O Tarô é um baralho com 78 cartas às quais chamamos de Arcanos, que se subdividem em 2 grupos: Arcanos Maiores e Arcanos Menores. Nos Arcanos Maiores temos 22 cartas e nos Arcanos Menores naturalmente, 56 cartas. Existem hoje uma infinidade de Tarôs, o que significa que muitos ilustradores e desenhistas criaram variedades de figuras, cores e formas baseadas em um único tipo de Tarô, o que nos possibilitou uma opção maior na hora de escolher o Tarô que queremos jogar. Vale lembrar que dentro dessas novas opções existem baralhos com alteração no número de cartas não sendo, portanto, o Tarô tradicional que advém do original, e um baralho com sistema próprio, pois àquele que chamamos Tarô necessariamente deve ter 78 cartas nem a mais nem a menos. Afora isso, a diversidade de nomes e ilustrações fica por conta da preferência do tarólogo. Por isso, para quem se interessa por aprender vale dizer que uma vez que se aprende a jogar um Tarô podemos jogar qualquer outro. Algumas pessoas preferem trabalhar e ensinar apenas um tipo de Tarô, mas certamente sabem jogar os outros, apenas usam aquele por uma questão de escolha própria.

Seu surgimento, quem o criou e de que forma o fez é um mistério. Muitos pesquisadores buscaram a exatidão desses dados, mas sem muito sucesso, pois tudo o que temos são datas aproximadas. Alguns autores afirmam que surgiu no século XIII, XIV, outros já mencionam século XV, e assim por diante. Por isso, procuremos ter apenas esse tempo como base e nos voltar para seu uso e significado, pois infelizmente muitos registros antigos que poderiam nos esclarecer em relação a isso foram perdidos ou danificados. Temos a Europa como o lugar mais provável de ter sido visto pela primeira vez e que inicialmente era usado pela nobreza. A partir daí foi disseminado como jogo e ensinamento pelo mundo todo, sendo reconhecido por estudiosos como um Livro Sagrado, cujas páginas vêm soltas, para busca de aprofundamento e conhecimento.

Apesar de ser chamado de Oráculo, o Tarô é um jogo. Não se trata de uma conexão direta com Deus ou um instrumento dos Deuses manipulado por seres humanos, e sim de um baralho que possui os quatro naipes (ouro, copa, espada e pau) e mais 22 cartas que são dispostas em forma de jogo para serem interpretadas por quem as dispôs daquela forma. É muito comum usarmos a palavra Oráculo, mas nesse caso trata-se de um jogo. Sua função é, entre tantas coisas, transmitir informações e conhecimentos através de suas imagens. Qual a diferença entre um baralho comum e o Tarô? A princípio podemos dizer que o baralho comum possui todos os naipes e a corte (rei, rainha e valete); o Tarô possui os naipes, a corte, com acréscimo de mais uma carta (rei, rainha, príncipe e a princesa) e mais 22 arcanos maiores. Ou seja, temos 26 cartas a mais, contando-se que temos nelas desenhos, imagens, figuras e formas variadas, com diversas cores e informações (dependendo do baralho) para auxiliar a interpretação dos símbolos, a intuição e a imaginação criativa. É uma verdadeira ferramenta para a visualização de um modo geral. Cada carta tem uma filosofia, uma mensagem e a combinação delas para cada jogo é rica e diferente.

Portanto, pelo que podemos reparar, o básico sobre o Tarô comporta muito mais informações do que imaginávamos e se continuarmos por essa linha de pensamento, teríamos aqui muitas páginas de texto, às quais a cada dia seriam acrescentados ainda mais dados e assim por diante. O que realmente importa é que, apesar de algumas informações ainda serem um mistério, hoje o Tarô é um importante instrumento de consulta e sabedoria ao alcance dos interessados e que pode ser uma filosofia de vida, indicando caminhos e ensinando a cada momento uma nova lição para nos auxiliar na busca por Evolução, crescimento e harmonia. Através dele visualizamos e entendemos características humanas, atitudes, entramos em sintonia com nosso próprio coração e com nossa vida para assim darmos nossos passos rumo ao que almejamos, eretos e tranqüilos de que a partir do nosso próprio equilíbrio podemos auxiliar todos os nossos semelhantes.