A Ciência Ayurvédica XV



Introdução

No capítulo precedente, seguimos aprofundando a Etiologia, a Semiologia e a Epistemologia da Ciência Ayurvédica e sua congênere, a Medicina Ayurvédica.

Temos abordado a fundo, os mais amplos aspectos da mesma e detalhado não só suas estruturas e constructos, mas até mesmo, parte dos seus procedimentos. O que continuaremos fazendo, ao longo de cada capítulo. Todavia, também é muito importante relatarmos os muitos benefícios, tanto propedêuticos quanto terapêuticos advindos do uso dos conhecimentos e orientações da Ciência Ayurvédica. Uma das muitas abordagens da mesma, tem a ver com alimentação consciente e seus efeitos sobre o dia-a-dia e a vida das pessoas e do conjunto da sociedade. E o que tal fato representa em termos de vida no contexto social.

Alimentação consciente, sinônimo de vida mais saudável

Desenvolvimento

O que você faria para ter uma vida muito mais saudável?

O que você mudaria no seu comportamento e nos seus hábitos/vícios atuais, para melhorar sua vida e sua saúde?

Estas são perguntas concretas, mas que as pessoas evitam fazer no dia-a-dia, pois a toda uma série de comodidades em termos não só de alimentação - tipo gordurosas ou fast food - mas de costumes/vícios que geram sedentarismos e dos quais, as pessoas não conseguem se libertar. Pois estão tão condicionadas a comer - com facilidade - alimentos industrializados, alimentos tóxicos e afins, seja em restaurantes rápidos, seja em lanchonetes duvidosas, seja em bares nem sempre tão asseados, ou mesmo em comedorias, que servem alimentos pesados, produzidos em grandes proporções.

Do ponto de vista do sedentarismo e da acomodação pesada, há o fato de inúmeras pessoas ir à banca de jornal, à padaria, à feira, ao supermercado, ou a uma loja ou livraria próxima da sua casa, dentro de um carro que lhe dá a falsa sensação de bem-estar. Ou a falsa sensação de “segurança”. Quando o ideal, é a pessoa caminhar até estes locais e queimar calorias, perder excessos de pesos, enriquecer seus movimentos e sua coordenação fina, psicomotora, neuromotora, locomotora e motora. Sem contar o fato, que também ou por comodidade ou pela própria distância, as pessoas que possuem veículos, irem todos os dias trabalhar de carro. Quando poderiam, pelo menos um dia da semana irem com transporte coletivo ou mesmo em uma partilha planejada.

E embora estes sejam fatos e situações notórias que fazem parte do cotidiano de milhões de pessoas, não é um assunto agradável, palatável ou para ser conversados nas rodas dos bares, onde as pessoas estão ali para engolir suas garrafadas de álcool a base de milho transgênico e cancerígeno. Este é um assunto para ser relegado ao silêncio, muito embora a obesidade e a obesidade mórbida aumentem suas assustadoras dezenas de quilos a cada dia. A ponto de não ser mais possível, sentarmos ao lado de uma pessoa obesa, pois a mesma não cabe nos assentos de nenhum tipo de coletivo. E não podemos ser hipócritas de não abordarmos tão grave situação. Já que a obesidade coletiva, aumenta as doenças como a diabetes, os cânceres, os tumores malignos, as embolias pulmonares, os enfartes do miocárdio, os avc’s e os derrames cerebrais. Ceifando vidas preciosas ou deixando milhares de pessoas inválidas e aposentadas por invalidez.

Isto tudo, tanto sobrecarrega a capacidade de atendimento dos hospitais públicos, quanto onera os cofres públicos, que já não conseguem mais suportar os custos milionários de tantos atendimentos por doenças alimentares e advindas do sedentarismo geral. Mesmo se considerarmos, que os governos, em suas diferentes esferas, nada façam para mudar isto, sejam campanhas públicas de orientação  - de longo alcance e de longa duração - seja propondo campanhas de educação alimentar no âmbito das escolas e universidades, seja propondo leis duras e severas contra a propaganda enganosa sobre o álcool, os refrigerantes, e sobre os alimentos compostos com produtos químicos pesados e tóxicos. Seja usando a lei para regulamentar o altíssimo teor de açúcar nos refrigerantes venenosos, seja coibindo duramente as propagandas sobre os “benefícios” do álcool que destroem tantas vidas e tantas famílias.

Disposição, vitalidade, alto rendimento nos estudos, no sexo, no trabalho

O que a Ciência Ayurvédica tem a ver com tudo isto?

O que a Ciência Ayurvédica pode fazer para proporcionar tudo isto?

O que preconiza a Ciência Ayurvédica na busca das mudanças necessárias?

Um dos pontos principais da abordagem da Ciência Ayurvédica, é a alimentação saudável, rica em fibras, rica em alimentos integrais, rica em alimentos orgânicos, rica em alimentos veganos. E não se deixe iludir pelas “matérias científicas” enganosas - produzidas por encomenda, pelas grandes corporações tóxicas - que afirmam que os alimentos orgânicos e veganos são saudáveis, porém mais caros. Na atualidade, isto é uma grande mentira, uma grande falácia para tentar manter a sociedade, escrava de alimentos industrializados e tóxicos, que causam doenças graves e obesidade mórbida.

