· Cirurgião plástico afirma que a simples anestesia aplicada pelos dentistas pode provocar, por exemplo, choque anafilático

· Cirurgias que exijam mais do que anestesia local não devem nunca ser realizadas em clínicas, somente em hospitais

"As cirurgias estéticas oferecem riscos iguais a todas as outras, e o paciente que se submete a intervenções para correção estética devem receber informações sobre esses riscos". A afirmação é do dr. Wiliam Saliba Júnior, cirurgião plástico da Clínica Ana Rosa, de Santo André, na região do Grande ABC, e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, referindo-se ao que atribui como "fatalidade" as complicações sofridas pelo vocalista do LS Jack, Marcus Menna, 27 anos, depois de submeter-se a uma cirurgia de lipoaspiração.

O dr. Saliba explica que qualquer procedimento cirúrgico que exija anestesia - local ou geral - pode provocar choque anafilático. "Conforme a sensibilidade e o nível de alergia do paciente, até a simples anestesia aplicada pelos dentistas pode oferecer problema, que no jargão médico é chamado de intercorrência cirúrgica."

Informações para o paciente - É fundamental que todo paciente tenha o máximo de informações sobre cirurgias estéticas, antes de se submeter a elas: todo profissional deve seguir as normas de segurança básicas definidas pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e esclarecer ao paciente as possíveis intercorrências, durante as consultas que antecedem a cirurgia, e ainda fornecer tais informações por escrito, por meio do Termo de consentimento informado, que leva a assinatura do paciente; essas cirurgias não são banais, oferecem riscos iguais às demais cirurgias, mas exigem cuidado redobrado, por se tratar de um procedimento em um paciente inicialmente sadio; cirurgias de médio e grande porte, que exijam mais do que anestesia local, podem apenas ser realizadas em clínicas, que possuam alvará de funcionamento emitido pela vigilância sanitária, ou em hospitais; a clínica que realiza cirurgias de porte maior que as ambulatoriais deve possuir equipamentos adequados e profissionais treinados para o atendimento imediato de qualquer urgência relacionada à cirurgia; devem sempre ser realizadas de forma ponderada pelo cirurgião especialista, nunca submetendo o paciente a procedimentos excessivamente prolongados e em número excessivo de uma única vez; todo cirurgia de maior porte deve ser precedida sempre de exames pré-operatórios e avaliação cardiológica pré-operatória. "Em qualquer ocasião que exija mais do que anestesia local, seja no hospital ou na clínica, o anestesista deve sempre ser um especialista, com título específico, e nunca o próprio cirurgião", adverte ainda o dr. Wiliam Saliba Júnior, cirurgião plástico da Clínica Ana Rosa.

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