Diante das oportunidades econômicas propiciadas no Brasil por eventos (Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016) e potenciais atividades em ascensão (como a exploração de petróleo e gás do pré-sal e os agronegócios) que serão reforçadas nos próximos anos, aqueles que planejam atuar, investir ou ampliar participação nas áreas que serão beneficiadas pelo movimento de expansão devem agir rápido para aproveitar o momento atual e as perspectivas positivas que se abrem para o curto, o médio e o longo prazo.

Tomemos como exemplo os investimentos que envolverão o mercado de petróleo e gás a partir da exploração dos campos do pré-sal, no litoral brasileiro. Como a exploração comercial dessas riquezas está prevista para ser iniciada dentro de quatro a cinco anos, o planejamento e a aplicação dos planos de negócios para viabilizar as oportunidades já estão sendo implementados de fato. Em alguns casos, faltam poucos movimentos para a viabilização comercial da prospecção.

Aquelas empresas e profissionais que já estão preparados para atuar imediatamente (no fornecimento de tecnologias, equipamentos ou serviços) saem na frente de seus competidores, já que, como dita a lógica do mercado, quanto menor a concorrência em determinado momento, mais elevados tendem a ser os preços dos negócios.

Quem ainda não está preparado para “surfar a onda” dos negócios potenciais dos próximos anos nas áreas de infraestrutura, petróleo e gás, mineração e metalurgia, tecnologia e inovação, agroindústria, turismo e serviços precisará muita agilidade, rapidez, preparação, capacitação, planejamento e organização para estar pronto a atuar de forma realmente competitiva.

Devemos ter em mente que o Brasil está efetivamente inserido na realidade da economia globalizada. Ser um país globalizado traz, portanto, inúmeras vantagens para o mercado e os players internos, mas, também, abre a oportunidade para que empresas, corporações e profissionais estrangeiros aqui se estabeleçam e possam competir diretamente com os brasileiros. Neste sentido, é possível enxergar oportunidades inclusive de alinhamento, associação, fusão ou formação de parcerias com parceiros estrangeiros que podem representar a otimização de potenciais para exploração de oportunidades de negócios. Caso contrário, os brasileiros têm de investir em eficiência, qualidade e competitividade para enfrentar os entrantes internacionais.

Não é simples, nem tampouco barato, portanto, estar preparado para competir em novos mercados ou em segmentos em expansão significativa. No entanto, uma série de incentivos, incluindo o marco regulatório aplicado aos diversos setores, vem sendo viabilizada pelas autoridades governamentais brasileiras e tem o objetivo de estimular os mercados, facilitar a participação de empreendedores nacionais e garantir que as necessidades de desenvolvimento das diferentes áreas sejam efetivamente atendidas dentro dos prazos planejados e com a eficiência exigida.

É por isso que volto a insistir: aqueles que estão preparados para os desafios do desenvolvimento brasileiro nos próximos anos saem à frente, mas não podem “baixar a guarda”, tendo de manter investimentos e esforços no desenvolvimento do próprio negócio; enquanto os que ainda precisam se organizar para atuar nos setores de maior potencial de crescimento de nossa economia devem ser ligeiros para não perder as oportunidades já existentes, ou para estarem preparados para aquelas que estarão disponíveis muito em breve.

Texto de Eduardo Pocetti - CEO da BDO no Brasil, empresa-membro integrante da quinta maior rede do mundo em auditoria, tributos e advisory services.

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