Ao contrário do que se imagina, as estrias não possuem relação com a gordura corporal, e sim com a elasticidade da pele e alterações hormonais. Cerca de 45 % das mulheres entre 15 e 25 anos apresenta este problema estético, não só em decorrência do crescimento, como também devido à menstruação.
Na idade adulta, essa porcentagem sobe para quase 80%, principalmente por causa da gravidez. Depois da menopausa, o problema se intensifica e atinge cerca de 92% das mulheres.

Da alta incidência de mulheres com estrias, nascem mitos sobre as reais causas do problema. Por exemplo, é comum se dizer que a redução das medidas pode eliminar marcas de estrias. Na verdade, elas são lesões irreversíveis causadas pela perda de sustentação da pele. A Dra. Maria Cristina Belotti, pós-graduada em medicina estética e uma das médicas da Corporis Estética Médica, explica como isto acontece: "Imagine um elástico. Se você esticá-lo além da conta, ele arrebenta. O mesmo acontece com a nossa pele. As estrias nada mais são do que fibras elásticas rompidas".

Apesar da gordura não ser a responsável pelo aparecimento das estrias, o aumento de peso seguido de emagrecimento repentino estimula o rompimento da pele. Isto ocorre quando o acúmulo de gordura em determinadas regiões do corpo proporciona um estiramento da pele, fazendo com que suas fibras de colágeno se rompam durante este processo. Contudo, segundo a Dra. Maria Cristina, o rompimento é relativo, e vai depender do tipo de pele de cada pessoa. "O tecido cutâneo é muito diversificado, existem pessoas com grande volume de gordura e que não possuem estrias, assim como há outras que sempre foram magras e apresentam sérias lesões na pele".

Assim como as mulheres, os homens também sofrem deste desconforto estético, embora com menor freqüência. O aparecimento de estrias no corpo masculino é menor porque eles não engravidam e sofrem menos do "efeito sanfona", do qual o público feminino é a maior vítima. Além disso, a produção de estrógeno e progesterona na mulher ajuda a estimular o aparecimento de estrias.

Pessoas sedentárias também apresentam maior predisposição para esse tipo de lesão na pele. A falta de exercícios cotidianos como uma simples caminhada ou a subida de degraus pode prejudicar a circulação sanguínea. Os problemas de circulação prejudicam a vitalidade da pele e atrapalham a manutenção da sua elasticidade.

Por ser um problema irreversível, os tratamentos que ajudam a amenizar o quadro são restritos. Segundo a Dra. Maria Cristina, pode-se tentar através do peeling e da injeção de colágeno para estímulo da elasticidade da pele. Outro método com grande eficiência é a mesoterapia. Mas a especialista faz um alerta: ninguém faz milagres, embora se possa amenizar o problema, dependendo do seu grau de evolução. "Eu sempre deixo claro às pacientes que as chances de melhora variam entre 60% e 70% dos casos", explica a Dra. Maria Cristina.

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