Todos nós estamos sendo estimulados demais por vários meios.Através da alimentação, uma enorme porcentagem de tudo que comemos ou bebemos são classificados como estimulantes: refrigerantes coloridos, café, chá mate, chá verde, amendoim, castanha de caju, feijões escuros, verduras verde escuro (por exemplo: couve, brócolis e espinafre), chocolate preto, carnes vermelhas (bovina, salmão, avestruz, caça em geral), tabaco, etc.
O nosso próprio ritmo do cotidiano é baseado em cobranças e pressões externas (que acabam internalizando e se tornando um hábito).
Pressa, sempre muita pressa...
Sobrecarga de atividades, fazendo dez coisas ao mesmo tempo, no mesmo dia.
Competição, medo de perder o seu lugar ao sol, pânico de perder o seu espaço na multidão de corpos robotizados, medo de ficar para trás e ser esquecido...
Nunca estamos sem fazer nada, sempre em movimento com muita velocidade, cada vez mais rápido.
E nenhum atrito construtivo, porque sem calma, não se consegue fazer bem feito...
Se você tocar rapidamente com a ponta dos dedos uma chapa quente do fogão, nada acontece.
Assim são as coisas feitas com pressa: na realidade nada acontece.
Tudo bem trabalharmos bastante, produzirmos muito, mas para o produto final passar pelo controle de qualidade ele precisa ser feito com muita atenção, muita concentração, dedicação e principalmente sem pressa de chegar ao fim.
Experimentem parar alguns minutos por dia, para respirar profundamente, tentar não pensar em nada ou então ficar observando o céu, as nuvens, as plantas, os animais, as pessoas ao seu redor.
Vá até uma praça, sente-se no banco, apenas relaxe e observe ao seu redor.
É um excelente exercício que pode ser feito duas a três vezes por semana para começar e permanecer cinco minutos nesse estado de paz e quietude (esse espaço de tempo pode ir aumentando de acordo com a possibilidade).
Uma vez perguntei a uma paciente com mais de 80 anos de idade, muito saudável, que apenas procurava o médico como rotina e prevenção, como ela explicava uma idade tão avançada e tanta saúde e equilíbrio.
Ela me respondeu: “sempre que tenho a oportunidade, eu durmo ou fico quieta, sem fazer nada, só relaxando”.
Isso explicou o porquê que todas as vezes que ela se sentava na sala de espera do meu consultório, ela fechava os olhos e permanecia tranqüila. Muitos dos pacientes presentes estranhavam e até ridicularizavam essa sua atitude. Só que ela estava ali para uma consulta de rotina, apenas para confirmar o seu equilíbrio. Enquanto outros...
Nunca me esquecerei da lição que ela me ensinou (ou confirmou).
Não adianta achar que é o medicamento que cura, e sim nossas atitudes precisam ser consertadas por nós mesmos. As homeopatias, os elixires de cristais ajudam a resgatar o equilíbrio, mas é de suma importância, entendermos onde estamos errando em nossas atitudes e corrigi-las o mais rápido possível. Uma consulta holística não consiste apenas em receitar medicamentos naturais para consertar um corpo danificado, mas sim ajudar o paciente a compreender suas atitudes não saudáveis e mudar para o caminho da saúde.
Isso é individual em todos os aspectos, inclusive no tempo de cada um.
A verdadeira e tão almejada cura está nesses princípios. Não adianta procurar caminhos mais rápidos, aparentemente fáceis e milagrosos. Você só estará adiando sua possibilidade de se livrar do mal e até agravando seu estado de desequilíbrio.
Pare um pouco e se perceba. Assuma humildemente suas dificuldades, fragilidades, imaturidades. Comece e mantenha um tratamento holístico até atingir o seu equilíbrio e todas as vantagens de se estar bem, com todos os recursos disponíveis e saudáveis.
Dessa forma, todo o seu processo criativo será muito melhor aproveitado.
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