Entrevista exclusiva com Marcos Murakami, consultor e ministrante de cursos e formações em Feng Shui Tradicional



Jornal O Legado: -Para darmos uma introdução, conte-nos um pouco sobre quem é Marcos Murakami.

Marcos Murakami: - Primeiramente, gostaria de agradecer a oportunidade de abordarmos um assunto tão vasto e, ao mesmo tempo, tão complexo como Feng Shui. Ao meu respeito, sou paulistano, de ascendência japonesa e formado em arquitetura e urbanismo pela Universidade Mackenzie, de São Paulo. Durante a faculdade, iniciei minhas pesquisas em Radiestesia, Geobiologia e posteriormente descobri o Feng Shui, que acabou se tornando a minha especialidade. Sempre fui muito curioso (e depois atuante) em temas místicos, espirituais e aspectos do comportamento humano, o que me motivou, enquanto pesquisador, numa caminhada consciencial que descreveria, até agora, como sendo muito rica em possibilidades e questionamentos. No caso, um dos canais de atuação foi exatamente a análise energética ambiental, outro viés (complementar, diria), da visão arquitetônica na qual me graduei.
 
Jornal O Legado: -Você é fundador do Instituto Eternal Qi. Qual seu objetivo com ele?

Marcos Murakami: - O Instituto nasceu em 2004, quase como uma necessidade pessoal de oferecer para o público em geral uma linha de estudo, pesquisa e atuação das várias vertentes existentes do que chamamos de Feng Shui Tradicional ou Clássico, algo um pouco diferente do que se estava, na época, sendo tão rasamente disseminado nas revistas e livros sobre o tema. Naturalmente, em mais de 10 anos de atividade, o conteúdo programático da nossa escola foi se modificando e evoluindo, sendo que atualmente, das linhas que desde o início mantivemos e ampliamos (cursos e formações extensivas em Feng Shui Tradicional e Cosmologia Chinesa), acrescentou-se oficialmente um ramo que sempre esteve presente, mas que antes atuava de maneira indireta na nossa maneira de ministrar os eventos: a abordagem consciencial-espiritual, que, nos dias de hoje, pode ser encontrado nos cursos complementares de Bioenergia e Espiritualidade, Eneagrama, entre outros.
 
Jornal O Legado: -Você se considera um cientista do Feng Shui, um pesquisador? Nesse sentido, esse tema é uma ciência fundamentada?

Marcos Murakami: - Bem, essa é uma questão polêmica. Alguns estudiosos e mestres tradicionalistas, para evidenciarem as diferenças entre os métodos ancestrais realmente chineses (alguns datando de mais de 1000 anos) da abordagem por vezes encontrada em escritos atuais sob o nome de Feng Shui Moderno (na verdade, esse apenas herdou “estrategicamente” a designação, já que foi inventado nos EUA, possuiu um pouco mais de 30 anos, e muito pouco se relaciona com a visão clássica chinesa), buscaram incessantemente, nas últimas décadas, destacar uma “visão científica” do Feng Shui, tentando assim separar as técnicas tradicionais do misticismo “new age-decorativo”, disseminado pelo viés da chamada Escola Californiana ou do Chapéu Preto, nomes dados a sua contraparte moderna.

Sob essa perspectiva, poderia até ser considerado um cientista do Feng Shui, mas antecipadamente já procuro descartar tal rótulo. Isso porque (e, sobretudo), não considero essa temática uma ciência (como talvez muitos procuram incentivar), mas sim uma Arte. Nesse ponto, é importante esclarecer que não me refiro aqui a uma expressão artística como pintura ou poesia, mas sim algo que precisa ser sentido (e experienciado), mais do que fundamentado por cálculos matemáticos (mesmo que haja princípios de causa e efeito) em algumas das escolas. Mas isso não torna o Feng Shui Tradicional uma ciência ipsis litteris, já que ela não pode ser provada ou aceita por metodologias científicas vigentes. Em outras palavras, a melhora energética de um local estaria ligada estruturalmente à interpretação de harmonia sentida ou vivenciada pelos moradores ou usuários.  Assim, fica a pergunta provocativa: Quem melhorou a dinâmica energética ao fim? A construção ou o ponto de vista das pessoas?

