parte V


No capítulo IV abordamos as formas de diagnósticos da Medicina Ayurvédica, “parte” das energias sutis Ojas, Prana e Tejas, os sete Dhatus ou elementos básicos constitutivos do corpo material humano - pois há outros, além deste - e o funcionamento dessas estruturas. Por outro lado, é importante esclarecer que, a partir deste capítulo, estamos adotando o título “A Ciência Ayurvédica” em lugar de “Medicina Ayurvédica”. Tal fato se dá, em função da forma como estamos produzindo a pesquisa do tema. Com uma abordagem ampla, e inclusive histórica, cultural e social do tema.

Desenvolvimento - Revendo o Ayurvéda e conhecendo as qualidades sutis da natureza, Tattva, Rasa e Bhava

Por se tratar de uma ciência muito antiga, basicamente milenar, a abordagem da Ciência Ayurvédica, trata sobre a correta manutenção da saúde, aborda diferentes processos de cura, aborda os princípios propedêuticos - preventivos - e os princípios terapêuticos - curativos - aborda diferentes dietas e a composição orgânica e saudável dos alimentos.

Todavia, vai muito mais além tratando sobre questões profundas, como o fato de que cada pessoa processa suas experiências de acordo com o que sente, como sente, o que pensa, como pensa, o que vê, como vê, o que ouve, como ouve, o que come e como come, o que bebe e como bebe.

Por outro lado, trata também sobre as energias dos ambientes, as Egregoras - saudáveis - e os Miasmas - nocivos - e como tais energias podem influir diretamente sobre a saúde e o bem estar das pessoas, ou lhes causar doenças psicossomáticas. E como a formação deste complexo ambiente de partículas em movimento, podem transformar de uma forma ou de outra a vida e a saúde de cada ser.

A Ciência Ayurvédica indica caminhos e tratamentos, para se manter não só o equilíbrio eletro somatológico - emocional, nervoso e psicológico - que se refletem diretamente no equilíbrio eletro biológico, contudo vai um pouco mais além, aborda o equilíbrio sutil interior e os seus diversos desdobramentos na natureza, personalidade e comportamento.

Desta forma, demonstra que todos esses complexos elementos, via de regra se refletem de forma direta no Sistema Imunológico, no sistema Glandular Hormonal e no funcionamento dos mesmos.

As qualidades sutis da natureza, Tattva, Rasa e Bhava

Outro ponto fundamental especificado nos textos clássicos sobre a Ciência Ayurvédica, são as três qualidades, categorias ou classes de energias sutis, existentes na natureza porém que interagem e interferem em cada experiência existencial, quais sejam:
a) Tattva, a qualidade ou o aspecto de uma determinada experiência.
b) Rasa, a qualidade ou o sabor de uma determinada experiência,
c) Bhava, a qualidade ou o grau de predisposição ou sentimento de uma determinada experiência.

Pois cada ser, interage e processa todas estas formas de energias ou diferentes partículas quânticas de luz, de uma forma ou de outra em todo o decorrer de sua linha ou arco de existência, sob o processo de causa e efeito em cada etapa das suas vidas.

Ampliando um pouco mais esta visão sobre estas estruturas, a Ciência Ayurvédica esclarece que:
a) Tattva, envolve as qualidades sutis ou aspectos das vivências comportamentais,
b) Rasa, envolve as qualidades sutis dos sabores e suas experiências comportamentais,
c) Bhava, envolve as qualidades sutis das experiências sensoriais.
As qualidades podem ser descritas como inerentes à própria natureza, na forma de partículas quânticas de luz, todavia também oriundas de processos advindos dos cinco sentidos e dos sentidos ainda desconhecidos no Ocidente. E, que produzem profundas experiências ou vivências comportamentais, das mais diferentes naturezas e sob todos os aspectos e sentidos, tanto em relação ao mundo interior, quanto em relação ao mundo exterior, numa visão epigenética.

a) Tattva pode gerar percepções diferenciadas que, tanto trazem lembranças ou memórias construtivas, quanto lembranças ou memórias destrutivas, seja no âmbito cerebral e seu campo psíquico, com desdobramentos eletro somatológicos nas estruturas nervosa, emocional e psicológica, quando trata-se de dos seres humanos e dos chamados animais, que também são espécies de seres humanos em virtude das suas características intrínsecas.

b) Rasa pode gerar percepções de sabores que, da mesma forma que os sentimentos deixam marcas indeléveis nos seres em geral e até mesmo no âmbito da natureza. Por exemplo, no caso dos sabores que se estendem além do espaço, por longas distâncias.

Rasa tem alguns aspectos importantes e está subdividido em seis categorias ou tipos, sendo:
1) Doce, mas não o doce material ou do açúcar venenoso e sim, o doce da natureza, o doce das flores;
2) Azedo, mas não o azedo da falta de humor ou o azedo da falta de amor, mas no extremo, o azedo de vários tipos de alimentos;
3) Amargo, mas não o amargo  de sentimentos doentios e desnecessários, mas sim o da manga ou do caqui verde;
4) Salgado, natural de certos alimentos, mas aqui se inclui o salgado da natureza, como as águas do mar ou às vezes, o próprio salgado da vida.
5) Ardente, de alguns alimentos naturais como a pimenta e o alho, mas aqui se inclui o ardente de alguns sentimentos muito fortes,
6) Adstringente, natural de certos alimentos, como frutas verdes, mas aqui se inclui aqueles sentimentos que fazem a vida se modificar, tomando outros rumos.

c) Bhava pode gerar experiências sensoriais que podem ser descritas, como oriundas de nenhuma das outras duas estruturas descritas. Também é uma experiência sutil, porém bem mais profunda e duradoura sob todos os aspectos e sentidos. E como as outras duas anteriores, pode ser da mais alta ou da mais baixa qualidade ou até vibração. Como exemplo esclarecedor, nos extremos, temos o amor e o ódio. O primeiro, quando verdadeiro, da mais alta qualidade. E o segundo, quando real, da mais baixa qualidade.

Pré conclusão

Lembremos que para a Ciência Ayurvédica, todas estas qualidades ou princípios, são aplicáveis à natureza, à vida, às pessoas e aos alimentos de uma forma bem direta e objetiva. E que o fundamental, é observemos tanto na vida, quanto no dia-a-dia, ou até nos alimentos que ingerimos, que tais qualidades ou princípios fazem toda a diferença. Seja para os nossos sentimentos, para os nossos pensamentos e comportamentos, para o nosso cérebro ou coração, para a saúde somatológica como um todo. Inclua-se aí, nossas visões internas e externas e o conjunto da nossa existência. E que a palavra chave para compreendermos a fundo tais qualidades ou princípios é consciência profunda, inclusive consciência espiritual!

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