Para formatar as antigas artes, os estudiosos e sábios da época estudavam a natureza. Buscavam fazê-lo de modo imparcial, não fragmentado. Com muito amor à verdade.
Olhavam-na como um ser vivo, com corpo, alma e espírito.
Os fatos, os acontecimentos (corpo) revelavam o modo como a natureza se organiza; a alma mostrava à eles a lógica das mudanças, das transformações que acontecem na natureza; e o espírito traduzia as leis da criação.
Esta era a ótica, o modo de ver de várias culturas antigas que até hoje nos fascinam pela sua sabedoria sua lógica e pela profundidade dos seus conhecimentos.
Eles valorizavam o verdadeiro, o útil e o durável e tinham a consciência de que aqueles que possuíam acesso a estes conhecimentos deveriam utilizá-los em proveito da coletividade e não em proveito próprio.
Com este enfoque de vida, deveriam cuidar:
a) Da sua saúde, promover a longevidade (e surgiram as técnicas para esse fim);
b) Da disciplina, da concentração, da perseverança, da humildade etc. (e surgiram as técnicas para trabalharem estes aspectos).
c) Do espírito, da fé, da devoção, da ligação do denso ao sutil, da origem ao destino (e se estruturaram os sistemas filosóficos e religiosos).
E com este amplo conhecimento e fortalecidos como pessoas (corpo, mente e espírito) iam cada vez mais aplicando estes conhecimentos em várias áreas da vida; e assim foram sendo formatadas, ao poucos, as demais artes que a cada dia se mostram mais atuais.
Cada vez mais se percebe que as respostas maiores e as fórmulas mais precisas estão próximas das origens e que na natureza encontramos as respostas para nossas dúvidas.
Por todo isto vivemos um resgate cada vez maior das antigas tradições.
Tomamos consciência da riqueza que resulta da soma do antigo e do novo.