Hatha Yóga e sua utilidade pública
Texto colaboração gratuita de Claudio Duarte - Jornal O Legado - Março 2018
Hatha Yóga XXXIII
No capítulo anterior a este, de uma forma bastante direta, buscamos abordar as diferentes possibilidades de vida para as pessoas, como podem resgatar a saúde por meio das práticas, como podem buscar paz e equilíbrio interior praticando o Hatha Yóga. E mais que tudo isto - que não é pouco - como podem descobrir os segredos da alma humana, algo tão distante da realidade da sociedade atual. Todavia, aquele capítulo suscitou questionamento diversos. E, é sobre estes questionamento que vamos tratar diretamente neste capítulo.
Utilidade Pública, só para não esquecer
Falar sobre Yóga no país, já se tornou modismo. Falar que o Hatha Yóga foi introduzido no Brasil por volta de 1948 pelo ilustre Caio Miranda, faz-se muito necessário. Pois ele é o pioneiro e foi aí que tudo começou. Esclarecer que o Yóga Clássico com os seus sete ramos fundamentais nasceu na Índia, sendo codificados lá entre cinco a seis milênios é muito importante. Informar que a língua utilizada pelo Yóga é o San-Skrito que quer dizer “bem escrito” é primordial. Por sinal o Sanskrito é uma língua viva. Que a palavra Yóga, tem 42 traduções, todavia que o Yóga, enquanto Ciência, Metodologia ou mesmo Filosofia, só pode ser traduzida como “união, fusão, junção ou religação” é esclarecedor.
Luzes nos labirintos cinzentos
Tudo isto e muito mais, se faz necessário e urgente, à medida que absurdos e aberrações surgem a cada dia rotulados como “Yóga” em especial vindos dos EUA. É um triste salve-se quem puder. A gravidade da situação, já começa em uma parte da mídia ávidas por publicar sensacionalismos ou informações distorcidas, que na verdade nada tem a ver com o verdadeiro Yóga, na sua essência e na sua profundidade.
A começar por matérias sem fonte de pesquisa fidedigna, ou por fontes maliciosas, tendenciosas ou até malignas. Ou então, por matérias com fotos esdruxulas, na maioria das vezes, montadas à base de scaner ou de truques de “photoshop”. Tais matérias em certas ocasiões, costumam trazer entrevistas bombásticas ou polêmicas com drogados auto declarados, que nem são Profissionais do Yóga, e que nem mesmo incluem informações sérias ou úteis para o leitor leigo ou interessado. Outras vezes, ocorre até o descaramento de citarem textos clássicos, para darem um ar de “legitimidade” ao que declaram.
Na maioria das vezes, tais “matérias” assustam e afugentam possíveis futuros interessados, e o que é pior, prejudicam a grande maioria de Profissionais sérios e competentes. Assim, um duro repúdio da sociedade a tais tipos de publicações, já será um grande passo na busca de mais qualidade e menor quantidade de “matérias” fúteis e inúteis. E em geral, com segundas intenções que nada tem a ver com a essência do Yóga.
Sobre informações distorcidas
Uma outra “informação” lamentavelmente distorcida e que confunde as pessoas leigas é, a de que no país, existe muitas “modalidades” do Yóga. O que não passa de mera bobagem, até porque o que chamam de “modalidades” são sub produtos americanos, subtraídos do Hatha Yóga, para fins de diferenciação de marketing. O interessado ou o leitor esclarecido que buscar informações mais solidas, sem muito esforço descobrirá isto. Mas é fundamental ter muito cuidado com o que se encontra na internet. Tem que saber separar o joio do trigo. E o joio vem em grande quantidade.
A Formação Profissional
Uma outra questão delicada, envolve a Formação Profissional. Com o desemprego correndo a solta e, com total falta de respeito ao “Código de Ética dos Professores de Yóga”, ao “Juramento Profissional dos Professores de Yóga”, aventureiros e espertos, infiltram-se no meio dos Professores e, sem nenhum acanhamento começam até mesmo a dar aulas de Yóga. Investem em divulgação distorcida e duvidosa, onde o Yóga é transformado em mero exercício que dá força e define músculos. Ou pior, em certos casos, discriminando seres humanos, há locais que nem aceitam determinados tipos de pessoas.
Buscando a luz no caminho
Porém, nada que uma pessoa interessada e bem informada, não possa repudiar duramente, até porque, na Índia, onde há milênios o Yóga teve sua origem e foi codificado por Patanjali, nos seus Yóga Sutras, até hoje ainda é uma Ciência, uma Metodologia ou uma Filosofia de Vida, aberta a qualquer pessoa, sem limites ou restrições de idade. Sem restrições religiosas, já que o Yóga nada tem a ver com religião, sem restrições à raça ou condições econômicas-financeiras, ou mesmo, restrições sociais ou culturais.
O Hatha Yóga é para todos
Claro que para se praticar, há preceitos que poderão facilitar muito os interessados. E que qualquer boa(m) Professora(or), Instituto ou Escola de Yóga, irá informar aos mesmos, sempre que solicitado. Então, se um dia destes for procurar um local para praticar Hatha Yóga, releia este capítulo com atenção redobrada e lembre-se sempre do mesmo!
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