Quando é necessário levar a criança para a Emergência?
Texto de Caroline Devidé e Andréia Costa - CDN Com. - Novembro 2017
Saúde infantil
Primeiro passo é entender o que ela está sentindo, pois nem todo sintoma é caso para ir a uma unidade responsável por esse tipo de atendimento
A dúvida se é necessário levar o filho para a Urgência ou Emergência é muito comum entre os pais. Por isso, é fundamental compreender que nem todo sintoma manifestado será resolvido pelo médico destes tipos de unidades de atendimento, e a preocupação em excesso não deve ser a responsável pelas decisões quando as crianças estão doentes.
Para Isa Schmmit, pediatra do Hapvida Saúde, essas unidades podem ser, inclusive, locais de risco para os pequenos. “As Emergências possuem um fluxo de pessoas com diversas patologias, em alguns quadros graves e contagiosos. Por exemplo, em um hospital que tenha tido passagem de uma criança com catapora, o seu filho pode, sim, contrair a enfermidade. Por essa razão, é considerável levar a criança somente quando for realmente urgente”, enfatiza.
O primeiro passo é verificar o que está acontecendo com a criança, como, por exemplo, se a febre não ultrapassar o período de 48 horas, se apresenta coriza, tosse seca, diarreia que não ocorre com frequência ou se não apresenta desidratação, não é necessário levá-la. Mesmo não levando a criança à Emergência, alguns cuidados precisam ser tomados para eliminar os sintomas. Entrar em contato com o pediatra que faz o acompanhamento do pequeno é uma alternativa para tirar dúvidas, a fim de verificar o que pode ser feito para a melhora.
Para a pediatra, é essencial ficar atento a alguns sinais que podem apontar gravidade no quadro. “Desconforto para respirar, convulsões, queda do nível de consciência, febres que não diminuem depois do uso de medicamentos, lesões de pele que não apresentam melhora, indícios de desidratação, vômitos constantes, entre outras situações, revelam que é hora de levar a criança a um Pronto Atendimento”, explica a médica.
A Urgência e a Emergência referem-se a circunstâncias diferentes. “A Urgência é para ocorrências que não existe risco de morte, mas necessita de verificação em, no máximo 24h. Podemos citar como exemplos as fraturas, febre persistente e desidratação. Já a Emergência é para situações graves, com risco de morte, que precisa de socorro imediato. São os casos de uma parada cardíaca, hemorragia, traumatismo craniano, convulsão de difícil controle, entre outros”, finaliza a pediatra.
Fonte: Isa Schmmit - Pediatra do Hapvida Saúde
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