Mestre e precursor do Vedanta no Brasil explica, de acordo com a ciência oriental, como o equilíbrio das emoções é importante para prevenir algumas doenças, como o câncer, por exemplo.
A ciência médica aponta que existe uma relação intrínseca entre as doenças do corpo e os transtornos da mente. Existem muitos estudos realizados comparando estatisticamente as condições psicológicas dos pacientes e os problemas de saúde que os acometem. Metafisicamente, além das questões hereditárias, existe também um quadro emocional que leva ao desenvolvimento de doenças, como o câncer de mama e o de útero, por exemplo.
O útero na medicina oriental simboliza a criatividade, pois é o órgão capaz de gerar, de criar. Quando uma mulher está criativa, consegue expor suas ideias e se sente motivada e reconhecida, assim, seu útero se mantém saudável. Por outro lado, se ela se sente tolhida ou dependente de alguém, incapaz de criar, esta condição faz com que ela não se escute e, portanto, não consiga se expor para o mundo. A reflexão dessa perda traz o câncer de útero. “Entre minhas alunas que apresentam esse tipo de doença, percebo o quanto elas têm dificuldade em se abrir e em se colocar verdadeiramente para o mundo. Esta negação é transferida para este órgão do corpo, que adoece”, destaca Jonas Masetti, mestre em Vedanta.
No caso da mama, a questão é um pouco diferente. Não tem a ver com a criatividade, mas sim com a doação, com o cuidado ao outro. “O câncer de mama vem quando existe um disparate muito grande entre o quanto essa pessoa dá para o mundo e o quanto ela acha que recebe do mundo. Ela se coloca em situações onde ela dá sem receber proporcionalmente, ou está dando para pessoas que não estão interessadas em receber. O câncer surge em pessoas que não conseguem se colocar adequadamente na posição de amar o próximo e tem dificuldade de expressar este sentimento”, afirma Masetti.
Segundo a ciência oriental, existem duas energias que regem nosso corpo: Yin e Yang. O Yin é a energia representada pelo feminino, da doação, do acolhimento, do passivo, do escuro e do noturno. No símbolo, o Yin é representado pela cor preta, lado esquerdo da esfera. O Yang é o princípio ativo, masculino, diurno, luminoso e quente. Está representado pelo lado direito da esfera, na cor branca. Existe uma conexão muito grande entre a capacidade de doação e a aptidão em cuidar do outro. Sendo assim, a conexão da doação ao próximo é feminino e é representado pela energia Yin.
“É muito comum mulheres que tenham um desequilíbrio da sua energia Yin terem dificuldade afetiva, de tocar nas outras pessoas, de olhar nos olhos etc., o que pode gerar um câncer de mama”, diz Masetti. O desequilíbrio entre o Yin (o feminino, portanto, a sensibilidade) e o Yang (o masculino, a força) gera nos homens e nas mulheres as diversas doenças que existem. “Qualquer estudo mais aprofundado da ciência da medicina oriental pode explicar estas nuances. As energias desequilibradas geram doenças”, complementa.
O mestre explica que para evitar os cânceres de útero e de mama, as mulheres devem ativar a sua criatividade, expor seus sentimentos, se dedicar ao outro de forma a não ter expectativa e não cobrar das pessoas um retorno.
Sobre a Vedanta
Vedanta é o nome do estudo realizado a partir do final dos Vedas – quatro escrituras básicas da cultura hindu, que deu origem ao conceito de autoconhecimento. Na sua etimologia o termo vedanta possui dois significados: ‘aquilo que se encontra ao final dos Vedas’, pois ‘anta’ em sânscrito significa ‘fim’; e também, ‘o conhecimento final’, já que a palavra ‘veda’ também significa simplesmente ‘conhecimento’.
O estudo consiste em uma mudança cognitiva, a correção de uma visão sobre o mundo e si mesmo. A visão errônea é a causa do sentimento de limitação, impotência e incompletude, que é básico em todo o ser humano.
Desse modo, Vedanta não é considerada uma religião. O conhecimento proposto se dá pelo uso de um meio externo ao sujeito. Assim como a ‘olho nu’ não somos capazes de ver a si mesmo, ninguém é capaz de ‘ver’ o ‘eu’. Portanto, Vedanta é como um espelho: funciona como meio de conhecimento para aquilo que não podemos ver sozinhos.
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