Sociedades Secretas - III



São muitas as sociedades secretas “organizadas” com metas e estruturas específicas. Mas também há muitas que surgem fugazmente em torno de mitos, crendices e medos. Você já ouviu falar na Ordem do Dragão?

Pois sabe-se que existem pelo menos duas, independentes uma da outra, apesar de focalizadas em torno da mesma crendice lendária na existência de vampiros, lobisomens e outros seres predadores do gênero.
Na Transilvânia existiu a mais ferrenha dessas ordens, em que o Dragão era o próprio Drácula ou príncipe Vlad que supostamente era o maior vampiro e criador de uma hoste de outros. Vampiros eram perseguidos pelos membros dessa ordem implacavelmente, mas ninguém pode realmente garantir que existissem, nem quantas pessoas inocentes acabaram mortas com estacas no peito sob suspeita de serem um desses mutantes sanguinários.

Aparentemente, o Vaticano mantinha no âmbito de seu projeto de exorcismo, aliás escola que continua viva e florescente, para a qual os vampiros e lobisomens eram seres possuídos.  Acreditava-se que eles tornavam-se inertes diante de um crucifixo, da Bíblia, e podiam ser destruídos por balas de prata ou água benta. Uma maneira de se proteger e à família, era manter a casa cheia de résteas de alho penduradas fora e dentro da casa.

Contam os mitos modernos e literários sobre estes outros caçadores de vampiros como sendo um grupo quase fanático e poderoso de clérigos liderados por algum do alto escalão, e que perseguiam tais seres sanguinários por todo e em qualquer lugar do mundo, principalmente entre as sociedades mais primitivas culturalmente ou selvagens, ou que a igreja assim classificava.

Já uma terceira Ordem dos Dragões laica e autônoma, cujos membros achavam que a única maneira como poderiam evitar de serem vitimados e transformados eles próprios em mais mutantes, cultuando estes e fazendo-lhes oferendas, que parecem ter incluído vítimas sacrificiais do gênero a virgem ao chegar à maior-idade, o mancebo mais forte do povoado etc. Acabou sendo absorvido por correntes do satanismo.
Sociedades como estas sempre existiram e surgem assim como desaparecem com a mesma velocidade, perdendo-se nos meandros das histórias locais. A maioria sequer chega a fazer parte da mitologia formal a respeito das crendices populares.

Em geral, quando falamos em sociedades secretas desse gênero imaginamos imediatamente um grupo de fanáticos tão sanguinários quanto os objetivos que professam.  Já se firmou através dos séculos o preconceito de que uma sociedade secreta possa ser constituída com boas intenções. Todas elas se creem que conspiram contra alguma coisa ou alguma instituição, ou alguma circunstância social em sua época. Poucas sobrevivem.

Mas muitas delas acabam absorvidas por outras. Daí hoje, sabe-se que a maioria das sociedades secretas que sabemos ou supomos existir, estão interligadas, como se houvera um vínculo hierárquico entre elas, umas fomentadas por outras ou assimiladas em seus próprios quadros e propósitos.

Por outro lado, há movimentos e campanhas que se tornam públicas, demonizam e criminalizam pontualmente, mas estranhamente ocultam no secretismo as lideranças e instituições que os promovem. Exemplo mais notório dos nossos tempos é a famosa guerra às drogas.

A maconha por exemplo, já foi um produto de exportação na forma de várias coisas que dela se fabricavam, cordas, redes, artigos de cama e mesa, remédios, xaropes fortificantes, contra tosse e gripe, contra a tuberculose, inclusive para crianças.

Mas como existe um alto índice de viciamento com danos principalmente à saúde mental pelo uso de maneiras não industriais, e a maioria dos demais produtos foram substituídos por fármacos, sintéticos, plásticos, petróleo etc., a maconha junto com outras drogas mais nocivas, foi demonizada e tornou-se proibida e perseguida, tanto quanto ao plantio quanto ao uso.

O que poucos sabem é que a maioria dessas substâncias opiáticas, sejam derivadas da maconha, da papoula ou produtos químicos manipulados especificamente, tornaram-se rapidamente em verdadeira arma de guerra biológica.

A China foi o país que mais sofreu com a famosa Guerra do Ópio. Mas o que só muito depois se ficou sabendo foi que esta guerra foi estimulada como meio para subjugar a população pelos colonizadores ingleses e desestabilizar seus governantes. Hoje, temos outras histórias dramáticas em sua maioria entre populações do sudeste asiático como o Vietnam e outros; foi realmente uma desculpa e ao mesmo tempo uma arma das incursões imperialistas dos ocidentais.

O que menos ainda sabem é que hoje a maior produção de papoulas, maconha, é nos países do oriente médio “liberados” pelos imperialistas ocidentais, e são administradas e exploradas “secretamente” pelas organizações ligadas ao governo militarizado dos EUA, a CIA, a DEA e outros cuja finalidade original se perdeu no limbo e era justamente coibir o cultivo, a exploração e distribuição.

Em muitos outros países chamados de subdesenvolvidos, também é extenso o cultivo de drogas, principalmente maconha. A chamada Guerra das Drogas é mais violenta por exemplo, no México, que se tornou notório pelos cartéis ali organizados, muitos de uma violência maior do que da época do gangsterismo da Lei Seca nos anos 20 do século passado nos EUA. E hoje não é mais “segredo”, que todos esses cartéis têm algum tipo de ligação, subvenção e proteção de organizações como a CIA.