Desta forma, fazendo uma correlação acadêmica, considero que o Feng Shui (também denominado de Kan Yu – Alquimia do Céu e da Terra, na sua terminologia antiga) seria uma interface mais das “humanas” do que de “exatas”. De qualquer maneira, em meio dessas dinâmicas semânticas, conceituais e estruturais do que é ou não Feng Shui, considero-me, por conseguinte, um pesquisador. Mas procuro reforçar sempre a ideia de permanecer um pesquisador cético (não aquele que nega tudo, mas que dá sempre margem ao questionamento e à dúvida), tentando não me “congelar” em fundamentos pré-estabelecidos por dogmas esotéricos nem aceitar de antemão supostas verdades somente pelo fato de serem reforçados pela ideia de grandes mestres ou escritos ancestrais. Assim sendo, poderia ser considerado, talvez, mais um pensador livre da arte do Feng Shui do que um fundamentador de uma tradição, de um legado.
 
Jornal O Legado: -A diferença cultural do ocidente com o oriente interfere na aplicação do Feng Shui Clássico?

Marcos Murakami: - Diria que de duas maneiras. Por um lado, muitas das adaptações de linguagem e conceito sofrem muitas perdas, modificações e corruptelas na transição entre oriente e ocidente. Sobretudo este último, onde a influência na visão de mundo, ainda em grande parte, possui influência do peso da moral religiosa cristã (sobretudo católica e protestante), muitas das traduções e interpretações das sutilizas contidas nos ideogramas (é bom lembrar que a maioria dos conceitos da Metafísica Chinesa, quando não eram apenas verbais, se mantinham em pergaminhos escritos de maneira poética, o que dificultava a interpretação, até mesmo para os chineses não iniciados) foram muitas vezes mal decodificadas, e ganharam, na visão ocidental, um utilitarismo exacerbado (como atingir o sucesso ou ter um relacionamento “blindado” rapidamente, entre outras incongruências) e um moralismo incomum (o certo ou errado, o bem ou mal absolutos, etc.), o que, ao meu ver, diverge dos aspectos tidos como iniciais ou originais dessa arte.

Por outro lado, como citei na minha primeira obra O Grande Livro do Feng Shui Clássico (2006), uma visão ocidentalizada das bases chinesas pode não ser de todo ruim, dependendo da maneira que é abordada. Se existe a questão levantada acima, uma perspectiva “de fora” também pode possibilitar uma extensão de abordagens (até mesmo sob ponto de vista dialético) que talvez um estudioso tradicional chinês não conseguisse, por estar imerso em “verdades” consideradas tão fundamentadas e naturais em que não seria possível sequer um devaneio criativo diferenciado ou mesmo reflexivo.

Assim, sob outro viés, o Feng Shui lida com esse choque constantemente (e até mesmo de maneira mais intensa, se considerarmos apenas a sua aplicação no Ocidente), seja “abrindo mão” de quase toda a tradição ancestral na invenção do Ba Gua Moderno (os famosos cantos da Fama, Relacionamentos, Família, etc.) ou se arraigando ao resgate de uma suposta “certeza original ancestral” na propagação de um Feng Shui Clássico verdadeiro (sendo que esse é o que mais sofre com os filtros utilitaristas da contemporaneidade). Ironia ou não, todas essas premissas alegoricamente poderiam representar, atualmente, mais do que um lado oriental e ocidental, mas sim as complexidades de um mundo em transformação tão próximo e tão distante, tão similar e diferente ao mesmo tempo. Um mundo que cada vez mais se desespera na obtenção da resposta à pergunta (explicitamente, reativamente ou implicitamente): Quem realmente eu sou? De onde vim? Para onde vou?

Jornal O Legado: -Você estudou com alguns ícones do Feng Shui mundial, tais como os Mestres Joseph Yu, Derek Walters e Howard Choy. O quanto você diria que esses mestres influenciaram os fengshuistas aqui no Brasil? Em outras palavras, o Feng Shui no Brasil, hoje é uma atividade atualizada, moderna e bem pesquisada com influência dos ensinamentos desses mestres?  Aproveitando, qual a sua opinião com relação aos cursos de Feng Shui instituídos aqui no Brasil, em que nível você os classificaria? (Ótimos, Bons, Ruins, Péssimos).

Marcos Murakami: - Sem dúvida, ter a possibilidade de estudar com esses grandes estudiosos foi muito importante para a minha formação, pois cada um deles possui uma abordagem muito peculiar sobre o Feng Shui. Seja na vinda de alguns deles ao território nacional, seja na busca por mais conteúdo em viagens ao exterior (e particularmente à China), todos esses movimentos me influenciaram bastante, e imagino ter tido impacto similar nos colegas consultores que puderam estar nos eventos desses e de outros pesquisadores internacionais.

