Hatha Yóga  LVII

Introdução

No capítulo precedente a este, fizemos uma abordagem voltada a um desenvolvimento mais profundo da consciência. Haja vista, que a tomada de consciência, é o primeiro passo para um forte desenvolvimento pessoal e para o auto-conhecimento interior.

Todavia, a este respeito, temos que lembrar que a tomada de consciência, sem a devida tomada de atitude, não conduz a nada. A atitude baseada em uma forte intenção, seguida da efetiva decisão é que conduzem aos resultados almejados.

Neste aspecto, visando este despertar de um nível diferente de consciência, sensível e refinado,  seguido de uma possível atitude, no capítulo anterior, abordamos sob o título de “Uma visão mais profunda e necessária” como se estruturam os cinco invólucros ou cinco corpos, a partir do físico até o mais sutil, que compõem a estrutura dos seres  e dos seres humanos.

E como os mesmos, interagem, a partir de diferentes ações e atitudes das pessoas, seja de forma consciente, inconsciente ou semi-consciente.

O delicado a este respeito, é que na sociedade atual, as pessoas como um todo, agem muito mais, seguindo uma espécie de inconsciente coletivo, ainda que isto não seja o adequado ou ideal.

Pois quase sempre, este inconsciente coletivo esta bem distante da realidade ou da consciência refinada. Em geral, este inconsciente coletivo, segue movimentos de massas artificiais ou pré-produzidos com alguma finalidade subjacente.

Portanto a necessidade de se conhecer e compreender os cinco corpos ou cinco invólucros lá descritos.

Desenvolvimento

Neste capítulo atual, vamos dar mais um passo tênue porém necessário para o aprofundamento das bases conceituais, didáticas e metodológicas do Hatha Yóga e para tal, elaboramos um “Plano Básico para uma boa aula de Hatha Yóga”.
Aliado aos capítulos anteriores, irá ajudar as pessoas interessadas em praticar, não só a entender melhor as técnicas, mas também a entender melhor como  deve funcionar a estrutura de uma boa aula.

Plano básico para uma boa aula de Hatha Yóga

1º) Estratégia

São os passos que o/a Profissional seguirá, para que o/a aluno/a atinja os objetivos buscados ou propostos.
O ideal é utilizar pari passo o Método Clássico conceitual do Hatha Yóga, por meio do Construtivismo e orientando um passo a passo para cada etapa de uma aula.
Por exemplo, o/a Profissional faz uma abertura específica de aula, com uma saudação ou com uma técnica/exercício de saudação inicial. E, a partir daí, vai conduzindo cada etapa/passagem de uma estrutura ou exercício para o próximo.
Sempre demonstrando serenamente e explicando. Após, questionado se todos/as entenderam e se tudo estiver claro, daí, solicitando para que os/as praticantes realizem o que foi orientado, dentro das suas possibilidades e condições.

2º) Metodologia

É a estrutura de prática, que contém o método do Hatha Yóga a ser transmitido pelo/a Profissional.
Por exemplo, se o objetivo é facilitar a compreensão e a dinâmica de uma aula prática ou conceitual de Hatha Yóga, o/a Profissional irá estruturar uma sequência/Vinyasa, passo a passo de exercícios para os/as praticantes.
De maneira que tal sequência facilite a compreensão e realização do grupo ou do personal.
Um modelo básico

- Início de aula – Assim que os/as alunos/as entram na sala de aula, o/a Profissional cumprimenta todos/as de forma efusiva e cordial. Após, faz uma breve revisão da aula anterior. E a seguir, faz uma breve introdução do que será transmitido na presente aula.

- Meio da aula – É o corpo da aula propriamente dito. Tudo que será transmitido e explicado durante a mesma, a partir de uma postura de abertura chamada Namaskarasana ou Uttita Badramudrasana. O ideal, se possível, é ministrar a aula suavemente, em forma de Vinyasa ou sequência técnica ou transitória.

- Fim da aula – A conclusão ou fechamento de uma aula, pode ocorrer nos dez minutos finais, opcionalmente com uma postura ou estrutura clássica para tal fim, utilizando-se alguma mensagem breve apropriada.
Periodicamente, é sugerido fazer-se algum tipo de avaliação junto aos/às praticantes, em forma de diálogo breve.

3º) Objetivo

De forma geral, o objetivo é o que se busca para que o/a praticante aprenda, após um período médio variável de prática. Por exemplo:
Objetivo geral – o bom aproveitamento que uma pessoa tem após três meses de práticas do Hatha Yóga.
Objetivo específico – é o resultado obtido por alguém que veio em busca das práticas, para solucionar algum quesito específico.
Tipo eliminação de ansiedade, de angustias, de insônia, de enxaqueca, de dores em diferentes regiões do corpo, eliminar um stress ou uma depressão.
Ou mesmo conseguir um reequilíbrio emocional, nervoso ou psicológico, ou mais segurança interior.
Fora outros benefícios ou resultados mais fáceis de serem conseguidos com a prática, por exemplo, mais flexibilidade, mais disposição, mais alegria e energia vital.

Pré conclusão

Observe-se que esta é apenas uma proposta para um Plano Básico para uma boa aula de Hatha Yóga. Para auxiliar os/as praticantes a entenderem melhor as práticas e uma aula normal. E que pode ser aperfeiçoado, de acordo com as necessidades de cada grupo ou de cada praticante.