Coach explica como divergências sobre questões financeiras podem ser a sentença de morte de um relacionamento



O ditado popular e as Leis da Física dizem que “os opostos se atraem”, e, normalmente, as pessoas usam isso como justificativa do porquê duas pessoas completamente diferentes se dão tão bem em relacionamentos amorosos.

Muitas vezes, essa diferença serve para diversificar o relacionamento, e, outras, para estraga-lo. Robson Profeta, que é coach financeiro, acredita que as diferenças são boas somente até um ponto específico. “Quando um gosta de rock e o outro gosta de samba não é um problema, pois isso indica que cada um tem e respeita seu gosto pessoal, podendo, inclusive, apresentar ao cônjuge coisas novas, e, assim, temperar a relação. Porém, quando as divergências são sobre dinheiro e como usá-lo, o problema se torna mais grave”, afirma.

O profissional fala que existem três tipos de casais: aqueles em que ambos são controlados financeiramente; aqueles em que apenas uma das partes é controlada; e os casais em que ambos são descontrolados. “Enquanto uma das pessoas se preocupa em juntar dinheiro para comprar a primeira casa ou planejar uma viagem, o outro gasta demasiadamente com restaurantes, compras e carros. Isso indica uma falta de sintonia financeira entre o casal, o que pode causar problemas futuros”, explica.

O coach pontua que, nesse caso, não se trata mais de gostos diferentes que as pessoas possam ter, mas, sim, seus valores pessoais. “É como uma pessoa que tem um valor religioso muito forte, e seu cônjuge se diz ateu, por exemplo. Uma pessoa que preza pela segurança financeira e, por isso, gosta de receber 13º salário e guardar parte da sua renda, não conseguirá viver pacificamente com quem não dá a mesma importância para a regularidade e seguridade financeira”, comenta.
Robson ainda diz que, em tempos de crise financeira, como a que o Brasil está passando agora, essas divergências sobre como o dinheiro deve ser gasto podem ser acentuadas, correndo o risco de estragarem uma relação. “Se o casal não chegar a um consenso de como o dinheiro deve ser usado, ele nunca vai estar completamente bem. É preciso avaliar como a crise financeira pode influenciar na vida do casal e como o dinheiro pode ser bem aproveitado, para, então, chegar em um consenso, e evitar uma ruptura”, conclui.

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