Em minha opinião, existem hoje três “caminhos” possíveis no que tange o conteúdo programático de uma formação, quando atrelamos a influência dessas figuras referenciais: a primeira é a manutenção do legado dos mesmos, optando-se por seguir os princípios e a maneira didática de um mestre (via de regra, pela escola ou forma de pensamento fundada pelo mesmo), que pode evoluir para uma representação local e, possivelmente, uma titulação, caminhos comuns de um discipulado. Outro caminho, um pouco perigoso a meu ver, é pelo que chamo de curiosidade genérica, ou seja, participações em atividades rápidas de um a três finais de semana que em que se abrangem os termos básico, intermediário e profissionalizante num pacote tentador e geralmente econômico, sendo que o participante já sai com o título de “consultor”. Além de frágil e raso, vejo essa opção como sendo de uma irresponsabilidade tamanha, pois geralmente não se salientam ou abordam (além da falta de fundamento óbvio), os impactos e complexidades que possivelmente ocorrem numa consultoria, seja de cunho espiritual ou de necessidade de sustentação e equalização bioenergética por parte do suposto profissional. Lembremos que a crença apenas em amuletos mágicos de proteção, gráficos radiônicos, Ba Guas, numa tal “egrégora dos mestres do Feng Shui” ou até na boa vontade para que não ocorra nada de errado é, no mínimo, uma inocência perigosa (para não dizer uma condição desestruturante, tanto para o consultor quanto para o consulente).

A terceira maneira de atuação (a que compartilho) trata-se de aprender com os mais variados estudiosos (também com os que possuem pontos de vista completamente diferentes), não se atrelando, ao mesmo tempo, a uma linha ou escola específica. Por um lado, esse caminho é o mais tortuoso, pois depende do estudante uma postura neutra para comparar os dados obtidos sob as mais variadas óticas, e não se perder em meio às teorias aprendidas (pois dificilmente haverá um ponto de vista fechado ou uma resposta fácil). Por outro, se caso a pessoa consiga lidar com essas variáveis, é provável que se estabeleça futuramente como um verdadeiro pesquisador, que teria capacidade de construir o seu próprio caminho, através de referências dinâmicas (e não estáticas) dos princípios assimilados, com a possibilidade até de modificar alguns deles de acordo com a jornada pessoal. Essa ousadia responsável é uma forma que “afinizo” muito.

A respeito da qualidade dos cursos e formações nacionais sobre o tema (sobretudo na sua contraparte clássica), não caberia a minha pessoa classificá-los de alguma maneira, já que uma opinião tão determinante sobre isso seria uma generalização demasiada. Entretanto, posso dizer que como qualquer outro ofício, existem bons e maus profissionais; a diferença é que como não existe uma consistência formativa para um consultor ou professor de Feng Shui (estes costumam ser catalogados de maneira muito ampla, geralmente como terapeutas holísticos), não se torna difícil encontrarmos as mais curiosas titulações (alguns até se autorreferenciando como mestres), o que pode ludibriar os neófitos que se encantam facilmente por títulos ou por roupagens de interface místico-chinesas. Em outras palavras, mesmo existindo locais e referenciais de qualidade, vejo que o mais importante é o aluno ou buscador da informação não se limitar com supostas respostas confortáveis ou fáceis (“é porque o mestre assim disse”), nem se contentar com pouco. Procure, pesquise, compare; e mais importante, sinta o que é mais relevante para você.
    
Jornal O Legado: -Quanto tempo leva para transformar um estudante em um profissional do Feng Shui? É uma atividade que requer aprendizado e pesquisas constantes?

Marcos Murakami: - Como complemento à resposta da pergunta anterior, isso dependeria do que a pessoa busca, até onde ela deseja ir. A meu ver, a arte do Feng Shui, assim como a poesia da vida, nunca para ou se estagna, necessitando ser revista (e por que não, reformulada de tempos em tempos), ou seja, é um aprendizado eterno, de constantes construções e desconstruções de conceitos. Obviamente, referenciais são necessários para a fundamentação da linguagem, o que considero, numa trajetória baseada no bom senso entre teoria e prática, algo entre cinco e oito anos de constantes pesquisas (considerando uma atuação assídua) para uma consistência mínima de aplicação e critério. Para alguns, isso pode soar exagerado ou mesmo pedante, mas comparando com o discipulado ancestral (que era medido em décadas de “formação”), esse parâmetro seria bem razoável, considerando a velocidade da informação e complexidade dos tempos atuais.

Entendo que a minha opinião possa ser um fator desmotivador para os que esperam respostas e soluções rápidas com pouco esforço e sem reflexão intrapessoal. Mas também espero que essa colocação “provocativa” seja um convite-desafio (uma motivação, enfim) para os que pensam em trilhar esse caminho, no qual eu também permaneço e me reviso.
 
