A ansiedade é um sentimento vago, desagradável de medo, apreensão, caracterizada por tensão ou desconforto derivado da previsão de perigo, algo desconhecido ou estranho. A ansiedade e o medo são agora reconhecidos como patológico quando é exagerado, desproporcional ao estímulo e quando interfere na qualidade de vida, conforto emocional ou desempenho diário do indivíduo. (Castilho et al, 2005).

Os transtornos de ansiedade são situações clínicas em que esses sintomas são primários, ou seja, eles não são derivados de outras condições psiquiátricas. Existem vários tipos de transtorno de ansiedade explanados a seguir:

Transtorno de ansiedade de separação é caracterizada por ansiedade excessiva sobre a separação dos pais ou seus substitutos, não adequada ao nível de desenvolvimento, que persiste por pelo menos quatro semanas, causando sofrimento intenso e prejuízos significativos em diferentes áreas da vida da criança ou adolescente. (Castilho et al, 2005).

As fobias específicas são definidas pela presença de medo excessivo e persistente relacionada com um objeto ou uma situação em particular, que não seja situação de exposição pública ou medo de ter um ataque de pânico.

Fobia social e formar o que é observado em adultos, medo persistente e intenso de situações em que a pessoa acredita estar exposta à avaliação de outros, ou se comportar de uma maneira humilhante ou vergonhosa, caracteriza o diagnóstico de fobia social. (Cordiolli, 2008).

O padrão comportamental característico de transtornos de ansiedade de acordo com grande parte da literatura é a evitação fóbica: a presença de um evento ameaçador ou desconfortável, o indivíduo emite uma resposta, que elimina ou atenua adiar este evento.

Se relacionarmos medo e ansiedade não são a mesma coisa, o que torna mais aparente é o sentimento de ansiedade, sentir ansiedade não se condiciona em algo que conhecemos e ao qual tememos, isso é o medo. Ansiedade é reação ao desconhecido, sentimento subjetivo, não se pode conhecer ou determinar a manifestação desse fenômeno. (Horney, Pág. 66).

Quando se está ansioso pode surgir muitos sintomas físicos: incluindo insônia, dor de cabeça, dor no peito, coração, náuseas ..., que podem ser muito chatos e muito limitantes. Os sintomas físicos são gerados por pensamentos automáticos. Se pudermos identificar e modificá-los, você pode ser capaz de capturar a ansiedade. Estes pensamentos automáticos podem ser: “Eu não posso!” “Eu não sou bom o suficiente”, “Eu nem mesmo deveria estar aqui!”, Entre muitos outros. E pode, como pertencente a um ciclo de estar, proporcionar consequências da ansiedade, como, por exemplo, “Eu não posso ficar ansioso.” Mas a ansiedade gera ainda mais ansiedade - como se, inadvertidamente, a pessoa traz a você o que mais queremos evitar. Estes pensamentos automáticos podem tornar-se cada vez mais constantes e menos conscientes. (Mendonça, 2007).

Na psicanálise entende-se que a origem de um sintoma qualquer está relacionada a eventos do passado e às experiências afetivas que não foram adequadamente elaboradas pela pessoa. Sendo assim, o tratamento procura trabalhar os conteúdos que muitas vezes foram reprimidos e, por isso mesmo, geram desequilíbrios emocionais como a ansiedade ou a depressão. Nesse tipo de tratamento, as características de personalidade do indivíduo são vistas como relevantes, pois, elas podem estar na raiz do quadro de ansiedade. (Candy, 2012).

A psicanalise tem suas próprias saídas e recursos, não se prende a patologias, pois não cura as ansiedades e angustias do homem e sim ela pode simplesmente ensiná-lo a usar este sentimento como caminho, saída. A psicanalise ilumina os problemas até que deixam de ser obscuros, tornando possibilidades de crescimento e esclarecimentos. Procurar entender sobre o vazio, da angústia daquela situação, o que acontece no inconsciente daquela pessoa que busca sempre a mesma forma de conforto, mesmo a vida oferecendo um leque vasto de opções para o apaziguamento da dor, tais como trabalhar, criar, se divertir, se relacionar, entre muitas outras.

Finalmente, o tratamento psicanalítico de vários transtornos mentais continua a revelar-se eficaz e ajudar um monte de gente para estar em paz consigo mesmo e com a vida. Como afirmado, a psicanálise pode ser um coadjuvante no tratamento de algumas doenças. Em outros casos, ela pode se tornar a protagonista, evitando o recurso aos produtos farmacêuticos e seus inevitáveis efeitos colaterais.

Bibliografia
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2. CORDIOLI, Aristides Volpato, NAPP, Paulo. A terapia cognitivo-comportamental no tratamento dos transtornos mentais. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2008, vol.30, n.3, pp. s51-s53.
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3. Mendonça, Paulo et al. Transtorno de ansiedade social como fator de risco para depressão. Rev. psiquiatr. clín. [online]. 2003, vol.30, n.3, pp. 97-97. ISSN 1806-938X.  http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832003000300006.
4. MARGIS, Regina et al. Relação entre estressores, estresse e ansiedade. Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul [online]. 2003, vol.25, n.1, pp. 65-74.
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5. ROSA, Miriam Debieux. PSICANÁLISE NA UNIVERSIDADE: CONSIDERAÇÕES SOBRE O ENSINO DE PSICANÁLISE NOS CURSOS DE PSICOLOGIA. Psicol. USP [online]. 2001, vol.12, n.2, pp. 189-199. ISSN 1678-5177.  http://dx.doi.org/10.1590/S0103-65642001000200016.
6. SANTEIRO, Tales Vilela. Psicoterapia breve psicodinâmica preventiva: pesquisa exploratória de resultados e acompanhamento. Psicol. estud. [online]. 2008, vol.13, n.4, pp. 761-770. ISSN 1807-0329.  http://dx.doi.org/10.1590/S1413-73722008000400014.



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