Em princípio eu havia dito que não escreveria nem falaria absolutamente nada sobre as últimas eleições presidenciais. Porém recebi inúmeros e-mails e alguns telefonemas de amigos, como o Adalberto F, o Alberto S, Wanderley C, Rodrigo M, Amélia F, Carlos P, entre muitos outros, pedindo que eu me pronunciasse sobre o assunto, ou seja, como pôde a senhora Dilma ser reeleita para presidentA (que horror!) da República?
Tão logo as eleições terminaram, correram pela Internet inúmeras mensagens dando conta de determinadas irregularidades (leia-se fraudes), entre elas, as pessoas chegavam para votar, e eram informadas que já haviam votado, outra que quando digitavam o número 4, aparecia na tela o número (zero) e a votação era encerrada, além de inúmeras urnas que foram trocadas após as 16 horas, com a alegação de defeito nas mesmas.
Sobre o assunto, o sociólogo Olavo de Carvalho fez longo programa com o cantor Lobão, que pode ser assistido acessando http://youtu.be/qK-8deKxsp4, entre muitos outros.
Mas vamos aos porquês de senhora Dilma ter sido reeleita. Será que foi por causa dos votos do Nordeste? Ou será que foram os votos do Norte que deram a vitória ao PT (leia-se Lula)? Eu ouvi muito isso. Mas não foram os votos do Norte e Nordeste que deram a vitória à Dilma. Mas antes de você saber quem deu a vitória ao PT, vamos saber como anda o nosso país em matéria de política. O que você vai ler a seguir foi escrito na metade da década de 1920, por uma filósofa russo-americana, chamada Ayn Rand, judia, fugitiva da Revolução russa, que chegou aos EUA mostrando uma visão com conhecimento de causa. Qualquer semelhança com o nosso país, não é mera coincidência.
“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.
Agora que já sabe como o nosso país está em matéria de política, ou seja, exatamente igual à antiga União Soviética na década de 1920, vamos ver como é o povo brasileiro, desde essa mesma época (1914) até hoje. Vamos começar pela Imortal Ruy Barbosa, o nosso Águia de Haia.
SINTO VERGONHA DE MIM (Ruy Barbosa - 1914)
Sinto vergonha de mim, por ter sido educador da parte desse povo, por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade, por primar pela verdade e por ver este povo já chamado de varonil, enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim, por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser, e ter de entregar aos meus filhos, simples e abominavelmente, a derrota da virtude pelos vícios, a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação com o “eu” feliz a qualquer custo, buscando a tal “felicidade” em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim, pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos “floreios” para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição de sempre “contestar”, voltar atrás e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim, pois faço parte de um povo que não reconheço, enveredando por caminhos que não quero percorrer.
Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra, das minhas desilusões e do meu cansaço. Não tenho para onde ir, pois amo este meu chão, vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!
De tanto ver triunfar as nulidades,
De tanto ver triunfar a desonra,
De tanto ver crescer a injustiça,
De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
O homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra,
A ter vergonha de ser honesto.
Bem, mas aí você pode argumentar: Isso foi há 100 anos, hoje o povo brasileiro não é nada disso. Nós evoluímos muito e já não é mais cabível dizer tais coisas de nós. Será? A seguir, você vai ler o que nos disse o imortal João Ubaldo Ribeiro em 2009, quando o Lula estava no seu segundo mandato presidencial (os grifos são meus). Depois eu volto.
PRECISA-SE DE MATÉRIA PRIMA PARA CONSTRUIR UM PAÍS (João Ubaldo Ribeiro – 2009)
A crença geral anterior era que Collor não servia, bem como o Itamar e Fernando Henrique. Agora dizemos que Lula não serve. E o que vier depois de Lula também não servirá para nada...
Por isso estou começando a suspeitar que o problema não está no ladrão corrupto que foi Collor, ou na farsa que é o Lula. O problema está em nós. Nós como povo. Nós como a matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a “esperteza” é a moeda que sempre é valorizada, tanto ou mais do que o dólar. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família, baseada em valores e respeito aos demais.
