Entre a razão e a emoção, entre a sua vida e a vida no mundo: Virgem, Peixes e a cruz mutável em foco

 

Dentre as muitas configurações astrológicas que temos no céu do momento (2015/2016), Júpiter em Virgem e Netuno em Peixes direcionam nosso olhar para a forma como enxergamos as coisas e a vida.

De um lado temos o crítico e detalhista signo de Virgem, que observa os detalhes e se preocupa com a forma como as coisas são feitas e como a vida é vivida. Tem a ver com a rotina, o cotidiano, as coisas do dia-a-dia. Refere-se aos processos e, portanto, ao aqui e agora, o que significa que estamos também falando sobre a forma como qualquer coisa é construída. Júpiter está ali enfatizando a necessidade de observarmos isso com mais atenção e, quem sabe, mudar alguma coisa nesse sentido. Do outro lado temos peixes, signo do todo, que compreender a amplitude, que integra pessoas e resultados e que também pode ir além. Refere-se ao sonho, à fantasia, aos ideais. Enquanto Virgem é seletivo, Peixes é compreensivo.

Enquanto virgem é racional, pragmático e objetivo, peixes é emocional, intuitivo e subjetivo. Enquanto virgem é mecanicista, peixes é místico. Enquanto virgem separa tudo, peixes integra tudo. Enquanto em virgem, coletivamente estamos falando da vida de cada um, em peixes temos a massa e também aqueles que são excluídos. Há nesse momento um grande desafio no sentido de integrar esses opostos. De um lado o pragmatismo, a necessidade de sermos sempre eficientes, de produzir ao máximo e trazer resultados sempre concreto.

Do outro lado a subjetividade, o sentimento, a capacidade de mergulhar no todo e olhar para aquilo que em essência realmente importa, ou seja, os sonhos, os sentimentos, as buscas e questões mais essenciais. Num mundo onde valorizam-se a pressa, a produtividade, a visão racional e mecanicista de mundo, onde parece melhor quem não tem tempo para nada mais (nem para cuidar da própria saúde, tema de virgem também), um contraponto vem lembrar que não podemos esquecer que estamos inseridos num contexto maior e que somos, em essência, muito mais complexos do que isso. Num mundo onde cada um está tão preocupado com seu próprio umbigo, situações de emergência comovem e lembram que de uma forma ou de outra estamos integrados num contexto maior e que talvez fosse importante um pouco mais de sensibilidade e compaixão.

Curiosa e literalmente, vivemos um momento de crise e de guerras, motivadas essencialmente por divergências em termos de crenças e religião, o que tem a ver com peixes e também com sagitário, que faz parte dessa mesma cruz mutável (composta por gêmeos, virgem, sagitário e peixes) e que agora recebe Saturno, o que poderá reforçar a intolerância religiosa, os valores diversos e ampliar a crise mundial, inclusive em termos financeiros. Temos uma crise (virgem) de refugiados (peixes), que fogem abandonando tudo que tinham (suas rotinas virginianas, seus sonhos piscianos) à pé (numa referência ao signo de peixes) ou por mar (também regido por peixes). Muitos deles indo para campos de refugiados, ironicamente lembrando os tempos dos campos da segunda guerra, quando Netuno estava no lugar oposto, no signo de Virgem (separados, excluídos, abandonados à própria sorte e, na maior parte das vezes, à morte). Agora, com o Netuno em seu oposto, mesmo eixo, talvez trazendo à tona a sombra daquela tenebrosa passagem histórica que muita gente faz questão de fingir que não aconteceu. A história que se repete para ser (re) lembrada, para que aqueles que sofreram no passado possam ser honrados por nossa compaixão. A história que sempre se repete enquanto não fazemos nada para mudar. E se agora parece menos grave, talvez seja pela aura pisciana que camufla e que aparentemente não seleciona tanto, mas que na verdade mostra que há separação e a necessidade de compaixão e união para que as coisas encontrem um melhor caminho.

Enquanto uns acolhem (peixes), outros ignoram, separam, constroem muros (virgem). E se estamos tratando da cruz mutável, enquanto parte do mundo se integra e miscigena (gêmeos-peixes), muitos são separados, excluídos e exilados (virgem-sagitário) e o céu agora grita pedindo por mudanças, por olhares para o que está acontecendo, para que possamos perceber que o que acontece do outro lado do mundo não é só problema deles, é nosso, é de todo mundo. Uma configuração astrológica como essa aponta as dores do mundo, as atuais e as passadas, pede olhares mais conscientes e compreensivos, pede respeito, pede atitude. E não precisam ser grandes atitudes. A cura está em Virgem, ou seja, nos detalhes, nas pequenas coisas que cada um pode fazer, da compreensão que cada um pode ter. Novos olhares, novas atitudes, mais humildade e respeito, é disso, entre tantas outras coisas, que o mundo precisa.

* Os significados dos signos abordados nesse texto referem-se ao contexto mundial e não necessariamente às características de pessoas desses signos.

 

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