A Colômbia também é dita ser um grande promotor e distribuidor, principalmente para os países ao Sul como o nosso. O quadro é igual. Mas o que continua como uma verdadeira sociedade secreta é o sistema que gera e promove essa situação ao invés de coibi-la como diz pretender.

O uso abusivo de drogas conduz à instabilidade mental e emocional de populações inteiras, num processo que está sendo chamado de zombificação, tornando-as facilmente manipuláveis quer pelos governos locais quer por interesses externos, principalmente econômicos e financeiros.

Torna-se claro que este processo constitui uma sociedade secreta aberta. Mas não é possível acreditar que não seja um processo orquestrado por outras sociedades secretas com desígnios de conquista, domínio e consolidação de um império hoje proposta como uma NOVA ORDEM MUNDIAL.

Aliás, essa história de uma nova ordem mundial é muito mais antiga do que nossa vã ilusão possa imaginar. O primeiro movimento neste sentido e quase bem sucedido, foi o da própria igreja católica que catequizando mesmo ao preço de genocídios localizados e encobertos, conseguiu quase um total controle sobre todas as nações, senão todas, pelo menos as mais significativas como poderes mundiais. Isso foi interrompido no século XVI parcialmente, com o surgimento da corrente protestante de Martin e Lutero.

Diversos conquistadores históricos ao longo dos tempos tentaram unificar sob um mesmo mando as nações do seu tempo. Alguns conseguiram para em seguida perecer. Os romanos. Os otomanos. Os persas. Alexandre o Magno foi um dos que alcançou mais objetivos. Os Hunos. A primeira invasão islâmica na Europa (e está em marcha a segunda). Napoleão, derrotado pelo inverno Russo. Os próprios ingleses na China. E agora, mais violento e invasivo que qualquer outro, o imperialismo americano que visa a hegemonia política sob seu sistema através da força militar, da intimidação e da asfixia econômica.

Não menos importante como braço desse imperialismo é pela sedução ao consumismo predatório e de obsolência programada, às custas das matérias primas das próprias vítimas que cada vez mais ficam, senão apropriadas então controladas e empobrecidas pelos seus exploradores. Bem como da manipulação pela mídia falada, escrita e televisada, teleguiando a população para os valores ou desvalores que se pretendem implantar ou as sedições que se pretende promover.

Exemplo claro recente disso é todo o movimento da tal primavera árabe, a derrubada do regime de Khaddaffi com o desmantelamento da Líbia, e por último a tentativa de destruição da Síria e derrubada do Assad. A criação do tal Estado Islâmico, notória e claramente cria dessas forças imperialistas mais do que propriamente iniciativa realmente muçulmana quer religiosa quer política.

Todas essas coisas que hoje estão acontecendo não surgiram do nada nem da noite para o dia. Foram preparadas e desenvolvidas ao longo de décadas para que quando fosse o “momento” que conviesse a essas forças, se libertariam os senhores da guerra, do terrorismo e das ameaças apocalípticas. Um cenário que faz lembrar vivamente o último século do Declínio e Queda do Império Romano.    

Mas que forças são essas? Se o ocidente hoje vive a democracia; seus líderes mudam periodicamente; quem pode estar orquestrando com tanta premeditação e constância um plano desse gabarito. E com que finalidade? O poder pelo poder?

Por isso as sociedades secretas “formais” se tornam atraentes porque se tornam fáceis de culpar. A Nova Ordem Mundial por exemplo, ainda que a igreja cristã tenha sido a primeira a impor algo do gênero, é hoje atribuída aos Illuminatti, com uma tintura de Franco-Maçonaria, a própria igreja de pano de fundo, e até a Opus Dei, com uma pitada do Priorado de Sião; o sectarismo sionista e tudo o mais que se pode acrescentar a este caldeirão de caldo de bruxos.

Mas afinal de contas, estas “sociedades”, esses governos imperialistas, e outras tantas fontes de todas essas ameaças, até o sistema econômico mundial, são seres viventes e pensantes por si sós? Não. São organizações e corporações administradas e controladas por seres humanos igual a mim e a você leitor. Então como explicar isso?

Bem. Primeiro cria-se uma dicotomia de opostos. Algo próximo à realidade e algo absurdamente oposto e contrário. Há um mistério que surge no cenário de maneira avassaladora. A existência, interferência e propósitos de alienígenas, sim, seres extraterrestres.... Muito se diz ver, se diz saber, mas a maior parte está classificada como altamente secreta. E curiosamente, o monopólio desse mistério está nas mãos de quem? Você já parou para se perguntar?

Não admira que se buscam bodes expiatórios ou até se criam para explicar o que não querem explicar. Se não existem, então para que ocultar. E aí voltamos para o que dissemos no começo: é difícil acreditar que os Illuminatti estejam por trás disso tudo; como também se torna difícil não acreditar. Porque se não forem alienígenas, então somos nós humanos mesmo que estamos fazendo isso tudo contra nós mesmos.

De qualquer forma que se veja, é apavorante. Podem ter sido proibidas as caças às raposas, aos coelhos e até abolido a escravatura, mas continuamos escravos e vítimas de nós mesmos. Somos o maior predador da nossa própria espécie? Quem sabe a verdade deste segredo? Qual sociedade?

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