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nas calçadas onde se paga por um só jornal e se tira um só jornal, deixando os demais onde estão.
Pertenço a um país onde as “empresas privadas” são papelarias particulares de seus empregados desonestos, que levam para casa, como se fosse correto, folhas de papel, lápis, canetas, clipes e tudo o que possa ser útil para o trabalho dos filhos... e para eles também.
Pertenço a um país onde a gente se sente o máximo porque conseguiu “puxar” a tevê a cabo do vizinho, onde a gente frauda a declaração do imposto de renda para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito. Onde os diretores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos. Onde nossos congressistas trabalham dois dias por semana para aprovar projetos e leis que só servem para afundar o que não tem, encher o saco de quem tem pouco e beneficiar só a alguns.
Pertenço a um país onde as carteiras de motorista e os certificados médicos podem ser “comprados” sem fazer nenhum exame. Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no ônibus, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar o lugar. Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o pedestre. Um país onde fazemos um monte de coisa errada, mas nos esbaldamos em criticar nossos governantes.
Como “Matéria Prima” de um país, temos muitas coisas boas, mas nos falta muito para sermos os homens e mulheres de que nosso País precisa. Esses defeitos, essa “esperteza brasileira” congênita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos de escândalo, essa falta de qualidade humana, mais do que Collor, Itamar, Fernando Henrique ou Lula, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são brasileiros como nós. Eleitos por nós. Nascidos aqui, não em outra parte.
Entristeço-me. Porque, ainda que o Lula renunciasse hoje mesmo, o próximo presidente que o suceder (nessa época nem se cogitava o nome de Dilma) terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada...
Não tenho nenhuma garantia de que alguém o possa fazer melhor. Mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Collor, nem serviu Itamar, não serviu Fernando Henrique, e nem serve Lula, nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa? Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?
Aqui faz falta outra coisa. E enquanto essa “outra coisa” não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados... Igualmente sacaneados!
É muito gostoso ser brasileiro. Mas quando essa brasilinidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, aí a coisa muda... Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um Messias. Nós temos que mudar! Um novo governante com os mesmos brasileiros não poderá fazer nada... Está muito claro... Somos nós os que temos que mudar.
Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de surdo, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e estou seguro que o encontrarei quando me olhar no espelho.
“É o que eu sempre digo: o governo somos nós, os políticos, nem tanto assim” – Paulo Busko.
Medite!!! E eu acrescento: o que nos falta é EDUCAÇÃO!
E agora? O artigo que você acabou de ler do magistral João Ubaldo passou-se em 2009, ou seja, quase cem anos do de Ruy Barbosa, e os dois são muito semelhantes. Eu até posso acrescentar, sem medo de errar, mais algumas coisas. Por exemplo, é voz corrente que o povo brasileiro é pacífico, ordeiro, hospitaleiro, trabalhador, entre outros adjetivos semelhantes. Mentira! O povo brasileiro é o mais violento do planeta Terra, com mais de 60 mil assassinatos anualmente. O povo brasileiro é ladrão, estelionatário, enganador e nada hospitaleiro. Também é voz corrente que somos os melhores motoristas do mundo (aliás, somos os melhores do mundo em tudo, e até a poucos meses, o éramos do futebol), mas isso não é verdade, pois anualmente morrem no trânsito brasileiro mais de 45 mil pessoas, mais do que morrem em toda a Europa no prazo de dez anos. O povo brasileiro é hipócrita ao extremo, pois vive reclamando que o tomate está caro, que o preço do limão e da carne está pelos olhos da cara, mas pagou no dia 12 passado (12/11/2014), para ver o jogo de futebol de dois times de quinta categoria decidir a Capa do Brasil, em Belo Horizonte, a quantia de R$ 400,00 (ingresso mais barato), e R$ 1.400,00 (o ingresso mais caro), enquanto para se assistir aos dois melhores times do mundo, Real Madrid e Barcelona, se paga entre 30 e 300 euros, ou seja, entre R$ 90,00 e R$ 900,00 Reais.
