A maioria dos fumantes no Brasil pensa em parar de fumar, mas não conseguem; abandonar o cigarro é difícil, mas para quem deseja mudar este hábito, há tratamentos que auxiliam o fumante.

Quem nunca elaborou uma lista de metas a serem cumpridas? E quantas pessoas chegaram ao término de um ano com todos os planos alcançados? Muitos almejam uma nova colocação profissional, aquisição de bens, um novo amor, viagens, crescimento pessoal e profissional. Muitas vezes parar de fumar é o líder desse ranking de metas.

A responsável pelo Serviço de Psicologia do HCor – Hospital do Coração em São Paulo e coordenadora do Programa de Cuidado Integral ao Fumante, a psicóloga Silvia Cury Ismael explica que para parar de fumar a pessoa precisa primeiro estar consciente de que o cigarro faz mal e ter o desejo de abandonar esta dependência química. Depois precisa se programar para fazer isto já em uma época não tumultuada. Final de ano não é a melhor data para parar, pois há muitas festas, muita bebida, que tira a pessoa do seu ritmo normal, e pode ser frustrante a recaída, tirando a coragem de começar de novo. Portanto, é melhor o fumante se programar em um período sabendo o que, como e quando fará esta parada. Desta forma terá mais chances de conseguir a cessação do tabagismo.

Segundo a psicóloga não basta apenas querer acabar com esta dependência, se o desejo não for plausível, pensado de forma objetiva e realizado por etapa. “Geralmente no ano novo, as pessoas sentem necessidade de evoluir e conquistar metas como emagrecer, aderir à prática de exercícios, mudar o visual e parar de fumar. A maioria dos fumantes no Brasil pensa em parar de fumar, mas não conseguem. 


Sabemos que abandonar o cigarro é difícil, mas para quem deseja mudar este hábito, há tratamentos que auxiliam o fumante”, afirma.

Para quem já faz plano de abandonar de parar de fumar, é importante repensar a rotina e quebrar as associações que existem entre o fumo e a tarefas diárias. É necessário planejar atividades para colocar "no lugar do cigarro". Sendo assim é importante mudar a rotina e buscar atividades diferentes que ofereçam prazer e lazer sem o cigarro. “O fumante fica dependente da nicotina, considerada uma droga. 


É uma substância poderosa, pois atinge o cérebro em poucos minutos. É normal, portanto, que os primeiros dias sem cigarro sejam os mais difíceis. Ao parar de fumar você pode se sentir ansioso, com dificuldade de concentração, irritado, ter dores de cabeça e sentir aquela vontade intensa de fumar. Cada pessoa tem uma experiência diferente. Uns sentem mais desconforto e outros não sentem nada. 
Mas não desanime, tudo isso vai desaparecer em algumas semanas”, acrescenta a Dra. Silvia Cury Ismael.

 

Dicas para parar de fumar:

- Escolha um dia para parar de fumar de uma vez só;

- Tome água quando tiver vontade de fumar;

- Procure ler, caminhar e praticar atividades que distraiam a mente;

- Modifique sua rotina o máximo possível;

- Faça exercícios regularmente;

- Procure não substituir o cigarro pela comida;

- Escove os dentes logo após as refeições;

- Pratique relaxamento e exercícios de respiração;

- Tenha sempre em mente que o cigarro é um inimigo da saúde;

- Procure ajuda de especialistas se não conseguir parar sozinho.


Sobre o Programa de Cuidado Integral ao Fumante do HCor:

Formado por grupos de cinco a 10 pessoas que se reúnem uma vez por semana, durante dois meses, o programa tem obtido êxitos inéditos. Após início do tratamento, por exemplo, cerca de 80% dos pacientes permanecem em abstinência. Depois de um ano, 60% deles resistem ao cigarro, diminuindo consideravelmente os riscos de doenças cardiovasculares, hipertensão, câncer de diversos tipos, diabetes, entre outros males.

O Programa de Cuidado Integral ao Fumante é um dos trabalhos realizados pelo Serviço de Psicologia do HCor – Hospital do Coração em São Paulo, que há 16 anos atua fortemente na instituição com palestras educativas para jovens e adultos, além do atendimento interno a pacientes do hospital. Ao todo, desde o seu lançamento há 16 anos, já passaram pelo programa mais de 800 pessoas e, após a lei houve um aumento de 40% na procura pelo tratamento.

 

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