O segredo está na individualização

Muitos me perguntam sobre a suplementação de polivitamínicos, que vão da Vitamina A ao Zinco, encontrados nas gôndolas das farmácias.

O que tenho a dizer a você é que esses compostos não podem ser generalizados, com venda comum a cada um de nós. Por quê? Porque já sabemos que a bioquímica é individualizada e o simples uso dos componentes não permite um acompanhamento do paciente (que aqui se torna mais um consumidor do que paciente).  O uso sem indicação não surte efeito, sendo a única exceção um caso isolado em que a pessoa está extremamente desnutrida, já que assim qualquer vitamina já poderia ser motivo para melhora. As dosagens de vitaminas e minerais devem seguir critérios e não determinados por laboratório farmacêutico como universal, pois cada ser humano tem um sistema biológico diferente e o excesso pode surtir efeito contrário, sendo prejudicial.

De tempos em tempos, pesquisas sobre vitaminas e minerais são divulgadas para coibir o uso de suplementos. Recentemente, um desses estudos chamava os suplementos de substâncias mágicas, mas saibam que não há magia alguma no uso de substâncias administradas com coerência, com base no histórico clínico do paciente – exames laboratoriais e uma boa conversa entre médico e paciente.    

A busca pela vida saudável pede mudança de hábitos, que vão do consumo simples e coerente de 30 ml/kl (peso) de água diariamente à prática de atividade física, passando pela boa alimentação. Sabe-se que o consumo regular de frutas, vegetais, carnes e peixes, oferecem os nutrientes necessários para a boa saúde, porém esse é um conceito de meio século, já que todos nós sabemos que o solo mundial está empobrecido, devido ao uso alarmante de agrotóxicos nas lavouras, o que faz com que os alimentos sejam colhidos com muito menos nutrientes do que via-se há 50 anos.  Com isso já comprovado pela ciência, sob o nome de toxicologia ambiental, as nossas necessidades diárias de antioxidantes aumentam por outros motivos como a poluição e o estresse oxidativo.

A medicina conhece hoje antioxidantes eficientes e com as associações necessárias para sua eficácia, o que significa que muitas vezes um tipo de suplemento agirá bem melhor nas células humanas associado a outro. Como exemplo temos o ômega 3, extremamente necessário para o corpo humano, que tem sua ação potencializada com o uso da vitamina E.

Os antioxidantes mais utilizados como suplemento são as Vitaminas A, B, C, E, o selênio, o zinco, cobre, manganês, coenzima Q10, bioflavonoides cítricos, resveratrol, entre outros tantos, e as dosagens são baseadas em mínima e máxima, levando em conta também o peso do paciente. Esse é o caminho para a saúde, já que a oxidação não acontece isoladamente, os fatores estão no nosso dia-a-dia e é possível desintoxicar o organismo com bons compostos, mas manipulados individualmente e assim combater os radicais livres.

Esta é a base da Medicina Integrativa, que une a nutrologia, a bioquímica médica e a prática ortomolecular. A natureza nos fornece o que há de melhor para nosso organismo, com suas vitaminas, seus minerais e fitoterápicos.

Participe do grupo do Jornal O Legado no Facebook - clique aqui

Você já leu a edição deste mês do Jornal O Legado? Clique aqui para ler