Trago este mês apenas uma pequena reflexão que poderá ser analisada, em sua conveniência, para ser aplicada em várias áreas de atuação, pois é hábito das pessoas avaliarem, decidirem e se portarem movidas pela emoção e não pela razão, sem o menor bom senso.

Mas por que abordar este assunto? Como já é praxe, um péssimo hábito foi adquirido por pessoas que aprenderam de forma totalmente equivocada (principalmente via conceitos religiosos) que, para se obter o devido retorno e reconhecimento espiritual, é necessário que se “doe para receber”, o que na realidade não é bem dessa forma que o “equilíbrio” se faz presente.

As pessoas imbuídas por uma ideia convenientemente implantada por conceitos muito antigos, muito mal interpretada e erroneamente aplicada no dia-a-dia, têm uma obsessão incontrolável por agir impulsivamente no que se refere a “ajudar ao próximo” ou por praticar seus atos de benfeitoria, visando apenas o quanto “estariam” se colocando na posição de poder “receber”, simplesmente por terem sido impulsionadas a oferecer algo e se manterem fiéis a ideia totalmente mistificada, imputada aos grandes mestres do passado, do “quanto mais sair, mais vai entrar”.

O frenesi comportamental compromete sobremaneira o ato em si, pois se faz o que se tem vontade própria, usando de precária avaliação de qual seriam “realmente” as necessidades do escolhido a ser agraciado e não o que realmente “o outro” estaria necessitando.

O simples ato de se estar fazendo algo por alguém justificaria mais um crédito aos olhos de supostos julgadores de méritos. Então eu indago: O outro “realmente” deveria ser invadido em suas intimidades, em suas necessidades pessoais, que nada mais significariam “um estímulo” às reações pessoais para, por si próprio, achar a saída adequada e personalizada, de modo a encontrar as maneiras convenientes de suprir suas carências?

Estaria o outro, de forma talvez constrangedora, aceitando ajuda ou auxílio sem que os tenha solicitado espontaneamente, apenas para que não seja “condenado” por ser mal agradecido?

Já pensaram na ideia de que este tal “outro”, por comprometimento de seus caráter e índole, se habituou a viver de favores e benesse de terceiros sem decidir em nenhum momento mudar de comportamento por este lhe ser cômodo e confortável?

Já pensaram na possibilidade de estarem oferecendo algo sem que tenha as “reais condições” pessoais para tal, cometendo o deslize de dar o que lhe fará falta ou oferecer préstimos aquém das necessidades “reais” do favorecido?

O simples fato de seguir sob preceitos já não tão coerentes pelos conceitos culturais atuais, abdicando do bom senso e se isentando de analisar as situações de forma mais “racional” e menos “emocional” ao se avaliar adequadamente o “dar e receber”, pode incorrer em frustrações que, em princípio, se apresentam como inexplicáveis e injustas, porém fazem parte de uma necessidade de “equilíbrio” no “respeitar” o “livre-arbítrio alheio” e não só apoiada de forma conceitual em práticas baseadas em desequilíbrios psicossociais impingidos pelos “sistemas”.

Estes comportamentos são muito comuns entre os técnicos ou profissionais ligados às várias disciplinas esotéricas, místicas, espíritas ou até dos meios terapêuticos holísticos, onde parte das orientações esbarra no gancho das fragilidades emocionais que levam os praticantes envolvidos a agirem dentro de limites conceituais de “fazer o bem sem avaliar a quem”, abrindo possibilidades de se “jogar pérolas a porcos” e despertar o sentimento de injustiça por isenções de retribuições compensatórias.


Continuo ligado!

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