Estaremos falando de todos: dos crentes e dos descrentes. São muitos os que dizem alto e bom som que não são esotéricos; que não acreditam nessas coisas de misticismo e espírito, enquanto outros pelo contrário, mergulham fundo em meditação, energias, são supersticiosos etc.

Mas a verdade é que todos sem exceção temos o nosso lado esotérico quer queira quer não.

A dificuldade dos chamados “materialistas” em admitir esse lado está em que vêem a si mesmos como corpo físico apenas, e não como espírito incorporado. Não acreditam no espírito. Mas jogam na loteca esperando que algo lhes favoreça a “sorte”; acreditam em poder curativo ou emagrecedor de dietas, prestam atenção às propostas nutricionistas e ao mesmo tempo aos alarmistas que dizem que isto ou aquilo faz mal... E ai de algum gato preto que lhes atravesse o caminho – não acreditam mas vão evitar passar por baixo da próxima escada que encontrarem no caminho.

Isso não tem nada a ver com religião, qualquer que seja. Mas uma religião pode até estimular, maior ou menor, a supersticiosidade sem que percebamos e muito menos admitamos.

É que os materialistas tendem a acreditar que são os donos do mundo físico e podem fazer dele o que quiserem. Já os que acreditam que existe algo mais além da matéria e que é o que dá vida a esta; estes reconhecem sua insignificância e freqüentemente impotência perante forças invisíveis e “desconhecidas” que na realidade movem o mundo, a matéria e todos os seres vivos, fixos ou animados ou animais.

O segredo da decantada “felicidade” que uns e outros buscam incessantemente está em encontrarem o ponto de equilíbrio entre seu lado esotérico e seu lado material. Nem tanto ao mar nem tanto ao céu. Porque? Porque a felicidade é um estado de espírito e não da matéria ou da abundancia material. Ela é algo muito pessoal e é totalmente esotérica.

Como reagimos diante de uma doença? Menor ou mais grave, ela é sempre motivo de desconforto e de apreensão e afeta nossa maneira de nos relacionarmos no dia-a-dia não só conosco, mas com tudo o mais, os outros, nosso emprego, e nosso futuro... Ué, você acredita no futuro? Mesmo que você acredite que seja você quem irá construí-lo, o futuro só existe para quem mesmo não acreditando, se guia pelas energias que o cercam.

É que cada um de nós é o reflexo dessas energias invisíveis. Você já gostou de alguém “de cara’ sem conhecer nada a respeito dessa pessoa ou sem jamais tê-la visto antes? Ou então se antipatizou de estalo. Você sabe por quê? Se você leu alguns dos meus artigos anteriores, sabe. Mas aquele que nega ter um lado esotérico e que existem coisas muito além da materialidade do corpo humano e da sociedade como uma manifestação humana física, não faz idéia nem admite que haja tais forças e energias.

Elas agem sobre nós sim. Não é um “destino”, pois continuamos a possuir um livre arbítrio para escolher aceitar ou recusar, para ir pela esquerda ao invés de pela direita. Porem, o livre-arbítrio é como a liberdade, existe, mas tem limitações. Não é uma licença 007. Temos que mantê-la dentro de parâmetros para podermos conviver com outros, tanto dentro do lar como na rua ou na empresa. Mesmo aqueles que se julgam donos da verdade ou da “cocada preta” sabem disso.

Quando não há equilíbrio entre o extremismo de suas crenças e descrenças, ou seja, não há equilíbrio espiritual, vive-se na contramão, cheio de azar e dificuldades, contrário dos nossos sonhos e do sucesso, e principalmente da nossa felicidade. E é muito freqüente culparmos “os outros” por isso e não revermos o nosso próprio por que. Mas como os outros poderiam fazer isso? Vivemos descontentes e frustrados, e nossas expectativas parecem resultar continuamente em decepções.

A solução não está no corpo físico, na abundancia material, mas sim na riqueza espiritual que fomenta nossa intelectualidade, balança nossa emocionalidade, e nos impulsiona a conviver, co-existir, buscando harmonia, um contínuo dar e receber, e nossa mente, que é na realidade um reflexo invisível produzida e manifestada pelo nosso cérebro e sentidos, independe de acreditarmos ou não no nosso lado esotérico que ela na realidade é.

O neurologista poderá lhe explicar como o cérebro funciona, a mecânica, mas não conseguirá explicar o que o faz funcionar. Até hoje, os debates sobre o que é a consciência são inconclusos – e a consciência é a força maior do universo, nos três níveis imagináveis: o cósmico ou universal; no coletivo de cada espécie, e no individual em cada ser vivo, inclusive e especialmente o humano.

As plantas pensam, os animais pensam, e os que acreditam que o planeta é um organismo, também as formas que chamamos de “mortas” ou inanimadas. Acreditar nisso é expressar seu lado esotérico. Saber como se constituem e como se relacionam é o lado eXotérico, ou seja, o lado conhecido. Mas enquanto nós não nos dedicarmos a conhecer o nosso próprio lado “oculto”, não conseguiremos aceitar que todos nós temos o nosso lado eSotérico, e será muito difícil encontrarmos a almejada “felicidade”, pois ela depende da nossa capacidade de termos equilíbrio espiritual no nosso lado esotérico.

Medite sobre isso. Sempre que você se sentir impelido a tomar partido de ou por alguma coisa ou grupo, ou idéia, examine as forças que o levam a fazer isso. Passe pelo famoso crivo da serventia. Sempre que você se decidir posicionar contra qualquer coisa. Faça o mesmo. Vai ter que lidar com coisas invisíveis, sua consciência, suas opiniões, suas expectativas, como isso irá afetar a sua vida (não se esqueça dos outros) e por aí adiante. Você vai precisar recorrer do seu lado esotérico para avaliar o conhecimento exotérico de cada um para chegar a uma conclusão e fazer a sua escolha. E lógico, vai precisar obedecer aos limites das suas “liberdades” e seu “livre-arbítrio”. Se não o fizer, provavelmente vai “quebrar a cara” seja materialista, rico ou pobre; seja espiritualista, seja agnóstico ou ateu ou beato.

Divirta-se. A felicidade está dentro de você.

Saiba como procurá-la.

 

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