A infidelidade tem sabor amargo e não é fácil de ser digerida. Independentemente de ser algo fugaz ou envolver sentimento e emoção, ao ser descoberta uma traição sempre prevalece dor e mágoa como principais sequelas. Pior ainda se o deslize vier à tona e vazar para a sociedade, deixando amigos e familiares cientes do problema. “Cada indivíduo tem uma tolerância para a infidelidade, alguns são capazes de perdoar, outros preferem romper definitivamente o relacionamento”, comenta a terapeuta e Coach Erica Aidar.

Por isso, não existe uma regra para lidar com a situação. Ainda assim, algumas medidas podem ajudar aos casais que, após o episódio doloroso, buscam uma reconciliação. A terapeuta explica que, além dos valores individuais, o grau de envolvimento afetivo também pode sinalizar a possibilidade ou não de um sentimento de perdão. “A traição não precisa significar necessariamente o término de uma relação, desde que o casal tenha maturidade para enfrentar o problema e buscar uma solução para que tal crise não se instale definitivamente”, alerta.

Outra dica importante é entender porque o parceiro (a) buscou algo fora do relacionamento e, juntos, tentar ajustar o que está fora do ponto. Afinal em uma relação boa e estável é bem menos provável que a traição tenha espaço para acontecer. “Ser infiel demonstra falta de cumplicidade e isso pode apontar para uma falha na própria relação que, tem condições ou não, de ser resolvida”, considera.

E para que a infidelidade não destrua de vez um relacionamento, Erica aponta cinco itens essenciais aos casais que decidem investir na recuperação pós-traição.
Encare o problema o quanto antes: é importante que o casal enfrente o desafio de buscar uma solução juntos e observe as falhas que levaram ao deslize, identificando insatisfações. “Fazer de conta que está tudo bem não vai ajudar em nada. Se a intenção é salvar a relação, é preciso colocar o dedo na ferida e agir de forma madura”, avalia.

Libere os sentimentos negativos: é natural que a pessoa traída sinta raiva ou mágoa, e expressar isso é fundamental. Se sentir vontade de chorar, não engula o choro. Se for preciso falar o que está sentindo, expresse seus sentimentos. “É importante vivenciar essa dor para que ela seja curada dando lugar a uma nova etapa”, diz Erica.

Não tenha medo de falar: para que seja resolvido, o assunto precisa ser discutido. Portanto, vale dialogar, questionar e tentar entender porque o outro teve tal atitude. “O pacto de confiança foi rompido e para que seja restabelecido é necessário reconquistá-lo”, afirma Erica. E ambos devem colocar-se dispostos a buscar esclarecimento e entendimento.

Fuja da paranoia: perdoar não significa que o outro tem permissão para errar novamente. Por isso, o laço de confiança tem de ser reconquistado. E quem “pisou na bola” deve demonstrar que está empenhado em cumprir este acordo, sendo verdadeiro e oferecendo garantia. Portanto, quem optou por apostar em uma segunda chance, deve libertar-se de neuras. “Não adianta dizer que perdoou e transformar a vida do outro em um martírio. Cada um deve cumprir com sua promessa”, sugere a especialista.

Proteja sua relação das fofocas: quando a traição torna-se pública é inevitável que a opinião de terceiros invada a relação. E comentários maldosos podem interferir na decisão do casal. “A decisão é do casal e palpites não podem atrapalhar isso. É fundamental impor limites e manter-se firme no acordo estabelecido com seu parceiro (a)”, salienta Erica.

 

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