“Burnout” é uma denominação nova para diversas formas de doenças que desde sempre existiram, como estresse profissional, exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo e do ambiente, depressão e principalmente medo. Esta síndrome é mais freqüente entre empresários, executivos, médicos, enfermeiros, professores e pessoas que lidam diariamente com o grande público.
O termo “burnout” é uma composição de burn=queimar e out=terminar. Podemos comparar a síndrome de burnout com uma vela acesa tendo uma chama forte inicialmente, que vai enfraquecendo lentamente e quando apaga finalmente, deixa um vazio, uma escuridão.
Assim é o burnout – estamos cheios de energia, abusando dela e que acaba se consumindo lentamente até chegar a um estado de vazio total.
A primeira fase do burnout, principalmente de empreendedores, é o desejo de vencer, ter metas definidas, na profissão, nos negócios e na vida particular, principalmente. Estas pessoas fazem de tudo para serem imprescindíveis no seu emprego ou no seu ambiente, procurando melhorar sempre, em detrimento de sua saúde, de sua vida privada e sem que haja fases intermediárias de relaxamento. Estas pessoas nunca têm tempo, planejando já à noite os detalhes para o dia seguinte, levando este “estresse mental” para a cama. Em conseqüência não conseguem mais ter um sono tranqüilo e rítmico, acordando de manhã já cansados – mas o dever chama. Nesta fase a chama da vela ainda queima forte, estamos ainda cheios de energia.
Na segunda fase o desgaste de energia aumenta gradativamente, acarretando ao longo do tempo uma diminuição de suas energias. A chama fica mais fraca com a perda de sentimentos positivos frente aos colegas, aos empregados, aos clientes e ao público em geral. Aparece o sentimento de estar sendo aproveitado, mas, pelo medo de perder o emprego ou a clientela, continuam no mesmo ritmo. A isto aparecem sentimentos conflitantes para com o parceiro ou a família. Impaciência, agressões, desconfiança, intolerância e humor variável são sintomas comuns. Aparecem falhas de memória e concentração e a dificuldade de tomar decisões. Com o tempo estas pessoas criam uma imagem negativa de si mesmos, com sentimentos de culpa, impotência, desânimo, tendo a impressão que os problemas são cada vez maiores, sem solução à vista.
Na terceira fase aparecem problemas e sintomas de doença. O sistema imunológico enfraquece e as pessoas se queixam dos mais variados problemas físicos sem que uma investigação médica possa dar um diagnóstico preciso. O diagnóstico nestes casos é “problemas psicossomáticos”, com a prescrição de uma variedade de medicamentos. Este estado, poderíamos chamar de “enfarto da alma”. Estas pessoas não têm mais fogo, a chama apagou, tudo fica escuro, levando às mais profundas depressões, ou surtos psicóticos e os mais variados problemas de saúde física.
Apesar do acima descrito, todos nós estamos sujeitos à Síndrome do Burnout, e não somente devido à luta pela sobrevivência na conjuntura atual, mundial. Temos medo de perder o emprego, de não podermos nós sustentar e a nossa família, de fracassar nos negócios. As responsabilidades são inúmeras e, quando não conseguimos arcar com os nossos compromissos, entramos em depressão, em pânico. A violência é um sintoma de pânico em muitos casos, porque não somos mais capazes de encontrar uma luz no fim do túnel. E isto é uma síndrome geral e mundial, não somente de nós brasileiros.
Os primeiros sintomas da síndrome de burnout são:
Sono irregular e insônia, levando a um cansaço crônico, com a conseqüente falta de energia e dificuldade de concentração.
É durante o sono, quando não estamos pensando, sentindo e agindo, que o nosso cérebro é capaz de se regenerar. Temos quatro ondas cerebrais, a saber: a onda beta vibra no estado de vigília; a onda alfa vibra em um estado de total relaxamento; a onda theta é responsável pelo sono leve, as fases REM (rapid eye movements) de sonhos e a onda delta pelo sono profundo, as fases não-REM.
É muito importante que estas duas últimas fases se alternam ritmicamente durante o sono, porque nas fases REM, quando sonhamos, o nosso cérebro e nosso sistema nervoso se regenera, enquanto durante as fases do sono profundo o corpo e as suas células se regeneram. Estas duas fases se repetem em ritmos de cinco a sete vezes durante a noite. Todos nós sonhamos, apesar de muitas pessoas não se lembrarem de ter sonhado. Portanto, um sono irregular, sem os necessários ritmos, não regenera nem o cérebro e nem o corpo, levando aos sintomas acima.
Lembrarmos dos sonhos (e não a interpretação dos mesmos), é importante, porque no decorrer do tempo os ritmos se normalizam. Um primeiro tratamento na visão da Medicina Esogética seria a “Terapia dos Sonhos”, pela qual podemos provocar sonhos específicos com pequenas manipulações na pele a noite antes de dormir.
