Vem da China um dos mais antigos e fascinantes oráculos da humanidade. O I Ching - Livro das Mutações - tem mais de 3 mil anos. Seu conteúdo é proveniente de escritos feitos em tiras de bambu e encontrados em escavações arqueológicas no noroeste da China.

Desde a antigüidade, o I Ching é utilizado como um oráculo, ou seja, como instrumento para orientar os homens e facilitar-lhes o autoconhecimento. Acredita-se que tenha sido concebido num período anterior à dinastia Chou (1150 - 249 a.C.). Poucos livros conhecidos têm uma origem tão remota quanto esse, tendo apenas como equivalente próximo o Velho Testamento da Bíblia.

O oráculo usa as imagens do Céu, da Terra, dos elementos e da natureza para prever as mudanças do tempo na vida dos humanos. O I Ching é uma observação da dinâmica das mudanças e suas relações com acontecimentos individuais, da família ou da sociedade

Os textos do I Ching têm servido de inspiração ao Confucionismo e ao Taoísmo. Seu conteúdo está firmemente enraizado na cultura chinesa. Suas respostas dão uma orientação individual a quem o consulta. O oráculo também fascinou o psicanalista suíço Carl Gustav Jung, que escreveu o prólogo da tradução inglesa da versão alemã de Richard Wilhelm, e o usou como base da teoria da sincronicidade.

O I Ching é constituído por sessenta e quatro hexagramas, originados de oito trigramas, cada um com a sua complexidade e interpretação: chiten, o criativo; k’un; o receptivo; chên, o incitar; k’na, o abismal; kên, a quietude; sun, a suavidade; li, o aderir; tui, a alegria.

Ao jogar o I-Ching formule uma pergunta objetiva, lance as pedras marcadas com os hexagramas, e veja na combinação das imagens a resposta para os próximos dias ou meses. A insistência na mesma pergunta implica em desrespeito ao oráculo.