Vivemos momentos críticos da vida do planeta, continuamos habitando a Terra como se ela fosse eterna e proprie-dade nossa; nos esquecemos que os reinos animal e vegetal também fazem parte desta casa planetária e que possu-em os mesmos direitos que temos.

Ao olharmos o passado e o estado presente das grandes metrópoles verificamos que a humanidade caminha rapi-damente para um grande abismo, e, indiferentes, estamos acabando com todas as possibilidades de continuidade de vida na Terra. Estamos fomentando todos os tipos de violência, concordando com todas as leis injustas e incoeren-tes criadas por políticos que, em vez de agirem em favor do povo, agem em proveito próprio, de acordo com inte-resses relacionados ao poder. Apesar da natureza já estar dando inúmeros sinais de que algo está mal em seu corpo, a Terra, ainda assim, achamos que o problema é dos outros, e não nosso.

Qual é o sentido de nossas vidas neste planeta?

Do ponto de vista católico, a partir do século V, Santo Agostinho de Hipona introduziu na religião uma ideia muito estranha à Bíblia que é o dogma do “pecado original”, a célebre dentadinha na “maçã celestial”, colocando a huma-nidade em pecado eterno. Desde aquele século até aos nossos dias isto tem sido transmitido de geração em geração, perpetuando uma falsa ideia, ou seja, a de que nascemos em “pecado”, portanto, todos somos culpados, mesmo que não tenhamos feito nada.

Diante dessa tragédia que mais parece uma comédia e dentro deste ponto de vista, a vida vale muito pouco ou qua-se nada. Esta falsa postura amordaça o sagrado e o divino que se encontra em nossos santuários internos, na alma e no espírito, e que nada tem a ver com preceitos, teorias e dogmas religiosos. Infelizmente, não nos importamos em purificar, expandir e libertar a mente e a alma, para termos mais consciência de que a vida é eterna, de que somos criaturas divinas feitas à imagem e semelhança do Criador e que não dependemos de bênçãos ou de decretos religi-osos criados pelos homens, nem muito menos de intermediários, para a comunicação com o Divino que vive dentro de nós.

Uma grande parcela da humanidade está perdida sem saber qual será seu rumo, sem saber como viver corretamente, como ser mais consciente, feliz e como ter paz, ao mesmo tempo em que buscam uma comunicação com o sagrado e o divino.

Vivemos para estudar, garantir uma boa profissão, ganhar dinheiro, constituir família, ter filhos, educá-los para que um dia eles nos dêem netos! Ficamos velhos, morremos, viramos pó, para a grande maioria a vida se resume nisto. Mas se refletirmos sobre a transcendência da vida, vislumbrarmos o universo, esse mar infinito de galáxias, estrelas e planetas, as maravilhas da natureza, seremos tentados a nos questionarmos: qual é o verdadeiro objetivo e qual é o sentido da vida neste planeta?

Precisamos urgentemente rever nossa maneira de viver e de ver a vida, como também, rever os conceitos ilógicos que nos impuseram como verdades únicas. Diante de tanta grandeza na natureza e no universo, podemos facilmente concluir que a vida não é uma grande ilusão e que não nos foi dada para ficarmos confinados a uma única existên-cia, sermos comandados por sistemas antigos, dogmáticos, fanáticos, desatualizados para a nossa época, criados no passado por homens e suas religiões, pois, deste modo, parecemos robôs programados para produzir, consumir, des-truir e morrer.

Nas grandes cidades há energias muito densas criadas pela violência, pelos sofrimentos, pela miséria, pela desigual-dade, pela falta de amor e de justiça e que os mais sensitivos, como as crianças, os jovens e os adultos mais intuiti-vos estão captando, mas que ainda não compreendem corretamente e que os tornam indiferentes às responsabilida-des da vida, alterando seus sistemas: endócrino e nervoso, provocando os mais diversos distúrbios, dificultando su-as evoluções emocionais, mentais e espirituais, deixando-os confusos mentalmente, deprimidos em suas consciên-cias. Tudo isto é somado aos muitos medos, inseguranças, infelicidades, angústias existenciais, que, gradualmente, produz uma desvalorização da própria vida e um nível alto de falta de esperança no futuro; dentro destes parece haver um imenso deserto e uma falta de direção quanto o caminho a seguir.

