Alimentação



A gula, é um dos mais conhecidos pecados capitais, mas será que a gulodice não pode se transformar em um transtorno? Passar da medida em uma refeição um dia ou outro é normal, mas quando isso se torna recorrente e a pessoa sente a necessidade de comer, mesmo quando não está com fome ou quando já está satisfeita, cuidado! Isso é um sintoma de compulsão alimentar.

Mariana Nacarato, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI), explica que os principais fatores que levam a esse distúrbio são: depressão, ansiedade, preocupação constante com o peso e cardápios restritivos.
 
“Na maior parte dos casos de compulsão, a pessoa começa a comer com culpa e arrependimento quando está fissurada em cumprir à risca alguma dieta restritiva, daqueles falsos modismos que erroneamente cortam alimentos fonte de energia e indispensáveis no cardápio, como pães, massas e doces, que são vistos como ‘proibidos’. No primeiro contato com estes pseudos ‘vilões’, a ansiedade gera perda de controle e falta de bom senso com a quantidade a ser ingerida”, explica.

Além das questões comportamentais, a gula também pode sinalizar algumas deficiências nutricionais do corpo. O desejo aumentado por doces pode indicar falta de magnésio (mineral que ajuda a produzir energia) ou cromo (mineral que auxilia nas funções de insulina), por exemplo.

Para driblar essa vontade exagerada de comer, é essencial começar pela mudança no pensamento, compreendendo que excessos não fazem bem e que dentro de uma alimentação saudável é possível ter uma variedade de produtos, incluindo os mais ricos em energia (carboidratos) ou gordura. “É importante considerar que cada alimento tem uma porção e frequência adequada, e até os conhecidos como “guloseimas” podem fazer parte de uma rotina equilibrada, desde que consumidos com moderação”, explica a nutricionista.

Alimentar-se prestando atenção nos sinais de fome e saciedade do corpo também é uma dica para contornar os momentos de gula. É claro que ela requer paciência e autoconhecimento, mas é muito eficaz! “Quando abrir espaço para uma indulgência, escolha um que goste bastante e aprecie com calma, pois desta forma é mais fácil se saciar com uma quantidade menor. Caso exagere, evite comportamentos de compensação como omitir refeições ou fazer jejuns, pois eles apenas agravam a sensação de culpa”, diz Mariana.

Por fim é válido lembrar que alimentação não é apenas o consumo de nutrientes, e sim um ato social e um prazer que sempre acompanhou os seres humanos. Portanto, aproveite este momento sabendo equilibrar frequência e quantidade, sem recorrer à gula.



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