O homem, principalmente o ocidental, preocupa-se em entender sua origem, a natureza e tudo que nela ocorre, ou seja, os fenômenos. Isto é inato, não obstante, elaboram experimentos, modelos, teorias e extraem suas próprias leis.
Todo este processo é determinado por uma metodologia rigorosa que chamamos de ciências. Por levar em consideração um trabalho metódico, os resultados obtidos pela ciência são aceitos como verdadeiros. Por outro lado, podemos observar que esta não é a verdade absoluta, pois está limitada a capacidade de observação da humanidade, ou seja, os cinco sentidos e os equipamentos utilizados para observação, que apesar de serem extremamente sofisticados, não somos capazes de enxergar um átomo, e, por outro lado, não vemos um buraco negro no espaço. Aprofundando um pouco mais, falando de ciências biológicas, a fisiologia descreve o fenômeno de contração muscular, mas não possui conhecimento suficiente para compreender a causa do processo de deslizamento das fibras musculares (actina e miosina) ente si.
Voltando à idéia da verdade relativa e absoluta, podemos analisar o caso da evolução do modelo atômico, partindo da menor partícula (Dalton – 1808), pudim de ameixas (Thomson – 1897), sistema planetário (Rutherford – 1911), órbitas estacionárias (Bohr – 1913) e finalmente o modelo quântico (aprimoramento do modelo de Bhor delineado por diversos pesquisadores). Podemos observar que na busca da verdade é possível chegar às conclusões mais exóticas possíveis.
Como a ciência é desenvolvida pelo homem, e o homem é um ser social, passa por diversas influências sociais, filosóficas, políticas, econômicas, etc, interferindo na evolução social e tecnológica da humanidade. Vale lembrar o exemplo histórico de Galileu e a influência da igreja em suas descobertas. A igreja aceitava e imputava na sociedade a idéia de que a Terra era o centro do Universo (sistema geocêntrico de Aristóteles), e havia uma abóbada celeste onde as estrelas eram fixas no firmamento. Baseado em observações, utilizando uma simples luneta, Galileu verificou que a terra não era o centro do Universo e sim o Sol centro do sistema solar (sistema heliocêntrico) e as estrelas não eram fixas em uma abobada. Galileu com seus diversos métodos foi o precursor da ciência como é conhecida e hoje quase foi condenado à morte pela Igreja por esse motivo. Daí temos uma idéia da influência no atraso da evolução da humanidade.
Verifica-se também que tanto a sociedade interfere na ciência como a ciência interfere na sociedade causando por outro lado uma evolução mutua.
A evolução científica pressupõe diversos paradigmas. Até o século XVII existiam as ciências naturais onde a maior parte dos cientistas eram matemáticos e filósofos. Neste sentido a ciência era e tinha uma visão integrada da natureza. Nesse mesmo século, com Descartes e Newton, iniciou-se o paradigma da fragmentação (mecanicismo). Newton acreditava que o todo era formado das partes. Idealizando-se uma máquina, se uma parte possuir um defeito, consertando-se a parte conserta-se o todo. Esta visão extremamente simplista fragmentou as ciências naturais em matemática, física, química, biologia, etc, possibilitou uma revolução social e tecnológica que perdura até os dias de hoje.
Do ponto de vista de ciência, o paradigma determinístico começou a ser quebrado já no início do século XX com a tentativa de se explicar alguns fenômenos físicos relacionados com as partículas elementares e a alta velocidade que a Física Clássica Mecânica,  Eletromagnetismo, Termodinâmica) não conseguiam explicar. Daí lançou-se mão de novas idéias, nascendo a Física Moderna (Física Quântica e Relatividade) para explicar tais fenômenos. Paralelamente, via Biologia iniciou-se a idéia da teoria geral do sistema, muito bem incorporada pela Física Quântica e pela Relatividade. Neste sentido iniciou-se, ainda que de maneira lenta a integração entre as ciências e o paradigma sistêmico.
Mas o que vem a ser este paradigma?
Nosso tema é a cura, o que a ciência tem a haver com a cura?
Respondendo a segunda questão, a medicina convencional (ocidental), que é, a despeito de quaisquer observações, uma tecnologia, ou seja, uma aplicação da ciência chamada de Biologia (estudo da vida). Sabemos também que apesar do princípio da teoria geral do sistema a Biologia evoluiu vertiginosamente baseada no paradigma determinístico, o que, conseqüentemente, leva a medicina para o mesmo paradigma. Neste sentido, até a parte da medicina que lida com ciência, onde há pesquisadores médicos, há a ultra especialização. O grau de especialização chegou a tal ponto que temos especialistas dos primeiros segundos do nascimento o que nos induz a inferir que futuramente teremos especialista por órgãos. Isto não é crítica, apenas uma constatação do paradigma mecanicista. Será que determinado órgão não influencia em todo o sistema orgânico?!
