo que somos.
E, então?

O que você pretende fazer por si mesmo? O que fará por si? Por sua vida? Por sua evolução?

A humanidade é uma grande família em evolução e sempre contou com almas e espíritos mais avançados que trouxeram seus ensina-mentos e que os transmitiram a partir de suas experiências no mundo físico, como uma forma de demonstrar que, é possível a todo ser humano que “busca” uma verdadeira comunhão com esse “templo interno vivo” tornar-se um verdadeiro canal das energias que nele estão.

Todos os Mestres de Luz, ou Mestres Ascensionados, são almas e espíritos que por amor à humanidade e ao planeta encarnaram e reencarnaram muitas vezes e que, por amor continuam assistindo, orientando e trabalhando pela evolução de todos nós. São aqueles que nos doam as energias, que purificam os nossos templos, na medida em que nos voltamos para uma ação consciente em favor da humanidade.

Tudo isto traduz-se num trabalho interno contínuo, de forma a restaurar a unidade entre a alma e a personalidade, entre a mente e a consciência, entre os sentimentos e os pensamentos, ou seja, a unidade interna necessária para que cada pessoa seja consciente de seu próprio caminho, de sua verdadeira realização interna e de seus verdadeiros recursos para auxiliar seus irmãos e irmãs nesta grande família que é a humanidade.

Muita Luz a todos!