Cigarro continua a ser um dos principais problemas de saúde no mundo

Especialistas alertam para os males do cigarro - um dos maiores vilões da saúde e responsável por mais de 40 tipos de doenças e cânceres.

No Brasil, quase 30% da população mantém o hábito de fumar regularmente. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 200 mil pessoas morrem por ano por resultado direto do tabagismo. A previsão da Organização Mundial da Saúde (OMS) é ainda mais preocupante: até 2030, 10% das mortes do mundo estarão relacionadas ao consumo de tabaco.

Segundo o pneumologista do Hospital Samaritano de São Paulo, Dr. Roberto Stirbulov, o cigarro é um coquetel com mais de 5 mil substâncias – a maioria tóxicas e que causam dependência química. “A nicotina, por exemplo, atua no cérebro com receptores ativos fortes e que superam a consciência de que fumar faz mal”, explica o especialista.

As fases da dependência

A maioria dos fumantes passa por quatro fases de dependência, segundo o Dr. Roberto Stirbulov. Em um primeiro momento – denominado pré-contemplativo – a pessoa só vê vantagens no ato de fumar, relevando todos os malefícios provocados pelo cigarro. “Nessa fase, é bastante comum ouvir os argumentos de que o fumante pode parar quando quiser e que não é dependente químico”, diz o pneumologista.

A segunda fase é a contemplativa, na qual o fumante começa a cogitar a possibilidade de largar o vício e reconhece seus malefícios. Esta fase é importante e difícil, uma vez que tende a surgir no ápice do vício.

A terceira etapa é a ativa – quando se toma a decisão de abandonar de vez o cigarro. “Além de força de vontade, o ex-fumante conta com o apoio de repositores de nicotina e antidepressivos”, explica o médico do Hospital Samaritano. Este momento marca a mudança na rotina, eliminando situações familiares facilitadoras do fumo. Se a pessoa costuma fumar no caminho para o trabalho, deve modificar o trajeto. Nas horas do dia em que tradicionalmente fumava, deve optar por dar uma caminhada ou tomar água.

A quarta fase é a manutenção – ações que envolvem toda a família e círculo de amizade. O combate à recaída é especialmente dramático, pois a associação ao cigarro está em todos os lugares: nos outdoors, pessoas fumando nas ruas e festas. “Infelizmente, só 25% dos ex-fumantes conseguem evitar recaídas”, conta o Dr. Stirbulov.

Como parar de fumar

Parar de fumar é uma decisão que engloba todo o estilo de vida do dependente. Atualmente, existem vários tipos de tratamentos para os fumantes.  Os especialistas recomendam, além de medicamentos, sessões de terapia cognitiva comportamental e prática de exercícios físicos, pois as atividades ajudam a substituir o prazer provocado pelo cigarro. Além disso, é fundamental reconhecer que o tabagismo é uma doença que demanda tratamento adequado. “Quem fuma um maço por dia durante 20 anos tem 100% de chance de ter alguma doença, seja ela de intensidade leve, moderada ou grave. A situação é ainda mais grave para indivíduos que exageram na bebida alcoólica e são sedentários”, alerta o médico.

 

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