Independentemente de ser a forma certa ou errada de se observar à natureza, a medicina que é praticada na atualidade, no ocidente (medicina convencional), é apoiada em fundamentos científicos aceitos pela sociedade médica e também pela população.
As práticas de cura muito comum no oriente (considerada alternativa aqui no ocidente) na maior parte das vezes não é aceita pela sociedade médica. O que podemos observar é que baseada em uma sabedoria milenar a interpretação desta medicina está de acordo com o paradigma sistêmico. Bom, esta cultura vem de milênios antes de cristo, a medicina ocidental é muito nova, com certeza tem muito a aprender e ainda deve se integrar à nova filosofia. Por outro lado, por ser uma cultura diferente da nossa, a filosofia oriental despreza certos detalhes que para o ocidente é de suma importância.
Voltando a primeira questão, a física, de maneira geral se ajusta perfeitamente à filosofia oriental principalmente no que se refere à física quântica, já havendo diversos estudos utilizando esta teoria tentando explicar os diversos fenômenos de cura.
Fazendo-se uma passagem histórica bem sucinta, verificamos que a física evoluiu em três grandes paradigmas: Força, Energia e Informação.
A Força, ainda na física clássica relaciona as interações básicas da natureza que são as fracas, gravitacional, eletromagnética e forte partindo-se respectivamente da de menor para a de maior intensidade. Sem muitos detalhes estas são responsáveis: pela formação do universo, sistema solar, terra, célula, ser vivo e ser humano.
A energia tem origem na termodinâmica, máquinas térmicas (motor a combustão, refrigeração, etc). Todo fenômeno que ocorre na natureza baseia-se em trocas de energia, a célula é uma máquina térmica, e a energia se manifesta de diversas formas, mecânica, química, elétrica, nuclear, etc... Energia é matéria e a matéria é energia (E=mc2). A energia está no ser, além disso, analisando profundamente, é impossível definir-se a energia, mas a ciência aceita, sendo um dos conceitos mais fortes da Física!
Por último, o mais atual, não menos importante é a informação. Se olharmos para um ser, vemos o seu código genético, a influência do meio, etc, que são informações transmitidas via onda eletromagnética, a luz, que é uma forma de transmissão de energia que sofre interação (força) com aquele ser, impressiona (força) a nossa retina, provocando uma reação química (fotorecepção, fenômeno quântico que interpreta a luz como partícula provocando uma quebra molecular) convertendo a informação eletromagnética energia luminosa em energia química e posteriormente em energia elétrica na transmissão do sinal elétrico para...
Observa-se que os três grandes paradigmas da física “agem” simultaneamente em um fenômeno complexo chamado visão.
Por outro lado, percebe-se a dificuldade dos terapeutas na compreensão dos fenômenos que ocorre no tratamento por ele ministrado. Os médicos que praticam medicina convencional também não compreendem o ser físico e, às vezes, nem o biológico.
Algumas pesquisas em medicina são baseadas em estudo de caso e são perfeitamente reconhecidos como ciência.
Vamos aos impasses:
·A medicina não aceita as terapias alternativas por falta de fundamentação teórica;
·Em muitos casos a própria medicina se desenvolve através de estudo de casos;
·Os terapeutas alternativos não possuem, na grande maioria das vezes, credenciamento para desenvolver o seu trabalho;
·Por outro lado, as terapias alternativas se baseiam em paradigmas científicos já consolidados;
·Outro problema é a formação de acordo com as exigências políticas atuais.
De acordo com o descrito, percebe-se que as terapias consideradas alternativas possuem fundamentos suficientes para se apoiarem na ciência atual e no paradigma sistêmico onde a física quântica e a relatividade já se apóiam. Na pior das hipóteses, o estudo de caso é um meio para isto.Basta que o terapeuta alternativo possua interessem em se aprofundar nos estudos para que possa fundamentar seu trabalho.
Finalmente, a sociedade médica atual não tem o menor interesse que se pratique ciência nas terapias alternativa, mas a mesma não pode impedir que qualquer trabalho sério fundamente esta prática.

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