Estamos constantemente nos relacionando e por conta disso, o amor surge. Seja por alguém ou por algo, esse sentimento flui de maneira natural para a raça humana. Mas compreender o amor parece uma missão impossível. Seja em forma de amor próprio, amor romântico ou até mesmo a paixão, compreender sobre esses assuntos é a forma que podemos evoluir. Para tratar disso, entrevistamos a Coach Holística Larriane Lopes.

Larriane Lopes começou sua carreira se formando em engenharia de produção, trabalhou em grandes empresas tais como Mercedes Benz e KPMG. Apesar de gostar da área, Larriane nunca se sentia feliz fazendo aquilo. Com o passar do tempo, essa situação gerou diversas consequências negativas para o seu corpo. Foi quando, Larriane, depois de uma grande busca interna e de autoconhecimento, entendeu o que realmente te motivava. Gerar clareza, trazer tranquilidade e guiar as pessoas era sua paixão. Diante disso, apostou nos estudos para a sua formação, se graduando em Master Coach e fazendo a Universidade Espiritual. Atualmente, ela trabalha como coach holística e palestrante.


Jornal O Legado - Como o amor romântico pode ser conceituado? E como ele surgiu/foi construído ao longo da história? O comportamento humano em relação a esse sentimento se modificou?
Larriane Lopes - As pessoas estão sempre em busca de uma definição única, por exemplo do que é certo e errado. As respostas estão relacionadas com a história de cada um, a educação que tiveram na infância, a cultura e a sociedade em que está inserido. Logo não existe uma definição padrão do que é o amor romântico, todavia existe uma tendência de que ele seja uma narrativa (história criada pelo lado intelectual do cérebro) desenvolvida por cada pessoa para suprir as carências pessoais. E essas definições variam conforme a percepção que cada pessoa tem do ambiente em que está inserido. Por exemplo, um muçulmano tem uma concepção de amor diferente de um católico. O amor surgiu, pois, a vida é relacionamento. Os seres humanos estão constantemente se relacionando com alguma coisa. Em cada região do mundo existe um tipo de cultura, clima, vegetação e ambiente que muda conforme o tempo e com isso o amor também se modifica. Faz parte do processo de evolução a transformação. Atualmente os relacionamentos e o amor acontecem de forma mais fluída e rápida devido a aceitação da sociedade, o dinamismo das informações, da economia, da forma de negociar e viver o dia-a-dia.


Jornal O Legado - Amar é diferente de se apaixonar? Por quê?
Larriane Lopes - O amor é uma qualidade de cada Ser conforme a manifestação da sua essência (de quem ele é). Ele desperta quando a entidade humana é capaz de avançar no processo de purificação da natureza interior. Já a paixão pode iniciar do processo de união entre duas pessoas, porém raramente permanece em um relacionamento longo pois ela tem como objeto uma fantasia, uma idealização do outro ou de algo. Projeta-se no outro sonhos e aspectos não integrados na nossa própria consciência, ou seja, ao sofrermos traumas de infância e não curar, buscamos no outro esse aspecto para reparar estas feridas do passado. A paixão é egoísta, pois acredita-se querer bem ao outro, mas a verdade é que só nós podemos curar nossas feridas. A paixão move impulsos que gera no indivíduo vontade de ir além de si mesmo e de querer o outro feliz, mas sempre também para curar uma dor interna. Se uma relação não tiver amor, estas feridas despertam eventualmente em insegurança, ciúmes, carência, possessão ou outras dores. Atraímos exatamente o que precisamos reintegrar e o casal precisa ser maduro o suficiente para lidar com estas questões que fazem parte do processo de evolução de cada ser. E assim quando se cura essas feridas podem-se alcançar a meta maior que é o amor.


Jornal O Legado - Qual é a importância de cultivar o amor cotidianamente?
Larriane Lopes - Precisamos diariamente iluminar nossas sombras e libertar-se do apego a elas. O amor tem que ser despertado pois em algum momento foi esquecido/adormecido dentro de nós. E isso é importante pois é o amor que nos move nesse plano e sem ele começa-se a viver em uma profunda angústia, depressão, falta de pertencimento, motivação para acordar de manhã e assim a vida perde o sentido. O amor desperta a compaixão que é quando podemos nos colocar no lugar do outro, sentir sua dor, reconhecer seu potencial adormecido e servir com uma vontade genuína de dar força para o outro brilhar sendo feliz e satisfeito. É importante plantar todos os dias o que se quer colher e as vibrações que quer ter ao seu redor.


