Criado na década de 1950 pela Dra. Ida Pauline Rolf (1896-1979) o método Integração Estrutural- Rolfing visa organizar a estrutura humana em relação à gravidade, num processo que ela denominou “Integração Estrutural do Corpo Humano”. A palavra Rolfing foi cunhada a partir do sobrenome da Dra. Ida P. Rolf. Desde o início dos anos 70, Rolfing® tem sido uma marca de serviço do Instituto Rolf de Integração Estrutural. No Brasil a formação de um profissional de Rolfing se dá em cursos promovidos pela Associação Brasileira de Rolfing com um total de 854 horas e leva, aproximadamente, dois e meio a três anos. Inicia-se com os estudos em Cadeiras Básicas, continuando com o Curso de Liberação Miofascial e finalizando com o Treinamento Básico de Integração Estrutural-Rolfing.

Integração Estrutural-Rolfing é um método de integração das estruturas humanas por meio da manipulação dos tecidos miofasciais (tecido conjuntivo que envolve cada fibra muscular, tendões, ossos e visceras, os contém e mantem a relação entre eles)  e pela reeducação do movimento. Este processo se inicia nas dez sessões da “receita”, que é um protocolo básico de estratégia de trabalho criado pela Dra. Ida P. Rolf. Pode se desenvolver em níveis mais avançados em sessões não-formulísticas – que podem ocorrer após as dez citadas e nos possíveis retornos do paciente. Cada sessão é analisada sob o prisma de intervenção estrutural, holística e integrativa.

A Educação Continuada do Rolfista por meio de estudos de Terapias Craniossacral ,Visceral e Terapias que trabalhem com a energia seja do nosso corpo físico ou do nosso corpo mais sutil são sempre muito bem vindas para que o trabalho do Rolfista se enriqueça e prospere.

Na nossa vida cotidiana todos nós passamos por etapas de transformações maturacionais e integrativas que acontecem desde o nosso nascimento, quando saímos do útero de nossas mães; na infância, quando começamos a engatinhar e depois quando começamos a andar, a falar, a ler e a passar por todas as outras fases do aprendizado que é nossa vida.

O processo de Integração Estrutural-Rolfing pode ser também um processo aonde se acompanha o amadurecimento do paciente e o integra às suas potencialidades físicas, funcionais e espirituais. Esse processo interconecta o belo de nós mesmos por meio da estética a essas potencialidades citadas.

Quando o corpo começa a funcionar de modo apropriado, a força da gravidade consegue fluir através dele. Espontaneamente, então, o corpo cura-se a si mesmo (ROLF apud FEITIS, 1986. p.43).

Por ser uma ciência holística a Integração Estrutural-Rolfing considera a interdependência do físico, funcional e psicobiológico inerente ao seu trabalho, cujos estados não se dissociam um do outro, para buscar o bem-estar do indivíduo.

O sistema miofascial do tecido conjuntivo confunde-se com os músculos, ligamentos, tendões e até mesmo tecido ósseo. Portanto, trabalhando e liberando aderências fasciais que são construídas ao longo de uma vida de estresse, lesão ou padrões específicos de movimento, essa liberação vai afetar toda a estrutura do corpo mudando a postura do paciente que está sendo trabalhado não só fisicamente, mas também na forma como ele se posiciona no mundo e como se relaciona com as pessoas ao seu redor.

O trabalho com Rolfing, não é um trabalho feito no paciente, mas um trabalho de parceria, feito junto com o paciente. No início da primeira sessão isso já é explicitado e, durante todas as sessões seguintes, relembrado quando necessário. Isso torna o nosso trabalho mais interessante e dinâmico.

A eficácia do toque (o que ele vai liberar no tecido miofascial e o que ele vai conseguir em relação a um melhor funcionamento do corpo), está relacionado com a intenção do terapeuta, com a forma que esse conduz a sessão através do contato terapêutico conjuntamente com a receptividade e sintonia entre paciente e terapeuta.