O Jornal Excelsior, sucessor do Jornal O Legado
traz com exclusividade, entrevista com Walter Peceniski
“O anjo que localiza pessoas”
Jornal O Legado – Conte-nos um pouco quem é Walter Peceniski.
Walter Peceniski – Sou uma pessoa com muita vontade de ajudar o próximo, a minha vida toda me doei de alguma forma, hoje vivo 24 horas por dia reencontrando pessoas que se perderam por algum motivo.
Jornal O Legado – Você tem uma história marcante com sua filha Liat Peceniski, fale-nos um pouco sobre ela.
Walter Peceniski – O meu primeiro casamento foi com uma israelense, com a qual tentei morar aqui no Brasil, porém moramos apenas por cinco meses, e neste período ela engravidou e falou que nosso bebê teria que nascer em Israel. E foi exatamente o que aconteceu. Quando a minha filha tinha quatro meses, a Ruth (minha primeira esposa e mãe da minha filha Liat) resolveu pedir a separação, e eu, sem estrutura física, psicológica e financeira, resolvi voltar para o Brasil, e com isso ficamos 18 anos separados.
Jornal O Legado – A partir da sua própria história, você definiu o objetivo de ajudar pessoas a se encontrarem, foi daí que nasceu a GoodAngels?
Walter Peceniski – Sim. Quando minha filha Liat estava prestes a ingressar no Exército Israelense, ela procurou uma rádio em Israel que conseguiu me localizar aqui no Brasil. Começamos a nos falar por telefone, e-mails, até ela dizer que viria para o Brasil me conhecer. Nesta época, eu fazia parte da Vara da Infância e Juventude, e tinha muito contato com pessoas da imprensa, e eu falava para todos que minha filha iria chegar. E no dia da chegada da Liat, tinha cinco equipes de televisão que noticiaram o nosso reencontro. Foi em uma destas entrevistas que eu disse: “Entendi o que Deus quer de mim nesta terra. A partir de hoje, vou ajudar a todos que sofrem da dor da saudade, pois descobri a cura: “O REENCONTRO!”
Jornal O Legado – Hoje você conseguiu levar esse seu serviço de busca por pessoas para o rádio e tv. Fale-nos um pouco disso.
Walter Peceniski – Era um hobby, para mim, localizar pessoas, eu tinha o meu trabalho e quando chegava em casa à noite, eu e minha esposa “Gi” começávamos as nossas procuras, era muito prazeroso fazer isso. Até que um dia apareceu um caso no qual eu queria fazer mais para uma mãe do que “só” fazer o reencontro dela com a filha, há 38 anos desaparecida. Então comecei a oferecer o caso para todas as emissoras de televisão. E foi a Rede TV, no programa da Luciana Gimenes, o SUPERPOP, que me apoiou na ajuda daquela família. Depois desta aparição no programa fui contatado pela produção do Programa Domingo Legal, que na época era apresentado pelo Gugu Liberato, e começamos a fazer reencontros. Como eu não tinha experiência, chamaram o radialista Paulo Barboza para apresentar comigo o quadro Reencontro. E com isso comecei a fazer reencontros no rádio e na televisão. Hoje participo de um programa diário das 20 às 21 horas com reencontro diário na rádio Band FM 96.1 para toda a rede nacional.
Jornal O Legado – Você se sente um homem realizado por ajudar essas pessoas? O que representa essa realização?
Walter Peceniski – Me sinto muito realizado com este meu trabalho, que hoje virou missão na minha vida.
Jornal O Legado – Neste mundo informatizado que vivemos hoje, você criou o site www.goodangels.org para integrar as pessoas com você, facilitando o cadastramento de desaparecidos. Atualmente, mesmo com toda a dinâmica existente dos veículos de comunicação e pela própria Internet, você ainda recebe muitos cadastros pedindo sua ajuda?
Walter Peceniski – Sim, recebo, isso é uma constância. Para seus leitores terem uma ideia, o site Goodangels possui mais de 2.500.000 casos registrados e também é acessado por internautas de outros países. A média de visitas no site é de 150.000 visitas ao mês.
Jornal O Legado – Em cima desses números, você tem ideia de quantos reencontros já realizou?
Walter Peceniski – Já foram resolvidos mais de 20 mil casos, muitos ganhando ênfase pelo tempo de procura entre seus familiares, alguns com 15, 18, 25, 32 e 40 anos.
Jornal O Legado – Em todos os casos que você encontra as pessoas, elas aceitam ser reencontradas pelas pessoas que te pediram?
Walter Peceniski – Não. Esse número de casos resolvidos não é mais expressivo em respeito à vontade dos envolvidos. Várias pessoas são encontradas, mas não desejam rever quem registrou o caso. Nessa situação, é informado todos os dados da pessoa que pretende o reencontro à aquela que manifestou a vontade de não realizá-lo, e se decidir reconsiderar, que ela tenha os meios para fazer esse contato.
Jornal O Legado – Quantos anos de separação foi o caso de maior tempo que você já achou?
Walter Peceniski – Nosso recorde foi um caso entre irmãos que perdurou por 78 anos de saudades.
Jornal O Legado – Você quer deixar algum recado para as pessoas que ainda não foram atendidas?
Walter Peceniski – Sim, eu sempre digo que enquanto houver 1% de chance, eu tenho 99% de fé para chegar em algum final.
www.goodangels.org
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