Gostaria de iniciar com uma pergunta a você, caro leitor! Você já reparou que seu comportamento muda quando você está em casa, no trabalho, com os amigos ou andando na rua entre desconhecidos? A que se deve esta mudança?

Podemos dizer que estas mudanças ocorrem porque cada um destes ambientes desperta diferentes facetas da nossa personalidade. Aliás, a palavra personalidade vem do grego “persona”, a máscara que era utilizada no teatro da época. Isto significa que temos uma série de “personas”, que utilizamos conforme a nossa necessidade.

Até aí, tudo certo. Inclusive porque todos vão achar um pouco estranho se você agir com seus colegas de trabalho da mesma maneira que age com seu filho de três anos, não é mesmo?

Mas é bom lembrar que, apesar de nossa personalidade ter facetas diferentes que usamos nas diversas situações, também somos seres com quatro esferas básicas de atuação: física, emocional, mental e espiritual.

Atuamos na esfera física com tudo o que tem a ver com os nossos cinco sentidos e o nosso corpo físico. Nossa aparência, gestos, tom de voz, maneira de se vestir, dinheiro, tudo aquilo que vemos, tocamos, ouvimos, etc...

Na esfera emocional atuamos em tudo o que tem a ver com emoções e sentimentos. O que sentimos pelas pessoas e pelas situações, o impacto emocional que causamos nos outros com nossas ações, nosso estado de humor e todas as conseqüências disto.

Quando tratamos da esfera mental, tratamos de idéias, planejamento, encontrar soluções para problemas e criar coisas novas. Para isto estudamos, nos especializamos neste ou naquele assunto, acumulamos conhecimento e passamos a contribuir com o nosso raciocínio para obter um determinado resultado.

A esfera espiritual muitas vezes é entendida como religião. Religião pode ser um dos pontos-de-vista da espiritualidade, mas não é tudo. Agimos espiritualmente toda vez que nos esforçamos para ver o todo onde uma ação nossa está inserida, quando tentamos ser pessoas melhores, quando nos aquietamos para ouvir o que o nosso coração está falando e seguimos este coração.

Quando pensamos em nossa vida pessoal, fica muito fácil perceber estas quatro esferas de atuação: estamos presentes fisicamente e interagimos com os outros para viver; amamos, detestamos ou somos indiferentes a determinadas pessoas, coisas ou tarefas. Temos idéias e aprendemos o tempo todo. E sempre estamos nos questionando sobre ser alguém melhor, ou pelo menos deveríamos fazer isto.

Porém, quando o assunto é vida profissional, muitas vezes as pessoas acham que devem viver apenas duas destas esferas: física e mental. Muita gente ainda tem a ilusão de que é possível ignorar os próprios sentimentos e os sentimentos dos outros no trabalho. E a espiritualidade, então? Muitos pensam que trabalho não é lugar para isto, é lugar apenas de produzir...#P#

Gostaria de dizer, caro leitor, que quem pensa deste jeito está vivendo na realidade de uns 30 anos atrás...

Hoje em dia o mundo muda mais rápido do que qualquer um consegue acompanhar. Alguém sabe o que aconteceu com as datilógrafas? E com as telefonistas? Profissões ficam caducas e desaparecem com a mesma velocidade do surgimento de novas tecnologias. Estima-se que em 2010 a duração média de uma profissão seja 15 anos. Duração da profissão, não do emprego (que nem vai existir mais)! Isto quer dizer que uma pessoa estuda oito anos de ensino fundamental, três anos de colégio e cinco de faculdade, 16 anos ao todo, e estes 16 anos irão servir para no máximo mais 15 anos. Portanto, apesar do conhecimento ser muito importante, mais importante que isto é saber se atualizar e ser flexível para conviver com as mudanças.

E isto está na esfera emocional! As empresas hoje em dia valorizam comportamento (conseqüência direta das emoções) tanto quanto conhecimento. Quem for um gênio em sua área, mas não souber se relacionar bem com as pessoas estará fora do mercado.

E a esfera espiritual? Aqui, não se trata de fazer rituais ou tentar catequizar os clientes ou colegas de trabalho. Se trata de saber para onde você está indo. Será que o seu trabalho é compatível com o seu caminho pessoal, com a sua missão de vida? Que tipo de conseqüências o seu trabalho traz para o mundo? Quando conseguimos unir trabalho e missão de vida, temos tudo para nos tornarmos excelentes profissionais e pessoas realizadas...

Portanto, não se trata de misturar vida profissional e vida pessoal. Se trata de viver ambas em sua totalidade. Porque, só se você for uma pessoa completa conseguirá ser um profissional completo! Porque só com competência - a união de nossas habilidades (muitas vezes físicas mesmo), atitudes (derivadas de nossas emoções), conhecimentos e visão do todo - é possível sobreviver no mercado e ter uma boa vida profissional!

© É proibida a reprodução, cópia, republicação, redistribuição e armazenamento por qualquer meio, total ou parcial © Copyright 1992 a 2024
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
As informações relacionadas à saúde, contidas em nossos sites, tem caráter informativo, cultural e educacional. O seu conteúdo não deverá ser utilizado para autodiagnóstico, autotratamento e automedicação. Nossos conteúdos são formados por autores independentes e assessorias de imprensa, responsáveis pela origem, qualidade e comprometimento com a verdade da informação. Consulte sempre um profissional de saúde para seus diagnósticos e tratamentos ou consulte um profissional técnico antes de comprar qualquer produto para sua empresa.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
As informações publicadas, nos sites/portais, são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da
 IAOL - Integração Ativa On-Line Editora Ltda. WhatsApp (11) 98578-3166