No mundo, 2,5 milhões de pacientes convivem com a esclerose múltipla (EM), 35 mil deles no Brasil [I], onde aproximadamente 13 mil estão em tratamento [II].

A esclerose múltipla (EM) é uma doença crônica, muitas vezes incapacitante, que ataca o sistema nervoso central, que é composto pelo cérebro, pela medula espinhal e pelos nervos ópticos. Os sintomas podem ser leves ou graves, sendo os principais sintomas fadiga, formigamento ou queimação nos membros, visão embaçada, dupla ou perda da visão, tontura, rigidez muscular, problemas de cognição, dormência nos membros e até paralisia ou perda de visão. A maioria dos pacientes é diagnosticada com EM jovem, entre os 20 e 40 anos, o que resulta em impacto pessoal, social e econômico considerável por ser uma fase extremamente ativa do ser humano.

A progressão, a severidade e a especificidade dos sintomas da EM são imprevisíveis e variam de uma pessoa para outra. Algumas são minimamente afetadas pela doença, enquanto outras sofrem desde uma rápida progressão até incapacidade total. Como consequência, a frequência de surtos (episódios de manifestações neurológicas) - com recuperação completa ou sequelas permanentes após os períodos de crise -, e a falta de tratamento adequado pode ocasionar dificuldades de mobilidade que, ao longo do tempo, evoluir para a perda parcial ou total da capacidade de andar.

Por ser uma doença com sintomas comuns a outras patologias, nem sempre o diagnóstico é fácil de ser concluído. O importante é procurar um neurologista, assim que surgir algum sintoma característico que dure mais de 24h. Com o objetivo de descartar outras doenças e reunir evidências para confirmação diagnóstica, o neurologista considera o histórico médico do paciente, exames clínico e neurológico detalhados, testes laboratoriais e imagem por ressonância magnética.

Atualmente não existe uma cura conhecida para a doença, mas os medicamentos disponíveis controlam os surtos e aliviam os sintomas da EM, permitindo aos pacientes terem uma vida independente, produtiva e com qualidade. A maioria dos tratamentos para a doença hoje no Brasil estão disponíveis aos pacientes gratuitamente pelo SUS.

Um tratamento multidisciplinar e adaptações no estilo de vida também podem ser úteis para os portadores de EM, como:

• Fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e grupos de apoio.
• Aparatos de assistência, como cadeiras de rodas, levantadores de cama, cadeiras para o banho, andadores e corrimãos.
• Programa planejado de exercícios no início do curso da doença.
• Estilo de vida saudável, com boa alimentação, repouso e relaxamento suficientes.
• Evitar fadiga, estresse, temperaturas extremas e outras doenças.
• Mudanças na alimentação se existem problemas de deglutição.
• Fazer mudanças em casa para evitar quedas.
• Pode ser necessário promover adaptações domésticas para garantir a segurança e a facilidade de movimento na casa.

[I] Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM). Disponível em: Acesso em: 26.maio.2014.
[II] Datasus, abril, 2014. Disponível em: Acesso em: 11 abril. 2014

 

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