Dentro de muitos há um imenso caos e também uma luta para chegar a um ponto de equilíbrio, a fim de saírem da confusão em que vivem para realizar a Luz em seu interior. Já numa minoria começa a surgir um lindo “jardim inter-no”, onde novas flores e árvores de saborosos frutos da vida estão despontando e em suas existências já refletem o lado luminoso de suas almas; estes, certamente, farão parte de uma Nova Humanidade.

Se não nos voltarmos para nosso universo interno, se não despoluirmos nosso ser interno, certamente nosso futuro não será nada agradável. Se não buscarmos as saídas pelos “portais” da alma, da consciência, do amor, do sentimen-to, da paz e da justiça não sairemos para lado algum, vamos mergulhar de cabeça num inferno que nós mesmos cri-armos.
As grandes cidades pelos seus altos índices de violência já são amostragens de como pode ser o futuro de nossos fi-lhos e netos. Se não nos unirmos, pelo coração, pela fraternidade, consciência e alma, se não colocarmos os egoís-mos, fanatismos, ódios, ambições, rancores, vaidades e individualismos completamente de lado, poderemos assistir e muito rapidamente a um caos ainda maior.

Espiritualmente, entretanto, a humanidade está recebendo muitas oportunidades para realizar uma verdadeira trans-formação, principalmente em razão do avanço do trabalho das Energias Crísticas que está trazendo novas energias de libertação, por isto, dando-nos possibilidades de lutarmos para nos livrarmos de todos os grilhões internos e ex-ternos.
Além das Energias Crísticas, as Energias da Grande Mãe estão libertando a nossa sensibilidade, buscando colocar-nos mais sensíveis à grandiosidade da vida que pulsa dentro de nós e de todos os seres que compõem a vida neste sistema planetário.

Tudo isto coloca-nos sensíveis a reconhecer o nosso universo interno e a buscar meios corretos para sintonizá-lo, ou-vi-lo e dar à nossa vida a dimensão divina que tem. Somos almas em evolução e podemos viver direcionados pelos princípios amorosos que residem nela. É hora de contribuirmos com esta humanidade a partir de nossa própria ati-tude de buscar a paz, o amor, a sabedoria, o equilíbrio, a harmonia, a justiça, a igualdade e a fraternidade.

Compete a cada um perceber dentro de si mesmo o grande chamado Crístico, e que está sinalizando para todos os que buscam que é hora de resgatar o verdadeiro sentido da vida através de um mergulho para dentro, silenciando a mente e as emoções para contatar a vida nos seus significados reais. Somos almas encarnadas e nossos corpos com-põem um sistema energético por onde nossas almas se expressam.

É importante acessar nosso espaço interior onde não há limites, nem fronteiras, para contatarmos uma realidade que está muito além da matéria física e que nos conecta com princípios, valores, virtudes e recursos internos que nos ajudam a desenvolver um olhar mais amoroso para as diversas realidades que nos cercam, nos auxiliam a discernir sobre nossas ações diárias e a reconhecer como é importante a nossa contribuição para a construção de uma vida melhor para todos.

Ao nos conscientizarmos de que a alma é a direcionadora de nossa existência, e que nela estão as respostas para os grandes mistérios da vida e da evolução somos sensibilizados para acolher toda emanação de amor que vem dela e para ampliar nossa ação amorosa no mundo. Ela sabe de onde viemos, para onde vamos, quais serão os melhores caminhos, a melhor rota para retornarmos à “casa espiritual”, de onde um dia nossos espíritos partiram na busca da experiência da Criação, do Amor, da Sabedoria e da Luz.

Portanto, é hora de nos voltarmos para dentro de nós, na busca do silêncio interior para penetrar nas profundezas de nosso ser e reconhecermos, através dos sentimentos puros, da sensibilidade, ou da intuição, o verdadeiro sentido de nossa existência. Passo a passo, e respeitando o próprio ritmo, a nossa experiência interna cresce. De experiência a experiência somos levados a reconhecer naturalmente a importância de nossa participação consciente na construção de uma vida melhor, interna e externamente.

Nossas experiências internas nos fazem sentir que somos parte da Criação Divina, que vivemos dentro de uma grande Unidade Amorosa e que nunca estamos sozinhos. Somos parte de uma grande família de almas e espíritos em evolução. Temos nosso lugar no mundo e devemos reconhecer nossa oportunidade de contribuir para um mundo melhor.

Deste modo, somos resgatados do imenso caos alimentado pelas ilusões e pelas turbulências criadas por nós mes-mos e pelas interferências externas e, ao mesmo tempo, resgatamos a nossa vida real e seu verdadeiro sentido.

 

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