Outro método para regular estes ritmos do sono é a “Terapia de Indução” de ondas cerebrais. Esta terapia é feita com um aparelho concebido primeiramente pela firma Vega e aperfeiçoado por Peter Mandel e Robert Fuess e induz o cérebro a vibrar nos ritmos harmoniosos durante o sono.
Todos os problemas dos ritmos do sono apresentam tensões no plexo solar, o que é um indício que conflitos conscientes e inconscientes são difíceis de serem assimilados. Pelo que parece, todas as formas de doenças, físicas e psíquicas, começam por um plexo solar em permanente tensão.
Para tratarmos da síndrome de burnout devemo-nos preocupar principalmente com a mente do paciente. É muito importante investigar conflitos ou traumas desde a mais tenra infância. Pela visão da Medicina Esogética, traumas e conflitos da infância costumam acompanhar-nos durante a vida toda nas mais variadas situações da vida adulta. E aqui é necessário mencionar o Sistema Límbico, uma unidade funcional do cérebro que organiza as nossas emoções, os nossos sentimentos e é o arquivo das informações das nossas memórias. O sistema límbico está em contato com partes do nosso sistema nervoso neuroendócrino e autônomo.
No nosso caso, o que interessa para o tratamento do burnout, é a Amígdala e o Hipocampo – partes do sistema límbico. A Amígdala é, em curtas palavras, a área de expressão das emoções, como a tristeza e o medo, e também da memória de longo prazo, do comportamento social e sexual e das agressões. O Hipocampo é a conhecida “região da memória” de curto e médio prazo. Ela torna o indivíduo capaz de lembrar, por exemplo, dos acontecimentos de ontem. O sono REM, fase em que acontecem os sonhos, estimula o Hipocampo. Quando a pessoa dorme, surgem fragmentos dessa memória. A memória de trabalho está ligada a esta região, onde também ocorre o aprendizado de novas informações.
Pela Medicina Esogética, temos vários tratamentos para harmonizar e equilibrar o Sistema Límbico através da Cromopuntura (parte principal da Medicina Esogética), da Terapia de Indução e de cristais, especificamente confeccionados para este fim, pela firma Svarovski, na Áustria. Para mencionar somente alguns tratamentos, são eles: A Harmonização Cerebral, o equilíbrio do Cérebro Cognitivo e Emocional, Resolução de Conflitos, a Terapia Pré Natal, e a Terapia Oftalmotropogenética, entre outros.
A Terapia Oftalmotropogenética (TOG), desenvolvida por Peter Mandel, tem por base a Iridologia. Há muito tempo, desde o início do século 20, foi comprovado que a nossa íris reflete todos os órgãos físicos e sistemas corporais, como também o estado mental do indivíduo. O Írisdiagnóstico hoje é largamente difundido, mas o tratamento é feito principalmente pela Homeopatia e outros tratamentos naturais. Peter Mandel, conhecedor da Iridologia, teve a brilhante idéia de transferir o mapa da íris, naturalmente aumentado, para a testa, podendo os vários problemas diagnosticados serem tratados com cromopuntura numa mesma sessão. Este tratamento, comprovado com milhares de casos, está sendo difundido hoje mundialmente.
Voltando ao tema Burnout, numa última etapa, quando o nosso sistema físico e mental está num ponto crucial, aparecem muitos sintomas como, arritmia, taquicardia, tensão cervical, ou da coluna em geral, hepatopatias, gastrite, cefaléias, nevralgias, problemas da pele e outros mais, além de o sistema nervoso em geral. É nestes casos, além dos tratamentos mencionados anteriormente, que a TOG é uma ferramenta poderosa. É claro que um bom diagnóstico pela nossa medicina moderna, não deve ser descartado, principalmente quando se trata de problemas cardíacos. Entretanto, muitas vezes os problemas são tão difusos, sem um diagnóstico preciso, que o veredicto muitas vezes é “problemas psicosomáticos” ou “Distonia Vegetativa”. Nestes casos a TOG, como também os outros tratamentos mencionados acima, são sempre um tratamento suave, não invasivo e sem contra-indicação.
Naturalmente, para começar qualquer tratamento, não somente da síndrome de burnout, é necessário que o terapeuta faça um bom diagnóstico, além de uma anamnese extensa. O grande problema da síndrome de burnout, como também de outras doenças degenerativas, é que é um tratamento longo, porém eficiente. As pessoas neste estado são normalmente as pessoas que não têm tempo a perder e preferem tomar uma gama de medicamentos, que somente mascaram o problema, sem uma cura definitiva. A pessoa com a síndrome de burnout deve estar disposta a fazer uma análise, daquilo que está acontecendo, retroceder ao passado, e mudar de enfoque e atitudes que a provocaram. Nenhum médico, terapeuta ou guru é capaz de curar alguém, se esta pessoa não está disposta a colaborar na sua cura. Nós, terapeutas ou médicos, somos somente uma ferramenta que podemos ajudar durante algum tempo o indivíduo, aconselhando e tratando, porém é a própria pessoa que decide qual rumo tomar daqui para o futuro.
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