Autoavaliação e prioridades para manter a saúde mental
Texto colaboração de CDN Comunicação Jornal O Legado - Março 2019
Autoavaliação e escala de prioridades são fundamentais para manter a saúde mental
A correria do dia-a-dia, o imediatismo em resolver problemas ou obter respostas rápidas têm deixado grande parte da população estressada e ansiosa, provocando alterações emocionais, fazendo com que se perca o equilíbrio mental. Para evitar o desequilíbrio emocional e manter a mente sã, o psiquiatra Thiago Guedes e a psicóloga Joyce Pontes, do Hapvida, dão dicas fundamentais para encarar os problemas diários. A primeira delas é fazer uma autoavaliação e eleger prioridades.
O assunto é sério e atinge tantas pessoas que o primeiro mês do ano (Janeiro Branco) faz um alerta sobre a saúde mental. O Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtornos de ansiedade no mundo e o quinto em casos de depressão. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% dos brasileiros têm algum transtorno de ansiedade e a depressão afeta 5,8% da população.
De acordo com o psiquiatra Thiago Pontes, a autoavaliação é necessária para se observar o grau de prioridades que se dá aos afazeres do dia-a-dia. “Algumas perguntas precisam ser respondidas como: será que é necessária tanta urgência em resolver ou responder algo? Caso não responda agora, quais as consequências? Isso irá me afetar tanto assim? Sabendo responder essas perguntas, faremos uma escala de prioridades, o que facilita o nosso dia-a-dia”, observa.
O médico destacou ainda que é importante perceber que nem tudo depende de apenas um indivíduo e que não se pode controlar o mundo. “Saber dos limites e aceitá-los é uma outra forma de prevenir o descontrole emocional. Ter momentos de lazer é fundamental para ter um equilíbrio emocional, ter tempo para fazer o que gosta, estar perto das pessoas que te fazem se sentir bem é fundamental para manter a mente saudável”, explica Thiago.
Já a psicóloga Joyce Pontes, alertou que a saúde física para estar em pleno funcionamento depende totalmente da saúde mental, e quando a mente não anda bem o organismo pode acabar somatizando e externalizando em forma de doenças.
“Na falta de saúde mental, qualquer resposta negativa sobre algo desejado pode se tornar uma frustração, pensamentos e emoções mal elaborados, além de comportamentos inadequados. Por estes e outros fatores é necessário cuidarmos da nossa saúde mental, e para isso é essencial buscarmos nossa autoaceitação, o autoconhecimento das nossas emoções. Aprender a dizer não às pessoas e situações que não nos fazem bem, sair da nossa zona de conforto, ser gentil com você mesmo e com os demais”, diz.
Também é importante, segundo a psicóloga, dormir e se alimentar bem, manter boas amizades, compreender os erros e incentivar-se sempre a buscar melhorar como pessoa, investir no lazer, e procurar uma ajuda profissional. “Tudo isso além de melhorar a autoestima, acaba influenciando a saúde em geral”, garante ela.
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