Jornal O Legado: -Você está, através da Editora Alfabeto, lançando o livro “Feng Shui Clássico nos Novos Tempos”. Conte-nos um pouco dessa obra e qual o público que ela atingirá.

Marcos Murakami: - Esse escrito se refere a uma pesquisa que venho realizando há quase uma década, sobretudo a repeito das minhas experiências nos últimos cinco anos (a partir de 2011). Com o subtítulo Uma Perspectiva Consciencial e Imanente, a obra procura abordar uma visão diferenciada dos métodos tradicionais do Feng Shui, sob uma ótica mais ampla, questionadora e alinhada com as mudanças intensas que a humanidade parece estar passando no período atual. Averiguam-se aspectos fundamentais intra e interpessoais, como tendências comportamentais, alterações psicoemocionais e desafios energético-espirituais no que denomino de Novos Tempos, uma transformação estrutural relacionada ao mundo e à maneira que enxergamos a realidade a nossa volta. Como ferramenta de reflexão e atuação, teríamos, de maneira muito peculiar e interessante, o Kan Yu.

Esse livro é voltado aos pesquisadores dessa arte que buscam se renovar e procuram um olhar diferenciado dos princípios ancestrais, tanto das técnicas em si quanto do fundamento teórico e sensível por trás do estudo. É um convite não apenas voltado aos entusiastas do Feng Shui, mas também para as pessoas que buscam o autoconhecimento de maneira imanente, algo além das amarras místico-religiosas e respostas dogmáticas simplificadas. Em suma, diria que é uma possibilidade de caminho reflexivo e de diálogo intrapessoal, em que se vivencia a construção como um espelho de nós mesmos.

Jornal O Legado: -Para concluirmos nossa entrevista, você gostaria de falar algo em especial para nossos leitores?

Marcos Murakami: - Além de agradecer a atenção e paciência no decorrer da leitura, convido o leitor a instigar um olhar diferente do cotidiano, não apenas como algo bom quando as coisas dão certo ou ruim quando não ocorrem do jeito que planejamos. Conforme escrevemos acima, voltemos ao ponto de vista imanente, que seria algo como fazer o diferente no presente, considerando a incerteza como caminho e abarcando o devir (o vir a ser constante). Nesse modelo de pensamento que criamos, é comum evitarmos o máximo a incerteza e considerarmos os choques e incômodos como malefícios que necessitamos extinguir, não considerando a transformação como algo natural ou necessário para a existência (mesmo que esta seja óbvia e atuante, tal qual a morte). Assim, se focamos tanto no medo da perda da estabilidade e bem estar (seja financeira, emocional ou da saúde), como podemos nos sentir minimamente harmonizados nos momentos em que inúmeros choques externos e internos parecem ocorrer, tanto no perímetro próximo (na nossa interface familiar, sobretudo) quanto distantes (as crises mundiais que nos afetam intensamente)? Será que as terapias ortodoxas e alternativas são suficientes atualmente para equilibrar os nossos corpos na manutenção da sobrevivência, uma fórmula de solução ou alívio externo? Parece-me que não, pelo menos não por muito mais tempo...

Talvez uma perspectiva razoável (mais do que o foco na tragédia do cotidiano), seja a partir de um olhar baseado na possibilidade de aceitar que somos seres em infinita transformação e que a busca cega por um ideal de felicidade ou pureza de alma pela benevolência artificial seja a semente de muitos dos sofrimentos e apegos que depois não conseguimos abrir mão. É provável que nesse período tão peculiar da humanidade, temos possibilidade tanto de reforçar o igual (pelo caos do mundo e de nós mesmos) quanto construirmos o diferente, que representaria, a meu ver, aprendermos a prestar mais atenção no Sentir a Si, a estarmos mais presentes no momento de uma escolha, seja ela grande (e desafiadora), mas principalmente, nas que consideramos pequenas e irrelevantes (talvez estas revelem mais de nós do que acreditamos).

Assim, talvez compreender também que a Espiritualidade é, portanto, uma escolha (e não um fato em si), e que um caminho autoconsciente não é uma trilha de eliminação dos problemas apenas por um reforço motivacional de positivismo mental ou um apelo devocional a algo maior, mas provavelmente (e, sobretudo, nesses Novos Tempos), um processo que necessite ser sentido intrinsecamente, e manifestado como um potencial ético de realização para um mundo melhor, independentemente da forma. Se caso o canal utilizado for através da Metafísica Chinesa, e especificamente, pelo Feng Shui, que possamos então ser o veículo e ao mesmo tempo um passageiro consciente dessas mudanças tão relevantes.

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