Vagando em meus pensamentos, comecei a refletir sobre o futuro do Miguelzinho. Por incrível que pareça, é o mesmo futuro que eu queria para mim em 1966, ano em que ingressei na escola com meus oito anos de idade.

Queria um Brasil forte, vigoroso, de respeito internacional. O Exército mandava no país todo. Sinto saudade daqueles governantes de pulso firme que não deixavam os comunistas abrirem a boca. Na escola, eu tinha uma matéria sobre educação cívica, e me orgulho em dizer que tirava nota 100 em todas as provas dessa disciplina, apesar de que hoje, ironicamente, nem nota 100 existe mais.

Penso no Brasil que o Miguelzinho vai encontrar: um país para ser reconstruído, carente de novos sistemas de educação, transporte coletivo, agronegócio, saúde, legislação trabalhista, educação ambiental, malha ferroviária, e, inclusive, de uma indústria naval, que deveria ser tão forte quanto a grandeza de nossos mares.

É, Miguelzinho... Você ainda terá muito trabalho pela frente, muita luta para colocar este país nos trilhos do progresso. Precisará correr para recuperar o atraso, colocar foguetes no espaço, explorar Marte, Saturno, Vênus, Andrômeda, “indo onde o homem jamais esteve”, como diziam no filme “Jornada nas Estrelas”.

Eu realmente espero que você encontre um Brasil de pessoas honestas, pois as pessoas de minha geração me decepcionaram com tamanha corrupção, ladroagem, bandidismos e falcatruas.

Tenho vergonha de deixar esse Brasil para você, mas tenho esperanças de que você e sua turma façam o que nós não conseguimos fazer: transformar este Brasil na maior potência mundial, com a maior agricultura do mundo, com a maior rede de universidades gratuitas do mundo, com os maiores laboratórios de tecnologia e biologia do mundo, com a maior indústria naval do mundo, com a maior indústria aeronáutica do mundo, enfim, Miguelzinho, um Brasil que tem tudo para ser feito e para acontecer, só precisamos de uma geração honesta que venha para corrigir toda essa meleca que estamos vivendo.

Um dia você poderá ler este texto e, quem sabe junto com outras crianças que também estão chegando do plano espiritual, fazer deste país um lar melhor do que este que estamos deixando para vocês.

Te vejo em Novembro deste ano, meu netinho, você tem muito a aprender e muito mais a fazer, e enquanto eu puder, estarei ao seu lado lhe apoiando e desbravando suas dúvidas.

Seu vovô, Alberto Sugamele
Editor

 

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