Hatha Yóga Clássico XXIV




O legado do Hatha Yóga é a sua profunda visão sistêmica



No artigo anterior a este, buscamos elucidar vários aspectos que envolvem a consciência em suas mais variadas formas, em especial, o fato de que a consciência é toda a estrutura formada pelas partículas de luz do universo. Discriminamos algumas das formas de energias e como as mesmas - em suas diferentes estruturas ou dimensões - podem interferir no tempo, no espaço, na causalidade e especialmente na vida das pessoas na sociedade global. Como um determinado tipo de energia, quando corretamente utilizada pode favorecer a sociedade, e, contudo, quando outro tipo de energia pode prejudicar a mesma. Tanto no âmbito coletivo quanto no âmbito individual. Porém, um outro ponto relevante naquele capítulo, foi o esclarecimento de que a maioria das pessoas na “civilização” atual, desconhece todos esses fatos e por conta de tal desconhecimento, acaba padecendo de muitas enfermidades advindas diretamente da força e da atuação das mais diferentes espécies de energias. Que - como partículas de luz - possuem diferentes tipos de consciência e se locomovem livremente, ao sabor de ondas ou vibrações, em qualquer direção e a qualquer momento. Estes conhecimentos quânticos, são esclarecidos e elucidados em muitos textos clássicos de Yóga e do Hatha Yóga. E se bem assimilados, podem - tanto por meio das práticas, quanto por meio de um autocontrole - fazer toda a diferença no que se refere à saúde material, à saúde somatológica e à saúde espiritual.


Como reconhecer as estruturas sistêmicas das diferentes energias


Quando afirmamos que as partículas de luz, as diferentes energias e a consciência são uma única coisa, temos que esclarecer também, que elas interagem em diferentes dimensões e de diferentes formas. Temos que lembrar ainda, que dependendo de cada forma de campo vibracional, da dimensão das vibrações e de como e onde tais campos de ressonância ocorrem, os mesmos podem afetar e alterar os estados de consciência - neste caso, individual ou até coletivo - de uma ou de mais pessoas, das mais diferentes maneiras.


Por exemplo, quando alguém por meio das práticas do Hatha Yóga consegue refinar altamente seu padrão de consciência, esta pessoa estará evidentemente refinando o padrão das energias com as quais atua. Ou - possivelmente - há longo prazo, até mesmo mudando parte das mesmas. Claro que para realizar isto, terá que possuir um conhecimento profundo e elevado também.


Contudo, quando abordamos consciência em suas diferentes formas de energias, também fica claro que estamos tratando sobre uma dimensão da realidade, que não é facilmente acessível pelos meios conhecidos tradicionais. Por exemplo, podemos questionar aqui, como os padrões de pensamentos - que são formas de energias - podem ser refinados ou modificados ao longo do tempo, por meio de tais práticas. Sabemos - em um outro exemplo sutil e delicado - que tudo no universo é pura energia - ou partículas de luz, em movimento. Ao mesmo tempo, tais partículas de luz são elétrons potenciais e - literalmente - não são entidades ou estruturas físicas.


Neste aspecto acima, podemos concluir que toda a vida e a existência - este universo local - é um campo quântico de energia aparentemente ilimitado, sem começo, sem meio e sem fim. Ainda se levarmos em conta a proposta conceitual da grande explosão primordial.

Também, podemos inferir que se esta realidade realmente tem estas características, a mesma está constante e eternamente se transformando, se metamorfoseando e se automodificando. E que tudo o que é conhecido ou desconhecido e mutável e mutante; mais ainda, que se aceitarmos isto, todas as formas são inconstantes e aparentes e, que tudo - tudo - encontra-se em constante movimento. Que efetivamente podem existir padrões, mas os mesmos são apenas transitórios e passageiros, independentemente do tempo atemporal que possa existir no espaço e na verdadeira temporalidade.


No caso do/a praticante do Hatha Yóga, quando o/a mesmo/a - após longo tempo de práticas - refina potencialmente sua percepção extra-sensorial além dos limites meramente materiais grosseiros, o mesmo consegue “perceber” que ele não está separado da visão ou da experiência exterior, que ele faz parte de tudo, que ele é parte de tudo. Que não há uma individualidade e sim só a unidade, ainda que para muitos, seja difícil compreender e até mesmo aceitar tal realidade.


A experiência da consciência e o praticante


Na medida em que o/a praticante avança no refinamento das práticas, ele/a também avança no refinamento da sua experiência interior e exterior e no aprofundamento da sua tomada de consciência. E assim ele/a irá compreender e aceitar que não está separado de nada, que tudo o que é visto é uma única e indivisível realidade. Aqui, não se trata de repetir um paradoxo, mas sim de reforçar um conceito concreto da realidade. Até porque é muito difícil dialogar com a sociedade atual a este respeito. Há uma ignorância estranha e generalizada a respeito de tudo o que envolve os muitos planos e dimensões deste universo local. Ocorre até mesmo uma certa negação de tais realidades. Porém a negação não significa que elas não existam, mas somente que o desconhecimento de causa leva à ilusão da materialidade e da dualidade.


O interessante a este respeito é que quando o/a praticante vai se aprofundando nas práticas, passo-a-passo, também vai sentindo, percebendo, vivenciando que existem outras dimensões mais sutis e que essas, por sua vez, produzem um acesso da restrita consciência individual à consciência estrutural e ilimitada. Esclarecendo, a consciência individual é a consciência limítrofe de uma pessoa. Ao passo que a consciência estrutural e a consciência absoluta formada pelas miríades de partículas de luz que formam o universo.

Sendo assim, se tudo e todos estão imersos neste oceano cósmico de partículas, não há como ou porque pensar ou acreditar-se que exista uma “individualidade”. Pois que na realidade o que existe - neste tipo de caso - é uma “limitação” de conhecimento e de consciência. E um dos caminhos para se romper esta barreira crítica é a prática do Hatha Yóga. Muito embora não o único. Porém, no caso de se querer buscar a realidade da consciência, antes de tudo é necessário tomar a atitude de praticar.

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