... está mais para “picareutas” do que para terapeutas...
 
Há alguns anos vêm ocorrendo um fato marcante nos meios acadêmicos da medicina. Podemos perceber que hoje quando procuramos um médico clínico normalmente nos é indicado um especialista a nos socorrer, especificamente da enfermidade que nos aflige, ou seja, um gastro, um pneumologista, um endocrinologista, um oftalmologista etc. Isso não é só porque houve uma grande evolução na medicina, mas também dos conceitos dos médicos que entenderam que “ninguém consegue ser, saber ou executar tudo e ser bem sucedido”, pela própria complexidade de cada segmento.
 
O Dr. clínico geral esta cada vez mais se especializando. Aquele que receitava um xarope para sua tosse e cuidava de sua unha encravada decidiu se “especializar” e se tornar “expert” em um único segmento das múltiplas patologias ou doenças que agridem o ser humano. Este comportamento permitiu uma maior qualificação desses profissionais e sem duvida uma prestação de serviços mais eficaz.
 
Vamos abordar agora um paralelo do que chamamos de academismo: “O terapeuta alternativo”, hoje pretensiosamente se auto-intitulando como “terapeuta holístico”.
A saber: TERAPEUTA: aquele que exerce alguma forma terapêutica e “conhece bem as indicações e aplicações dela”.
 
HOLISMO (1): tendência que se supõe seja própria do universo, a sintetizar unidades em totalidades organizadas.
 
HOLISMO (2): doutrina que considera o organismo vivo como um “todo indecomponível”.
HOLISMO (3): compreensão da realidade em totalidades integradas, onde cada elemento de um campo considerado reflete e contem todas as dimensões do campo, evidenciando que a parte está no todo, numa inter-relação constante, dinâmica e paradoxal.
 
A grosso modo poderíamos traduzir tudo isso como: “terapeuta que considera “o todo” para cuidar holistícamente e devidamente de alguém.”
 
É público e notório que o que vemos entre os ditos “terapeutas holísticos”, que a partir da análise do “todo” atuam de forma precipitada querendo cuidar, corrigir, atuar em “TUDO”! como se fossem exímios experts em ser “humano holístico”, ou em seu “corpo, sua alma e seu espírito...”
 
É fato que um bom profissional prospectivo consegue detectar ou diagnosticar distorções e desequilíbrios em várias densidades diferentes quando examina uma pessoa ou local, aplicando conceitos holísticos.
 
Esta técnica deriva de diversos métodos e procedimentos e normalmente se alia as outras qualificações do profissional como atuante ou orientador da correção de algumas das patologias encontradas, porém, “não em todas”. Aquelas que se autodeterminam o “sabedor de tudo”, ou é extremamente “ingênuo” ou por ter mal caráter pode ser chamado de “PICAREUTA” HOLÍSTICO!
 
Vou eu, de novo, sugerir uma idéia para reflexões: Será que é tão difícil para um “terapeuta complementar” se dedicar a um segmento específico se tornando especialista na área que mais lhe oferecer afinidades ou empatias, ao invés de tentar ou insistir em “assobiar e chupar cana”?
 
Será que é tão difícil para um “terapeuta complementar” indicar um “colega mais qualificado”, quando detecta um distúrbio o qual não tem pleno domínio sobre sua correção, ao tentar achar que “um tapinha ali ou um tapinha aqui”, meia boca, pode socorrer o seu paciente? 
 
Por quanto tempo mais teremos que agüentar e engolir os egocêntricos, “os faz tudo”, “os sabe tudo” que na verdade só mostram conhecimentos parciais e precários, e usando títulos qualificativos que são comuns aos terapeutas sérios, maculam o segmento terapêutico complementar, alternativo ou “holístico”.
 
O autopoliciamento inibe o comportamento do “acho que”! O simples fato de nós terapeutas defendermos um segmento tão sério quanto este que decidimos nos dedicar com honra, caráter, bom senso e espiritualidade, exige que fiquemos atentos e até interferirmos quando nos depararmos com pessoas desqualificadas que usam “nossos” títulos irresponsavelmente.
 
EU NÃO SOU PICAREUTA..., E VOCÊ, VESTE A CARAPUÇA?
 
“Eu estou e sempre estarei ligado! ....”
 
N.R. Procure sempre um terapeuta formado, diplomado e sindicalizado
 
 

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