Vamos voltar às eleições. Antes das mesmas, quando aparecia em público, sejam nos estádios de futebol, em comícios nas ruas, em festividades as mais diversas, a presidente Dilma Roussef era vaiada estrepitosamente em todos esses lugares. Fora Dilma! Fora Dilma! Era a voz corrente no Sul, no Sudeste e no Centro Oeste do país. No Norte e no Nordeste, com exceção de Pernambuco, reduto do falecido Eduardo Campos, que também pedia a cabeça da Dilma, o povo sempre teve preferência pelo PT do Lula, por razões óbvias que já estão sobejamente esclarecidas.
Não tenho um só amigo ou conhecido que dissesse que iria votar na Dilma, e desconheço no meu meio social quem faria tal disparate. E olha que eu conheço gente!
Porém, minhas amigas e meus amigos, eu lhe confesso: o povo brasileiro além de tudo o que você acabou de ler, é o povo mais mentiroso que eu conheço, pois só no Estado de São Paulo (onde muito poucos iriam votar na Dilma), ela obteve 8.488.383 votos, e em Minas Gerais, reduto do Aécio, 5.979.422 votos, que somados perfazem a assombrosa soma de 14.467.805 votos, quando a diferença da candidata do PT para o Aécio foi de somente 3.979.422 votos.
E agora, quem foi o culpado da derrota do Aécio? Claro que foram os hipócritas mentirosos paulista em primeiro lugar e os hipócritas mentirosos mineiros em segundo.
Mas tem mais: há quatro anos, nós, paulistas, como forma de protesto contra os políticos corruptos e incompetentes, elegemos um “palhaço”, o Tiririca, com 1.351.592 votos, sendo o candidato a deputado federal mais votado do país. Sensacional!
Porém, brincadeira tem hora para acabar. Nesta eleição (2014), o mesmo “palhaço” teve a espantosa votação de 1.016.730 votos. O cantor Luciano, da dupla Zezé de Camargo e Luciano, se pronunciou de uma forma pouco inusitada (para a mídia esquerdista e corporativista, é claro) da seguinte maneira: “Agora temos número exato de ‘retardados’ em são Paulo”.
O que você tem a dizer sobre esses elementos que votaram pela segunda vez em um analfabeto?
Talvez você ache “legal”. Bem, se você foi um dos ‘retardados’, tenho certeza que sim. Mas se você é um trabalhador, uma pessoa honesta, chefe de família íntegro, cumpridor dos seus deveres como cidadão, deve estar no mínimo “assustado”, com isso, para não dizer coisa pior.
Bem, eu ainda poderia falar sobre o passado da nossa presidente, que desde cedo militou em grupos terroristas no Brasil, como a VAR Palmares, colina e VPR que, dentre outros “feitos”, em 10/5/1970, torturaram e executaram, no Vale do Ribeira, o jovem tenente Alberto Mendes Júnior, da Força Pública de São Paulo e lançaram, no dia 26/6/1968, um carro-bomba no QG do II Exército, causando a morte do soldado Mário Kozel Filho, cujo corpo ficou completamente mutilado. Também em 12/10/1968, sob a acusação de representar contra o “imperialismo americano”, executaram, na frente de sua esposa e de seus quatro filhos menores, o capitão do Exército dos EUA Charles Rodney Chandler (herói do Vietnã). Entre outras atrocidades.
Mas isso não interessa. O que interessa é o bolsa-miséria, mas conhecido como bolsa-família, o auxílio aos detentos assassinos, entre outros de igual valor. Se você quiser saber quantos “benefícios” o governo do PT dá à população, acesse o site: www.avozdocidadão.com.br e lá você vai encontrar as maiores aberrações já ditadas por qualquer partido político deste país.
Bem, agora que você já sabe de tudo isto, me responda: este povinho merece coisa melhor?
E recorrendo ao filósofo francês, Joseph De Maistre (1753-1821), crítico político, posso dizer com toda a propriedade: “Cada povo tem o governo que merece”.
Texto colaboração: Professor Carlos Rosa: (falecido em 12 de fevereiro de 2019)
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