Jornal O Legado - Quais sentimentos estão relacionados ao amor? É preciso ter confiança e compreensão, por exemplo, para que ele possa render bons frutos?
Larriane Lopes - Tudo está relacionado ao amor ou a falta dele. Para amar é preciso ter coragem e disposição para demonstrar a sua vulnerabilidade e abrir mão de uma série de vícios e comportamentos que estão enraizados dentro de nós pelo ódio e medo como apegos, jogos de acusação e poder, dependência, ciúme, posse, vingança e todos os outros mecanismos de defesa que tem origem na carência afetiva. Responsabilidade para não culpar o outro pela sua infelicidade e sim entender e evoluir com a dor e o problema que está dentro de cada um de nós. Confiança para encarar seus medos e compreensão de que problemas são processos de evolução e aprendizagem que fazem parte da jornada e é através deles que avançamos. E possibilitar a transformação do egoísmo em um verdadeiro altruísmo de querer autenticamente o maior potencial do outro para criar união pois não estamos ou somos separados, não há separação entre o que ocorre dentro e o que ocorre fora de nós.


Jornal O Legado - Por que sofremos tanto quando temos o coração partido?
Larriane Lopes - Sofremos quando temos o coração partido por criar muitas expectativas e pela falta de aceitação e desapego. Saber terminar com respeito e dignidade é importante para compreender que as pessoas mudam e podem se interessar por outra pessoa. Parar de pensar nas expectativas que foram criadas e não serão concretizadas e pensar o porquê isto está acontecendo comigo, mas sim o que eu tenho para aprender com isso? Aceitar que não foi como você planeja e desapegar destas expectativas para liberar estas energias e abrir portas para evoluir e aprender em novos relacionamentos.  

Jornal O Legado - Por que é importante desenvolver o amor próprio?
Larriane Lopes - Amor próprio é construído na infância como fomos legitimados e como desenvolvemos a confiança. Amor próprio é uma força interna que transcende e é avassaladora, traz bem-estar, se amar com todo o nosso bem e mal e ultrapassar os limites do que as pessoas pensam ou falam. O Amor próprio é se amar ao ponto de que você se posiciona independente se as pessoas vão concordar ou não porque você não precisa de aprovação externa para se sentir parte integrada e integrante de um grupo. É importante desenvolver amor próprio pois a falta dele pode gerar situações de auto sabotagem, falta de confiança, a sensação de que não é suficiente ou merecedor e uma sensação de incapacidade de ser feliz.

 

Jornal O Legado - Como acontece o desenvolvimento do amor próprio? Ao longo da vida, depois de enfrentar desafios, por meio do trabalho de coaching, etc? O amor em excesso atrapalha?
Larriane Lopes - O autoconhecimento é uma forma de despertar amor próprio pois auxilia a enxergar atitudes, pensamentos e emoções destrutivas que ocorrem de forma inconsciente. Para isso é preciso entender o que não foi bem desenvolvido na infância, ressignificar as histórias, perdoar o que machucou e acreditar que podemos e merecemos o melhor. Deixar as comparações e ver com mais clareza e gentileza como você é e que ao mesmo tempo está em transformação e sempre vai ter algo para melhorar. Processos de autoconhecimento como coaching, terapias emocionais e corporais, acupuntura e cursos podem te ajudar nessa jornada linda para evoluir mais rápido e ver coisas que é difícil enxergar sozinho. O amor não existe em excesso. Sempre há um problema na vida e logo algo que não gostamos e podemos evoluir e ser melhor. O que as vezes as pessoas consideram como excesso de amor próprio pode haver uma carência afetiva distorcida e disfarçada.


Jornal O Legado - A baixa autoestima, por exemplo, interfere em outros relacionamentos? Por quê?
Larriane Lopes - A baixa autoestima influência nos relacionamentos com os outros e consigo mesmo. A baixa autoestima é quando a pessoa não sabe se colocar na vida e está sempre preocupada com o que os outros pensam e isso gera solidão, falta de alguma coisa sempre e carências afetivas.  A autoestima é o seu posicionamento no mundo: como se relaciona, se arruma, olha nos olhos das pessoas, articula e demonstra suas ideias, o quanto confia em você e age com tranquilidade, mantendo a sua integridade. A auto autoestima gera segurança, atitudes assertivas, coerência, pró atividade, relacionamentos agradáveis com as pessoas, facilidade de se relacionar e colocar as suas ideias com clareza.

Larriane Lopes é Coach Holística - (11) 9994967800 e (11) 2236-9494 - Larriane.m.lopes@gmail.com - Facebook: https://www.facebook.com/CoachLarriLopes/ Site: http://www.larrianelopes.com.br

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