A Ciência Ayurvédica, propõe não só uma alimentação saudável, mas também leve e frugal, onde se alimenta com qualidade e não com quantidade. Onde as frutas orgânicas, os legumes orgânicos, as leguminosas orgânicas, as folhagens orgânicas em geral, as sementes, os grãos, as oleaginosas e os integrais, devem dar um grande colorido sobre a mesa. Pois estes são alimentos que geram uma super saúde em quem os utiliza, que ajudam a combater e a eliminar diabetes, que ajudam a combater pressão arterial elevada, que ajudam a manter o peso de uma pessoa em seu nível adequado.

Atualmente, no Ocidente, já há estudos e pesquisas sobre a Ciência Ayurvédica e seus procedimentos e orientações, mostrando os sólidos benefícios que estão contidos nos seus ensinamentos e nos seus muitos procedimentos científicos e empíricos. Seja do ponto de vista dos tratamentos propedêuticos, seja do ponto de vista dos tratamentos terapêuticos, seja sobre a alimentação, sobre o bem-estar, a qualidade de vida e também sobre o sono adequado para as pessoas.
Um dos pontos fundamentais que apregoa a Ciência Ayurvédica sobre a alimentação saudável, e sobre a variedade da mesma, que não se deve comer constantemente o mesmo tipo de comidas ou alimentos, que não se deve constantemente ingerir os mesmos tipos de líquidos, que deve - na medida do possível - haver uma variedade constante nos pratos de cada dia e nos sucos de cada dia, sem deixar de lado a ingestão da água pura, necessária e fundamental para o bom funcionamento dos sistemas hepático, renal e supra renal.

Pois a água funciona como catalizadora de todo o processo circulatório, evitando - por exemplo - a formação de pedras lácticas - advindas dos laticínios, como leites, queijos e requeijões industriais, carnes ácidas e gordurosas e refrigerantes, entre outros - nos rins e na vesícula biliar. Pedras que geram dores horríveis, doenças e até morte, dependendo do tamanho das mesmas. Uma boa opção nestes casos, são os produtos veganos e orgânicos, os sucos naturais e a água na medida certa diária.

A Gastronomia e a Nutrição Ayurvédica é muito rica e variada, e tem como base o vegetarianismo e o veganismo. E lança mãos de uma grande quantidade de alimentos naturais - repetimos - como frutas orgânicas, legumes e leguminosas orgânicos, cereais matinais integrais, pães integrais, massas integrais, os mais diferentes tipos de arroz integral, feijão, lentilhas, grão de bico, ervilha, um grande número de sementes, aveia integral, entre outros inúmeros alimentos orgânicos altamente saudáveis e disponíveis por preço justo no mercado.

Mas fica uma questão delicada no ar...

- Será que as pessoas estão dispostas a mudar para melhor? Será que as pessoas querem comer alimentos saudáveis?
- Será que as pessoas vão conseguir se libertar dos vícios alimentares e dos vícios dos refrigerantes cancerígenos - por altíssimo teor de açúcar; ou do álcool, que também gera diferentes tipos de câncer, muito embora haja um silêncio “conivente” a este respeito, nos meios de comunicação?
- Sem esquecermos o tabaco, que da mesma forma que o álcool e os refrigerantes são drogas. Junto com aquelas “outras” drogas, inclusive a líquida.
- Será que o imenso benefício advindo das propostas alimentares e de qualidade de vida, da Ciência Ayurvédica, não são capazes de convencer as pessoas?
- Será que os gastos com médicos, exames, remédios, tratamentos constates, não servem como um alerta vermelho, que tudo isto pode ser mudado, para melhor, com menos sofrimentos, com menos custos, com mais economia, com mais saúde, com mais alegria, com mais felicidade?
- O que será que está errado em todos estes comportamentos estranhos? Será que a sociedade no seu âmago, tornou-se fraca ou frágil?

Outros Estudos e Pesquisas - também no Ocidente - sobre as propostas da Ciência Ayurvédica, sobre o sono - Nidra - mostram o quanto é necessário, que as pessoas tenham uma noite de repouso adequada, com no mínimo oito horas de sono bem dormido, a cada noite. Com uma respiração tranquila, serena e profunda, somente pelas narinas. Em um ambiente - se possível - silencioso e arejado. Em uma cama e colchão confortáveis e anatômicos. Cujas roupas de dormir e cobertas, devam ser adequadas à cada estação.

Uma nova realidade

Na realidade, todo o exposto acima, apregoado pela Ciência Ayurvédica, nada mais é que uma vida - que deveria ser - normal, natural, equilibrada, balanceada em todos os sentidos e aspectos. Uma vida - que deveria ser - mais tranquila, mais voltada para o silêncio interior e exterior, mais voltada para a natureza, para os sons da natureza, para os encantos da natureza. Mas será que ainda é possível resgatar-se tudo isto??? Será que mesmo com um grande esforço coletivo e de cada um, é possível se obter um mínimo de tudo isto?

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